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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A fé de uma criança


Foi na África Central. No abrigo improvisado das missionárias, uma mulher entrou em trabalho de parto.



Apesar de todos os esforços da equipe, ela não resistiu e morreu, logo após dar à luz um bebê prematuro.


Sua filhinha de dois anos começou a chorar e não havia o que a pudesse consolar.


Não havia eletricidade e, portanto, era complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora.


Ele foi colocado em uma caixa e envolto em panos de algodão.


Bem depressa alguém foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente.


Mesmo morando na linha do Equador, as noites eram, por vezes, frias e sopravam aragens traiçoeiras.


Logo descobriram que a única bolsa para água quente estava rompida.


Que fazer? - pensou a responsável.


Providenciou para que o bebê ficasse em segurança tão próximo quanto possível do fogo. À noite, para protegê-lo das lufadas de vento frio, as moças deveriam dormir entre a porta e o bebê.


Na tarde seguinte, a missionária foi orar com as crianças do orfanato. Para as incentivar à oração, ela fez uma série de sugestões e lhes contou a respeito do bebê.


Explicou a dificuldade em mantê-lo aquecido, sem a bolsa de água quente.


Também disse que o bebê poderia morrer de frio.


Mencionou ainda a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a ausência da mãe.


Então, uma menina de 10 anos se ergueu e orou em voz alta:


Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já seja tarde, porque o bebê pode não aguentar.


Por isso, manda a bolsa ainda hoje.


E... Deus, já que estás cuidando disso mesmo, por favor, manda junto uma boneca para a irmãzinha dele, para que saiba que também a amas de verdade.


A missionária nem conseguiu dizer Assim seja. Poderia Deus fazer aquilo?


O único jeito de Deus atender o pedido da menina seria por encomenda de sua terra natal, via correio. Ela lembrou que estava na África Central há 4 anos.


Nunca havia recebido uma encomenda postal de sua casa. E mesmo que alguém tivesse a ideia de mandar um pacote, quem pensaria em mandar uma bolsa de água quente, para um local na linha do Equador?


Naquela tarde, um carro estacionou no portão da casa e deixou um pacote de 11 kg. na varanda.


As crianças do orfanato rodearam o pacote. Quarenta olhos arregalados acompanharam a abertura. Eram roupas coloridas e cintilantes. Havia também ataduras, caixinhas de passas de uva e farinha. E, bem no fundo, uma bolsa de água quente, novinha em folha.


Rute, a garota que pedira a bolsa, na prece, gritou: Se Deus mandou a bolsa, mandou também a boneca.


Será?


E lá estava ela. Linda e maravilhosamente vestida.


Olhando para a missionária, Rute perguntou: Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Deus a ama muito?


O pacote fora enviado há 5 meses, por iniciativa de uma ex-professora da missionária, que resolveu enviar uma bolsa de água quente, sem mesmo saber porquê.


Uma das suas auxiliares, ao fechar o pacote, decidiu mandar uma boneca.


Tudo isso, cinco meses antes, em resposta a uma oração de uma menina de 10 anos que acreditou, fielmente, que Deus atenderia a sua oração, ainda naquela tarde.


E há quem duvide que Deus é onipresente e onisciente!

Redação do Momento Espírita

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