— Verão que nossa vida será melhor quando voltarmos de novo a ter árvores. Estamos a lançar à terra sementes de esperança.
— Verão que nossa vida será melhor quando voltarmos de novo a ter árvores. Estamos a lançar à terra sementes de esperança.
— As mulheres não são capazes de fazê-lo — dizem eles. — Só os serviços florestais é que sabem plantar árvores.
As mulheres ignoram a troça e continuam a plantar.
A palavra corre como o murmúrio do vento entre a ramagem: o verde voltou à aldeia de Wangari. Depressa as mulheres de outras cidades, aldeias e povoados do Quênia começam também a plantar longas fiadas de pequenas árvores. Porém, o abate não para. Wangari opõe-se, firme como um carvalho, a fim de proteger as velhas árvores que ainda restam.
— Precisamos mais de um parque verde do que de um prédio de escritórios.
O seu apelo a favor das árvores espalha-se por toda a África, como as ondas na água do lago Vitória. Muitas mulheres inteiram-se da notícia e plantam ainda mais árvores, em fiadas cada vez mais longas. Os caules ganham raízes e crescem bem alto, a ponto de haver mais de trinta milhões de árvores onde antes não havia nenhuma.
A floresta verde do Quênia renasce. As mulheres já caminham de cabeça erguida e costas direitas, agora que podem apanhar lenha perto de casa. A terra já não está seca. Batata-doce, cana-de-açúcar e milho crescem de novo na terra escura e fértil.
No mundo inteiro ouve-se falar das árvores de Wangari e do seu exército de mulheres plantadoras. E quem subir ao cume do Monte Quênia verá milhões de árvores a crescer lá em baixo, o verde que Wangari fez renascer em África.
Autora: Jeanette Winter (Clube das Histórias)
Texto excelente. Divulgar a ação incrível de Wangari é fundamental para desenvolver a consciência ecológica. Todo dia podemos desenvolver uma ação em prol do ambiente.Nem tudo está perdido.
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