Algumas cidades francesas estão sob alerta máximo para a poluição. Em Paris, a Torre Eiffel mal se distingue na linha do horizonte preenchido por uma intensa nuvem acinzentada. A falta de chuva e o calor que se fazem sentir há vários dias têm impedido a dispersão da poluição, o que levou as autoridades locais a tomarem medidas.
Quem olha para o horizonte parisiense esta sexta-feira tem alguma dificuldade em encontrar alguns dos edifícios mais emblemáticos, como a Catedral de Notre-Dame ou a Basílica do Sagrado Coração.
Uma concentração de partículas de poluição está a ser alimentada pelas condições meteorológicas e a afectar já 20 "arrondissements" de Paris. As temperaturas têm rondado os 21º graus Celsius durante o dia, à noite os termómetros registam valores muito mais baixos, não tem havido chuva nem vento.
Devido à concentração de poluição e aos riscos para a saúde da população, o Ministério da Ecologia decidiu algumas restrições. Os automobilistas estão a ser aconselhados a deixar os seus carros em casa ou a não circularem em algumas zonas das cidades francesas e trocarem o seu veículo por transportes públicos, que até domingo são gratuitos na região parisiense de Île de France, em Caen (oeste de França) e Reims (este).
Foi ainda ordenada a diminuição da velocidade em algumas vias, o desvio de camiões para artérias alternativas, bem como a limitação da actividade das indústrias ou mesmo o fumo de chaminés. O ministro da Ecologia francês diz que, neste momento, a qualidade do ar é uma “emergência e prioridade para o governo”.
A vizinha Bélgica também está a sentir os efeitos da poluição mas numa escala menor. Mesmo assim, as autoridades belgas decidiram ordenar a redução das velocidades máximas da circulação automóvel nas principais estradas do país até ao final desta sexta-feira e tornar gratuitos os transportes públicos em algumas regiões. A polícia está nas vias mais movimentadas a controlar as emissões de gases pelos automóveis.
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