“Com entendimento entenebrecido, alienados
da vida de Deus pala sua ignorância
e pela dureza dos seus corações”
(Efésios, 4:18)
Sofre o enfermo a privação na enfermaria comunitária.
Sofre o empresário bem-sucedido no apartamento hospitalar.
Sofre o necessitado, na favela, a escassez.
Sofre o rico, no palacete, a solidão.
Sofre a criatura anônima as dores morais.
Sofre o artista famoso os conflitos afetivos.
Sofre o destituído de autoridade, sem significado político.
Sofre o administrador dos negócios públicos os dramas e tramas do
poder.
Sofre a mãe paupérrima, assim como a mãe milionária, a perda do ente
querido.
São sofrimentos decorrentes das contingências da estadia terrena,
produto da atual necessidade evolutiva da condição humana.
Mas a análise da dor pode ser vista por outros ângulos:
Sofrer por não querer assimilar novas experiências e idéias, fixando-
se em preconceitos.
Sofrer por não aceitar a própria estrutura da natureza humana.
Sofrer por ser inflexível e rígido nos conceitos íntimos, permanecendo
estagnado.
Sofrer por não digerir a mensagem eloqüente da voz interior.
Sofrer por refutar o amor incondicional, preferindo o apego doentio.
Sofrer por assimilar o conflito como parte de si, e não como
circunstância passageira.
Eu não sou sofredor. Eu estou sofredor.
Ser e estar são angulações diferenciadas que influenciam sobremaneira
o psiquismo na estrutura da alma em evolução.
Sofrer é, portanto, um sintoma que indica que a causa sou eu mesmo,
por isso devo renovar-me. A razão primeira é a inflexibilidade, ou
seja, a “dureza dos seus corações”.
Sofrer, em última análise, é desarranjo íntimo, conseqüência de nossa
inadequação, inconformação, inexperiência; enfim, falta de
entendimento diante da vida.
Renovar é a meta. Você é o arquiteto de seu destino.
Um modo de entender uma nova forma de viver.
Hammed
Texto nos enviado pelo amigo Victor Fofonca de Santo Antonio.
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