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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Curandeiros vão acompanhar em MS tratamento de criança contra o câncer Menina de oito anos faz tratamento contra câncer em uma das pernas. Amor universal perante as inumeras (religiões) filosofias de vida.


Família exigiu e hospital autorizou a realização de rituais indígenas.

Os médicos de uma criança indígena de oito anos que está em tratamento contra um câncer em Campo Grande, autorizaram nesta semana o acompanhamento de curandeiros da etnia guarani no caso. A esperança de cura da doença vai unir as técnicas da medicina tradicional aos rituais espíritas dos indígenas.


A criança é moradora da aldeia Porto Lindo em Japorã, município localizado a 477 quilômetros de Campo Grande e está no setor de isolamento do centro de tratamento para crianças com câncer do Hospital Regional de Campo Grande.


A internação já dura 41 dias e a ida dos curandeiros ao hospital é uma forma de evitar que o


tratamento convencional seja interrompido por causa dos costumes e da tradição dos índios.



A doença foi diagnosticada há dois meses durante uma visita de rotina de agentes de saúde à aldeia, o joelho da menina estava muito inchado e ela foi levada para Dourados e depois encaminhada para Campo Grande. Mesmo sendo grave o tratamento só foi autorizado pela família depois de três dias.


Segundo o hospital, os familiares da paciente aguardam a chegada de curandeiros nesta quinta-feira (22), os índios acreditam que a menina possa ser curada a partir de rituais da etnia guarani.


Para o antropólogo Antônio Brand, que já trabalhou na aldeia Porto Lindo, o comportamento dos indígenas ocorre por causa da forma como eles enxergam uma doença.


“Para eles, uma parte significativa da doença remete para desequilíbrio, rompimentos que não são físicos propriamente. Então para tratar este tipo de problema a nossa medicina, na ótica deles, é totalmente ineficaz. Aí é fundamental o trabalho dos shamans, dos yanderus que através de rituais efetivamente fazem a cura”, explica Brand.


O médico responsável explica que o câncer diagnosticado primeiro no fêmur já compromete o funcionamento de um dos pulmões. O quadro clínico da criança é considerado grave pela equipe médica, mas existe a possibilidade de cura.


Para o especialista, interromper o tratamento neste momento que prevê sessões de quimioterapia e cirurgia para remover o tumor, é colocar em risco a vida da indígena. “A indígena depende de medicação pra dor, ela está tomando morfina, ela depende de nutrição por sonda e antibiótico.


Então é um quadro bastante grave no momento. Então ela saindo do hospital ela corre risco de morte”, afirma o oncologista, Marcelo Santos Souza.



Apesar do estado de saúde da menina ser grave, o hospital autorizou o acompanhamento dos curandeiros da aldeia. “Sempre foi reforçado para as famílias que seja padre, pastor, espírita ou indígena, não tem problema nenhum isso só vem ajudar a própria família, o próprio paciente. Tendo sua crença a gente está sempre apoiando”, diz Marcelo.

Interessante artigo nos enviado pela amiga Loiva Karnopp.

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