Contudo, os pais precisam trabalhar o dia todo ou meio período para prover o sustento, a segurança e a dignidade em casa. Com isso, boa parte dos pais não tem 24 horas para estar com seu(s) filho(s). Quando os progenitores, principalmente as mães, encontram seu filho têm a tendência de satisfazer todas as vontades da criança como meio de suprir a carência afetiva do tempo em que o pequeno esteve na escola. Porém, quando chegam à sala, as crianças não conseguem entender o valor de um “não” ou simplesmente ignoram qualquer limite a ser respeitado.
A criança compreende quando os pais se sentem na posição de culpados e tentam ao máximo usufruir desta situação, pois dentro destas circunstâncias os pequenos é quem têm o poder, o domínio.
O fato de dar muita liberdade ou liberdade total ao infante faz com que as oportunidades de aprender o que é viável do que não é não fique clara, mesmo depois na fase mais madura.
A verdade é que o infante não precisa das 24 horas de dedicação porque, dessa forma, a autonomia da criança não é formada e pode ocasionar na formação de um indivíduo inseguro, influenciável a amizades.
É importante que os pais percebam um fato: não é a quantidade de tempo o que faz diferença crucial, mas sim a qualidade desse tempo, ou seja, de que forma foi aproveitado e quais foram os pontos positivos observados. Um simples gesto de perguntar como foi o dia da criança e de mostrar interesse é bom, pois o pequeno se sente valorizado. Um convite para dormirem juntos às vezes, ou lerem uma história juntos ou de brincar um pouco antes de sair para o trabalho ou de almoçar, faz diferença para o bom convívio entre pais e filhos.
Não é necessário que os pais se sintam culpados por não atender todas as vontades do seu filho, pois a criança estará crescendo de forma madura em casa, na escola, na interação com outras pessoas se sentir-se valorizada e amada no tempo disponível em cada momento da vida dela
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Sabrina Vilarinho - Graduada em Letras
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