Em meio ao universo infinito, brilha uma estrela tão bela.
...Foi meu lar um dia, minha querida Capela!
Imigrantes companheiros de lá partiram comigo arrastados pelo turbilhão,
Forçados a buscar nos diversos mundos testemunhos de renovação.
Lembro-me ainda de quando aqui chegamos. Havia muito desespero em face ao incompreendido.
Restava apenas a intuição vaga de um paraíso perdido.
Olhos arregalados, observando figuras primitivas da evolução.
Caminhavam entre nós sem nos dar atenção.
Uma dúvida me assombrava:
Não sabia se estava acordado ou se sonhava.
Muitas décadas se passaram entre lágrimas e lamentações.
Pareceram séculos aos nossos corações.
Contudo, eis que, em meio às trevas, a luz se fez.
Uma criatura iluminada dirigiu-nos a palavra com divina altivez.
Ressoando como um trovão,
Sua voz doce e serena fez-se ouvir em toda região.
"Meus irmãos, jamais nosso Pai condenará seus filhos ao sofrimento eterno.
É no mundo íntimo de vossas imperfeições que tem se erguido o inferno.
Exilados hoje de um paraíso, cultivai vossa esperança!
Podereis construir outro neste mundo que ainda é uma criança.
Reencarnareis em meios primitivos ajudando o
progresso.
Recapitulando vossas lições sob infalível processo.
Estarei sempre convosco; farei com que reencarnem em vossos meios os meus emissários,
Para que nunca vos falte os recursos necessários.
Descerei entre vós na posteridade,
E marcarei roteiro seguro à vossa felicidade."
Depois de ouvir estas palavras, que nos abasteceram de esperanças,atos ocorridos em Capela, surgiram em minhas lembrança
Há muito, pessoas humildes pregavam o desterro das almas impuras:
Eu debochava - para mim eram pobres criaturas.
Falavam de um Deus de amor, pregavam a caridade e a humildade.
Meu Deus, como não pude ver a verdade?
Agora estávamos ali, como crianças em idade escolar;
Falhamos nos exames e teríamos que recomeçar.
Hoje, após milênios de minha estada neste planeta de provação,
Sinto iminente os dias de idêntica transição.
Seguindo a rota evolutiva perfeita e tão bela,
Aqui irá se repetir a mesma cena de Capela.
Mas algo se modificou: não sinto nenhum temor.
Hoje eu sou a pobre criatura falando de um Deus de amor!
(psicografia. de Nelson Moraes)
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