Esta ordenação de Jesus aos discípulos não poderá ser esquecida pelos espíritas no caminho evolutivo.
“ordenou-lhes que nada levassem para o caminho, exceto apenas um bordão; nem pão, nem alforje, nem dinheiro no cinto.' ( Marcos, 6:8)
Justo reconhecer que precisaremos sempre de dinheiro para a manutenção das atividades doutrinárias e assistenciais, contudo que não nos escravizemos a ele.(...)
Certos grupos transformam-se em grandes instituições de assistência, movimentando enormes somas de dinheiro; todavia, no seio dessas organizações, nas ideias e sentimentos de seus lideres e colaboradores, depara-se com rara aplicação de pureza doutrinaria, diminuto testemunho de fé raciocinada e pouca obediência as sabias normas evangélicas. Observa-se crescimento vertiginoso das atividades beneficentes e depara-se com imensa deficiência quanto á prática do verdadeiro Espiritismo Cristão.(...)
Atentemos nas palavras graves do apostolo Paulo, em carta ao jovem Timóteo: “ Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males, e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas obras”. ( I TM, 6:10)
Trabalhemos na caridade material dentro da capacidade financeira do grupo. Não despendamos em demasia o tempo precioso, na cata enlouquecida aos valores amoedados, porque o centro espírita não é agencia bancaria, nem banca de sorteios, nem salão de leilões e nem bolsa de aplicações financeiras.
Certos grupos espíritas dedicam mais tempo aos serviços de atendimento social, em detrimento do estudo da Doutrina Espírita, do trabalho de evangelização popular e da instrução e educação das almas.
As forças superiores de nossas obras são: o amor fraterno nos sentimentos, a humildade sincera e a prática da caridade desinteressada sem pruridos de ostentação, sem competição de mostrar-se mais caridoso e sem nenhuma tisna de vaidade pessoal ou coletiva, fugindo á simplicidade de coração e pureza de intenções das lições do Evangelho.
Indispensável investirmos no ilimitado capital espiritual, na aplicação correta da moeda Divina do amor, cunhada na matriz sagrada do coração fiel a Jesus Cristo.
Exerçamos o milagre diário da multiplicação da moeda do amor no mercado universal das boas ações entre as almas.
Atuemos de coração sensibilizado pelo Evangelho à semelhança do apostolo Pedro, ante a rogativa de um mendigo: “ Pedro, porém, lhe disse: não possuo nem prata, nem ouro, mas o que tenho, isto te dou; em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda!” ( Atos, 3:6)
intensifiquemos em nosso coração a prata da boa vontade e o ouro do amor desinteressado na aplicação legítima da Caridade no Banco da Vida, obedecendo às leis financeiras da alma no Cambio das Boas Ações. (...)
O espiritismo tem muito mais a oferecer, através dos espíritas verdadeiramente esclarecidos e renovados em Jesus Cristo.
Empreendamos também tarefas mais profundas que socorram a carente alma humana sequiosa de luz e verdade, ensino e bondade, orientação e aperfeiçoamento íntimo, a fim de que realmente o Reino de Deus possa penetrar o entendimento e a razão, os sentimentos e os corações de todos aqueles que fazem a bondade de receber com o sorriso nos lábios as nossas migalhas das doações materiais.
B. Walter Aprendendo Amando e Servindo.
Por: G.T.
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