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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Isto porque o sofrimento independe das condições externas sempre transitórias e de pouca valia.



“Assim como quereis que vos façam os homens, assim fazei vós também a eles.” (Lucas: capítulo 6º, versículo 31.)






A problemática do sofrimento humano,
na atualidade, pouco difere das velhas injunções
que vêm anatematizando o homem, e por cujo meio
o espírito expunge os equívocos e ascende a pouco
e pouco na direção do Infinito.






Enxameiam em todo lugar multidões de padecentes
experimentando amarguras sem nome, sob o guante
de inenarráveis condições de miséria orgânica,
social e moral.






Não apenas nas colossais metrópoles modernas,
em que se aglutinam milhões de criaturas,
mas também, nas pequenas cidades, nos insignificantes
burgos, nos campos…






Palácios suntuosos e choças misérrimas
diferem na paisagem arquitetônica, igualando-se
freqüentemente nas estruturas daqueles
que os habitam. Isto porque o sofrimento
independe das condições externas sempre
transitórias e de pouca valia.






As necessidades reais, que engendram a dita
como o infortúnio, sempre decorrem do espírito.






Por essa razão, sem descuidar dos auxílios
ao corpo e ao grupo humano com o indispensável
sustento imediato para a vida honrada em condição
de dignidade, o convite ao bem nos impele
à iluminação da consciência, sobretudo,
de modo a erradicar as questões constringentes
que fomentam a miséria e os desajustes de toda ordem.






Esparze misericórdia pela estrada por onde segues,
estendendo o socorro geral, simultaneamente
esclarece e consola para que a semente do bem
que consigas plantar numa vida se transforme
em gleba feliz pelo tempo futuro a fora.




Joanna de Ângelis/Divaldo P Franco

do Livro Convites da Vida



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