Imagem mais curtida e compartilhada da História do FACEBOOK. Obama e sua Esposa.
Um presidente negro, com sobrenome muçulmano, que possui conta no Instagram, que matou Bin Laden, que adora basquete e que apostou boa parte das fichas de sua campanha em mídias digitais. Esse é Barack Hussein Obama, reeleito presidente da nação mais poderosa do planeta. A mensagem enviada pelo perfil @BarackObama anunciando a vitória foi a mensagem mais retuitada de todos os tempos . E a imagem que o partido democrata publicou no Facebook foi a mais curtida e compartilhada da história. Isso mostra a potência midiática que Obama é. Paralelo a isso, a campanha do Mitt Romney também fez o que pode no mundo online para angariar votos, no entanto, ao longo do percurso, alguns passos da campanha foram desastrosos. Como é que ninguém avisou ou como Mitt Romney não sabe que hoje em dia todo mundo literalmente carrega um celular que filma e grava? Meses atrás, o republicano ter sido filmado por um garçom cometendo uma gafe durante um discurso para empresários. Esse fato certamente subtraiu votos de Romney.
Há 4 anos, Obama e o seu partido democrata adotaram em 2008 o discurso do Change ("Mudança") como mote da campanha. Na ocasião, o partido democrata utilizou-se do que havia de mais impactante no que tange estratégias de comunicação de marketing político. Os eleitores foram informados via torpedo SMS que o vice-presidente seria Joe Biden. Em videogames de basquete via-se placas publicitárias de Obama na quadra. Ações de SEO em sites de busca (o chamado "Search Engine Optmization") foi feito, comerciais de 30 segundos, documentários, ações via mídias sociais como YouTube, Twitter, Aplicativos de iPhone, Facebook,e tudo mais que uma ação convencional de marketing de uma marca de sabão em pó, por exemplo, faz para seduzir novos consumidores, e nesse caso, eleitores. O resultado não poderia ser diferente. Obama virou o Mr. President e a campanha de marketing que o elegeu ganhou Leão no Festival de Cannes, na categoria "Titanium" ou campanha de marketing integrado, onde se utiliza o maior número de ferramentas do processo de comunicação de marketing 360 graus. Veja aqui o vídeo de 3 minutos que explica como foi a premiada campanha de 2008 (em inglês).
Dessa vez, o mote era outro, se focaram no termo "Forward" (do inglês: adiante, avante, pra frente). O desafio agora foi não somente aproveitar todos os méritos e aprendizados da aclamadíssima campanha de 2008 mas sim fazer bombar a corrida de 2012. As redes sociais agora estão ainda mais poderosas e disseminadas pelos Estados Unidos, e o desafio foi utilizá-las a bel-prazer. O Twitter, em especial, foi muito bem utilizado pelo partido democrata para mobilizar correligionários entre os 50 estados americanos. A quem possa interessar, siga @BarackObama e junte-se aos 22,6 milhões (até o presente momento que digito esse despretencioso texto) de seguidores.Assim como há 4 anos, na campanha atual tudo foi cirurgicamente calculado para a vitória de Obama. Foram utilizadas logicamente mídias mais tradicionais para arrebanhar o eleitorado, como por exemplo rádios para chegar às audiências do interior dos Estados Unidos. Obama fez uma inteligente divulgação junto a comunidade negra por meio de emissoras de rádio dirigidas ao público de afro-americanos.
Já Romney tentou uma variação desta ideia, e fez algumas entrevistas em rádios de esportes, ele e sua esposa Ann. Não funcionou tão bem assim. A campanha do republicano tentou apoiar-se em programas de rádio mais conservadores ou estações de notícias locais para ajudar a espalhar a mensagem do candidato. Já Obama adotou um discurso eclético, falava desde cultura pop até sobre a NBA, logicamente para se conectar com diferentes tipos de público. Obama foi o mais votado na Califórnia, o estado mais rico dos Estados Unidos, e em outros como Nova York, Florida, Nevada e Massachusets. Já Romney venceu em estados pouco representativos e coadjuvantes como Arizona, Texas, Tennesse, Missouri, Idaho, entre outros. No gelado Alaska deu Romney, e no quente Havaí, deu Obama na cabeça.
Os aplicativos mobile para Facebook das campanhas de Obama e Romney também foram decisivos nas estratégias online de ambos os candidatos. Por meio dos aplicativos, foi possível absorver uma grande quantidade de informações sobre os usuários. Como é feito em muitos aplicativos no Facebook, eles reuniram os "Likes" e com isso postavam conteúdos personalizados para os eleitores conectados. O app de Obama começava com uma solicitação criptografada do perfil do usuário, ou seja, se ele estiver usando uma conexão sem fio pública, qualquer pessoa com acesso poderia ver como ele estava usando o aplicativo. Como qualquer aplicativo móvel, eles têm pequenos pedaços de código embutidos para permitir o rastreamento do usuário. Tanto Obama, como os aplicativos móveis de Romney, enviavam dados do usuário para uma variedade de empresas, para veicular anúncios e analisar o comportamento do usuário. Esses dados nos evidenciam a potência desses dispositivos hoje em dia.
Boa sorte, Obama! Que sejam 4 anos blessed!
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