Alvo de insultos racistas na vitória do Santos por 2 a 0 contra o Grêmio, na última quinta-feira, pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o goleiro Aranha se manifestou na manhã desta sexta-feira. Em nota redigida pelo próprio jogador, o camisa 1 do Peixe disse que, apesar das ofensas, ficou satisfeito com a identificação dos responsáveis pelos xingamentos.
O atleta santista ainda citou o norte-americano Martin Luther King, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz pelo combate à desigualdade racial.
- Depois de uma noite mal dormida, acordei aliviado e satisfeito, porque ao meu modo de ver, o racismo de qualquer modo ou gênero é um mal e todo mal não detectado cresce e se fortalece. Ontem, esse mal mostrou sua cara e isso foi bom, porque eu tenho certeza que será, mais uma vez, combatido e enfraquecido, como em 1963, quando Martin Luther King fez o famoso discurso "I Have a Dream" - disse o goleiro.
Além do desabafo em campo após o jogo e do texto escrito por ele mesmo, Aranha se manifestou também em nota divulgada no site do Santos. Jogadores como Robinho, Arouca e Edu Dracena prestaram solidariedade ao camisa 1.
O Santos promete se empenhar para punir os torcedores que xingaram Aranha. O advogado do Peixe, Cristiano Caus, afirmou ao GloboEsporte.com que o clube vai "até o fim" no caso. O presidente Odílio Rodrigues exigiu a identificação dos responsáveis pelas ofensas. A delegação do Alvinegro deixa Porto Alegre nesta sexta-feira à tarde e vai direto para o Rio de Janeiro.
O Santos promete se empenhar para punir os torcedores que xingaram Aranha. O advogado do Peixe, Cristiano Caus, afirmou ao GloboEsporte.com que o clube vai "até o fim" no caso. O presidente Odílio Rodrigues exigiu a identificação dos responsáveis pelas ofensas. A delegação do Alvinegro deixa Porto Alegre nesta sexta-feira à tarde e vai direto para o Rio de Janeiro.
Confira o texto escrito por Aranha na íntegra:
Gostaria de dizer a todos os interessados nesse polêmico e triste episódio de ontem, que depois de uma noite mal dormida, acordei aliviado e satisfeito, porque ao meu modo de ver, o racismo de qualquer modo ou gênero é um mal e todo mal não detectado cresce e se fortalece.
Ontem, esse mal mostrou a sua cara e isso foi bom porque tenho certeza de que será, mais uma vez, combatido e enfraquecido, como em 1963, quando Martin Luther king fez o seu famoso discurso “I Have a Dream”.
"Eu tenho um sonho. Que um dia viveremos em uma nação onde as pessoas não serão julgadas pela cor da pele, mas sim pelo conteúdo de seu caráter”.
Aranha
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