visitantes desde Abril 2011

free counters

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A atitude de paz resolve qualquer situação


Os violentos terminam por exterminarem-se uns contra os outros ou cada qual por si mesmo. A atitude de paz resolve qualquer situação beligerante, se o amor comandar os contendores. Toda reação, para cessar, deve ter sustada a causa que a desencadeia. Se esta é a violência, somente o seu antídoto, a prudência, conseguirá fazê-la passar. Uma pessoa pacífica acalma outra, as duas alteram o comportamento de um grupo, este pode modificar a comunidade, e, assim, por diante. Faze a tua parte, vencendo a violência.


Joanna de Ângelis/Divaldo Franco

A fé de uma criança


Foi na África Central. No abrigo improvisado das missionárias, uma mulher entrou em trabalho de parto.



Apesar de todos os esforços da equipe, ela não resistiu e morreu, logo após dar à luz um bebê prematuro.


Sua filhinha de dois anos começou a chorar e não havia o que a pudesse consolar.


Não havia eletricidade e, portanto, era complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora.


Ele foi colocado em uma caixa e envolto em panos de algodão.


Bem depressa alguém foi alimentar o fogo para aquecer uma chaleira de água para a bolsa de água quente.


Mesmo morando na linha do Equador, as noites eram, por vezes, frias e sopravam aragens traiçoeiras.


Logo descobriram que a única bolsa para água quente estava rompida.


Que fazer? - pensou a responsável.


Providenciou para que o bebê ficasse em segurança tão próximo quanto possível do fogo. À noite, para protegê-lo das lufadas de vento frio, as moças deveriam dormir entre a porta e o bebê.


Na tarde seguinte, a missionária foi orar com as crianças do orfanato. Para as incentivar à oração, ela fez uma série de sugestões e lhes contou a respeito do bebê.


Explicou a dificuldade em mantê-lo aquecido, sem a bolsa de água quente.


Também disse que o bebê poderia morrer de frio.


Mencionou ainda a irmãzinha de 2 anos que não parava de chorar a ausência da mãe.


Então, uma menina de 10 anos se ergueu e orou em voz alta:


Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já seja tarde, porque o bebê pode não aguentar.


Por isso, manda a bolsa ainda hoje.


E... Deus, já que estás cuidando disso mesmo, por favor, manda junto uma boneca para a irmãzinha dele, para que saiba que também a amas de verdade.


A missionária nem conseguiu dizer Assim seja. Poderia Deus fazer aquilo?


O único jeito de Deus atender o pedido da menina seria por encomenda de sua terra natal, via correio. Ela lembrou que estava na África Central há 4 anos.


Nunca havia recebido uma encomenda postal de sua casa. E mesmo que alguém tivesse a ideia de mandar um pacote, quem pensaria em mandar uma bolsa de água quente, para um local na linha do Equador?


Naquela tarde, um carro estacionou no portão da casa e deixou um pacote de 11 kg. na varanda.


As crianças do orfanato rodearam o pacote. Quarenta olhos arregalados acompanharam a abertura. Eram roupas coloridas e cintilantes. Havia também ataduras, caixinhas de passas de uva e farinha. E, bem no fundo, uma bolsa de água quente, novinha em folha.


Rute, a garota que pedira a bolsa, na prece, gritou: Se Deus mandou a bolsa, mandou também a boneca.


Será?


E lá estava ela. Linda e maravilhosamente vestida.


Olhando para a missionária, Rute perguntou: Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Deus a ama muito?


O pacote fora enviado há 5 meses, por iniciativa de uma ex-professora da missionária, que resolveu enviar uma bolsa de água quente, sem mesmo saber porquê.


Uma das suas auxiliares, ao fechar o pacote, decidiu mandar uma boneca.


Tudo isso, cinco meses antes, em resposta a uma oração de uma menina de 10 anos que acreditou, fielmente, que Deus atenderia a sua oração, ainda naquela tarde.


E há quem duvide que Deus é onipresente e onisciente!

Redação do Momento Espírita

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Importante e oportuna lembrança a reflexão de nós Espiritas


Transcrevo do nosso Evangelho no Cap.X, ítem 14, em "Instruções dos Espíritos", "perdão das ofensas": Quantas vezes perdoarei a meu irmão?...perdoarás, mas ilimitadamente; perdoarás cada ofensa tantas vezes ela te for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que torna uma criatura invulnerável ao ataque, aos maus procedimentos a as injúrias;...Perdoai aos vossos irmãos, como precisais que eles vos perdoem. Se seus atos pessoalmente vos prejudicaram, mais um motivo ai tendes para serdes indulgentes, porquanto o mérito do perdão é proporcionado à gravidade do mal. Nenhum merecimento teríeis em revelar os agravos dos vossos irmãos, desde que não passassem de simples arranhões.


Espiritas, jamais vos esqueçais que, tanto por palavras, como por atos, o perdão das injúrias não deve ser um termo vão. Pois que vos dizeis espíritas, sede-o. Olvidai o mal que vos hajam feito e não penseis senão numa coisa; no bem que podeis fazer...


"Aprendamos com o silêncio. Façamos dele porto seguro de nossa meditação." Bezerra de Menezes (Fluidos de luz)

Importante reflexao que o companheiro luiz Carlos Gonzaga dos Santos ( Presidente Sociedade Espírita Fé, Amor e Caridade) nos aponta necessária nestes dias atuais.






sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

leva-nos a trabalhar as mágoas, os ressentimentos, as raivas e fúrias que se alojam em nós e que trazem tanto mal físico e espiritual.


SÓ POR HOJE NÃO TE PREOCUPES.

Pensando nesta frase vamos aprendendo a romper os laços com os conceitos pré-estabelecidos de dor e angústia.
Devagar damos o tempo certo para cada pessoa
e para cada situação que temos que enfrentar na vida.
Rompemos com nossa ansiedade e respiramos em Paz
 
SÓ POR HOJE NÃO TE ABORREÇAS.
Aqui, a meditação diária sobre esta frase, leva-nos a trabalhar as mágoas, os ressentimentos, as raivas e fúrias que se alojam em nós e que trazem tanto mal físico e espiritual.
Abalamo-nos por tão pouco, quando estamos entregues aos desafios do ego e às disputas que ele nos impõe.
Através deste preceito libertamo-nos da desconfiança e do medo e amamos incondicionalmente.


SÓ POR HOJE HONRA TEUS PAIS, PROFESSORES E IDOSOS.
Com esta afirmação podemos nos remeter ao respeito pela vida e pela experiência de cada um.


Trabalhamos a nossa pretensão e nosso orgulho


e colocamo-nos no devido lugar de aprendizes da vida e filhos de Deus.


SÓ POR HOJE GANHA A TUA VIDA HONESTAMENTE.
Este preceito lembra-nos a necessidade urgente
de sermos honestos conosco mesmos, antes de tudo.
Qualidade esta, tão esquecida pela humanidade
e que provocou um distanciamento enorme
daquilo a que nossa alma se propõe fazer na vida...
O que só pode ser lembrado quando olhamos com carinho e atenção para tudo que nosso coração pede.
Desta forma, passamos a realizar nosso propósito na Terra.
SÓ POR HOJE DEMONSTRA GRATIDÃO
POR TUDO O QUE É VIVO.


Quantas vezes por dia nós nos lembramos de agradecer e apreciar as coisas que estão à nossa volta e fazem a nossa vida melhor?


Os alimentos e a água, por exemplo, que são imprescindíveis para nossa sobrevivência
e que na maioria das vezes são totalmente desprezados por nós.


O ar que respiramos e que contém elementos vitais para nosso corpo.


Isto tudo sem citar todos os animais que nos ajudam e interagem conosco neste Planeta; e por último as pessoas, que são alvo das nossas críticas,
julgamentos e desamor.


Muitas vezes, o simples ato de sorrirmos para alguém que encontramos a caminho do serviço, estudo, etc... é capaz de transformar inteiramente o dia dessa pessoa.
E isso, não nos custa nada, ao contrário, nos beneficia pois o amor é uma energia ilimitada, inesgotável.
Quanto mais a projetamos, mais temos a nossa disposição.
E ele sempre reflete-se em nossa direção.

Mikao Usui

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Do carnaval ao réveillon - a origem das suas festas preferidas.

 

Ilustração: Marcelo Cipis




Do nascimento à morte, de um trio elétrico de Salvador a Meca, do Réveillon ao seu aniversário. Ninguém vive sem rituais. Mas nem sempre se sabe a origem deles - histórias que se cruzaram no tempo e influenciaram povos do mundo todo.
por André Bernardo
O Natal é mais velho que o cristianismo. Bem, pelo menos a festa que originou o feriado de 25 de dezembro. Na Roma antiga, o dia mais curto do ano era comemorado com uma festa em que se cultuava o Sol. E, 3 séculos depois de morto, o nascimento de Jesus passou a ser celebrado justamente no dia do antigo culto dos romanos - logo Roma, que perseguiu os primeiros seguidores da então seita revolucionária. Ironia histórica. "Ritual não é algo fossilizado, imutável e definitivo", diz Mariza Peirano, doutora em antropologia pela Universidade de Harvard. Dois milênios mais tarde, as pessoas ainda cultivam antigos rituais. E criaram outros. Bebês católicos são batizados, judeus são circuncidados. E brasileiros, bem, às vezes já nascem com a camisa do time do pai exposta no quarto do hospital. "Quando e onde quer que nos deparemos com um grupo humano em sociedade, encontraremos práticas rituais", lembra Maria Ângela Vilhena, doutora em ciências sociais pela PUC-SP. Desde que surgem, rituais são adaptados ao longo do tempo, de acordo com os povos que os adotam. Os que mostramos aqui foram divididos de acordo com a origem: astronômicos ou agrícolas, além de ritos pessoais de passagem. Porque, mesmo que eles mudem de forma com os séculos, as motivações continuam semelhantes. Queremos entender a passagem do tempo. Ter o que comer todo dia. Ser felizes.







ANIVERSÁRIO


A comemoração evoluiu ao longo do tempo, assimilando costumes de vários povos.


Egito Antigo, 3200 a.C.






No Egito antigo, só o faraó comemorava aniversário. Mas o hábito pegou. Na Grécia, surgiu o costume do bolo. No 6º dia de cada mês, com a chegada da lua cheia, os gregos faziam bolos de mel em homenagem à deusa Artêmis e, sobre eles, colocavam velas para representar o luar. Séculos depois, em Roma, o ato de comemorar o nascimento de alguém ganhou o nome de "aniversário", palavra do latim anniversarius, que quer dizer "aquilo que volta todos os anos". Os cristãos só começaram a festejar a data no século 4, quando o nascimento do próprio Jesus foi oficializado. Antes, achavam que era um costume pagão.






Rituais astronômicos


A resposta de muitas coisas está no céu. Inclusive a que explica por que bolo de aniversário tem vela.






RAMADÃ


Arábia Saudita, 623






A origem está atrelada ao calendário islâmico, que é baseado nos ciclos lunares. Ramadã é o 9º mês do Islã e representa a viagem que Maomé fez de Meca a Medina. O feito determina o início da contagem dos anos na religião, que hoje está em 1433. No Ramadã, adultos não comem, não bebem nem fumam durante o dia.






NATAL


Roma, 336






Do latim "Natale", significa "dia do nascimento". No caso, de Jesus. Em 336, o imperador romano Constantino I determinou que Jesus nascera em 25 de dezembro. Não foi aleatório. Nessa época ocorre o solstício de inverno no hemisfério norte, quando os romanos comemoravam o Natalis Solis Invict ("Natal do Sol Invencível"). Constantino usou a popular festa para impulsionar o cristianismo, recém-legalizado em Roma.






Rituais agrícolas


Homenagear mortos, pular Carnaval, acender fogueira. Tudo para ter comida à mesa.






RÉVEILLON


Nem sempre 1º de janeiro foi o dia de ano novo.


Mesopotâmia, 2000 a.C.






Povos da Mesopotâmia celebravam o ano novo há cerca de 4 mil anos. Normalmente, a passagem era determinada pelas fases da lua ou pelas mudanças das estações. Não em 1º de janeiro, que só virou dia do ano novo em 1582, com a introdução do calendário gregoriano no Ocidente. Até então, o Réveillon era festejado em 23 de março, coincidindo com o início da primavera no hemisfério norte, época em que as novas safras são plantadas. Daí a ideia de "recomeço". Não por acaso, réveiller, em francês, quer dizer "acordar". No Brasil, o branco virou padrão por simbolizar luz e bondade. Mas os hábitos variam muito de país para país. Por exemplo, dinamarqueses sobem em cadeiras para pular à meia-noite (preparar-se para os desafios) e peruanos arrumam malas e dão uma volta no quarteirão (para realizar o sonho de viajar).






FINADOS


Europa, entre 1024 e 1033






A Igreja instituiu o dia de Finados no século 11. Mas na Antiguidade os mortos já eram homenageados em banquetes para pedir proteção para as colheitas. No catolicismo, a data é celebrada em 2 de novembro. Uma das mais populares festas acontece no México. O Dia das Caveiras é um sincretismo entre a festa católica e um rito indígena. Reza a tradição que, ao longo do dia, os mortos vêm visitar parentes e amigos.






DIVALI


Índia, 1000 a.C.






O "Festival das Luzes" é celebrado por 4 dias de outono na Índia. Hindus usam roupas novas, acendem lamparinas e soltam fogos de artifício para simbolizar a vitória do bem. Uma das histórias da origem do Divali (ou Diwali) são as bodas dos deuses Vishnu e Lakshmi, que levam prosperidade às colheitas.






CARNAVAL


Há 3 mil anos a maior de todas as festas.


Roma antiga, 1000 a.C.






Para homenagear Saturno, deus da agricultura, os romanos faziam a Saturnália. Durante a festa, escolas não abriam, escravos eram soltos e o povo ia às ruas, onde um carro alegórico em forma de navio abria caminho na multidão fantasiada. Na Idade Média, o Carnaval era chamado de "festa dos loucos". No Renascimento, ganhou força na Itália, França e Portugal, países onde surgiram o pierrô, a colombina, o confete e a serpentina.






FESTA JUNINA


Europa, séc. 4






Na Europa medieval, o início das colheitas era comemorado em junho, quando as pessoas faziam fogueiras para espantar maus espíritos. Os festejos aconteciam na mesma época que as solenidades joaninas, em homenagem ao dia de são João. Com o tempo, os eventos se fundiram. No Brasil, a festa junina chegou no século 16, trazida pelos jesuítas.






Ritos pessoais de passagem


Pouco importa se a pessoa é religiosa ou não. A vida sempre é marcada por passagens de fases.






CASAMENTO


Juntar as escovas de dentes é um costume bastante globalizado.


Diversas origens






A cerimônia é herança dos romanos, mas a aliança é contribuição dos egípcios. Para eles, o anel, por não ter começo nem fim, simboliza a eternidade. Já o costume de jogar arroz é chinês e significa desejo de fartura. O buquê é grego e, reza a tradição, protegia as noivas do mau-olhado das solteironas. Durante muito tempo, as noivas se casavam de vermelho, cor do amor. Só no século 19 o branco foi adotado. A rainha Vitória, do Império Britânico, escolheu se casar de branco, por ser a cor da pureza. Outra moda lançada por ela foi a Marcha Nupcial, de Felix Mendelssohn.






BAILE DE DEBUTANTES


França, séc. 18






O termo début designava atores que estreavam na carreira. Com o tempo, o termo passou a ser usado para se referir a moças que entravam na vida social. Famílias ricas da França faziam festas em que apresentavam as filhas à sociedade. A partir de então elas estavam aptas para frequentar eventos.






CIRCUNCISÃO


Israel, 1300 a.C.






A circuncisão é um sinal visível da aliança invisível entre Deus e a humanidade. Há divergências quanto à origem, mas historiadores especulam que os hebreus teriam se inspirado nos egípcios ou nos etíopes ao adotar a prática. A remoção do prepúcio do bebê é um preceito judaico seguido até hoje.






BATISMO


Israel, 4000 a.C.






A imersão em água como sinal de purificação está presente em várias culturas. Judeus cumpriam o rito para admitir aqueles que abandonavam suas crenças para abraçar o judaísmo. Hindus usam até hoje o rio Ganges, na Índia, para se purificar. E muçulmanos fazem ablução (lavagem sagrada) antes de rezar. No catolicismo, além do batismo, água benta é usada como sinal de fé.






TROTE


França, 1342






O primeiro trote de que se tem notícia foi em 1342, na Universidade de Paris. Na época, calouros não frequentavam as mesmas salas que os veteranos e, por isso, tinham que assistir às aulas dos vestiários. Em 1491, na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, os novatos tinham o cabelo raspado e ainda bebiam vinho com urina. O termo "trote" se refere ao andar do cavalo, ritmo entre a marcha lenta e o galope. Assim como o cavalo aprende a trotar, o calouro deve aprender a se comportar na universidade.



Fontes Ahmad Mazloum (xeique do Centro Islâmico de Foz do Iguaçu); Antônio Zuin, educador da UFSCar; Carlos Engemann, historiador da UFRJ; Daniel Justi, teólogo da PUC-Rio; Fernando Loureiro, historiador da USP; Joachim Andrade, antropólogo da PUC-SP; José Carlos Rodrigues, antropólogo da PUC-Rio); Maria Laura Cavalcanti, antropóloga da UFRJ; Michel Schlesinger (rabino da Congregação Israelita Paulista); Paulo Fraga, educador da Unifal-MG; Pedro Funari, arqueólogo da Unicamp; Ricardo Sayeg, historiador da USP.

Texto nos sinalizado por João Alessandro Muller

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Gesto inusitado. Nada fiz demais. Eu vi que ele estava inseguro e resolvi ajudar.


O dia estava nublado. Várias pessoas aguardavam o ônibus na estação tubo, resguardando-se do vento frio, que soprava forte.

Os olhares de todos se revezavam entre o relógio de pulso e a rua à esquerda, de onde deveria vir a condução.
De repente, a porta central se abriu e os olhares ali se concentraram, não entendendo o porquê, desde que nenhum ônibus estava à vista.
Então, viram que o cobrador saiu de seu posto, saltou para a rua e se dirigiu alguns metros adiante, à direita.
Um rapaz aguardava na calçada. O cobrador lhe ofereceu o braço e juntos atravessaram a rua. O rapaz era cego.
Os passageiros que aguardavam o ônibus se entreolharam, admirados. O gesto fora inusitado, considerando-se ainda que ninguém se apercebera da dificuldade do deficiente visual.
Contudo, o cobrador estava atento e, deixando seu posto, foi prestar solidariedade ao seu irmão, deixando-o, tranquilo, do outro lado da rua.
Houve cumprimentos de alguns para ele. Houve quem fosse além e lhe desejasse bênçãos celestes.
Ele corou e disse: Nada fiz demais. Eu vi que ele estava inseguro para atravessar e resolvi ajudar.


* * *
O cobrador era um jovem. Para aqueles que costumam dizer que o mundo está perdido, que ninguém se importa com ninguém; que a juventude vive alheia ao seu entorno, o gesto inusitado prova o contrário.
Poder-se-á dizer, quem sabe, que é um em um milhão. Pelo contrário, para quem tem olhos de ver, esses exemplos se multiplicam às dezenas.
O que ocorre é que, normalmente, da mesma forma que os passageiros, temos os olhos postos somente em uma direção, não nos permitindo alargar a visão, buscando outras paisagens.
O bem está no mundo e se apresenta, diariamente,
em gestos anônimos e desinteressados como o da pessoa que vê cair a carteira da bolsa de alguém, a apanha e corre até alcançá-la, a fim de a devolver.
Ou de quem percebe que o cadeirante está com dificuldades para subir à calçada e se oferece para auxiliar;
Da vizinha que se predispõe a cuidar das crianças, enquanto os pais necessitam atender a uma emergência; da atendente hospitalar que, extrapolando seu horário de trabalho, fica com o paciente até que chegue seu familiar, para que ele não se sinta só ou entre em pânico; da mãe que leva pela mão seu filho a saborear um sorvete e, observando que outra criança o fixa com olhos de desejo, a essa oferece idêntica gostosura; de alguém que encontra um cão pela rua e, percebendo ser bem cuidado, cogita que deva pertencer a quem muito o quer e se esmera em descobrir seu dono. Pensa que possa ser de uma pessoa solitária, cuja companhia única lhe seja o animal.

Ou, quem sabe, de uma criança que lhe chora a ausência, intranquila e medrosa.
Sim, há muito bem no mundo. Há quem divida o próprio coração para amar os filhos da carne alheia.
E adicione água ao feijão a fim de servir um prato a mais a quem tem fome. E subtraia pequenos desejos pessoais, a fim de atender a verdadeiras necessidades de terceiros, tudo numa bendita e especial matemática.
Uma especial matemática cujo resultado é amor, harmonia, bem-querer, um mundo melhor.



Redação do Momento Espírita.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Doenças da Alma


O ser psicológico é o perfeito reflexo da sua re­alidade plena. Sendo Espírito imortal, conduz o seu patrimônio evolutivo — resultado das experiências ancestrais — que se encarrega de modelar os conteú­dos delicados da sua personalidade, elaborando pro­cessos de harmonia ou desequilíbrio que resultam dos condicionamentos armazenados no psiquismo profundo.
Arquiteto da própria vida, em cada realização ela­bora, conscientemente ou não, os moldes que se lhe constituirão mecanismos hábeis para a movimentação nos novos investimentos.
Elaborado pela energia inteligente, que o torna especial no complexo campo das vibrações que se agi­tam no Universo, o direcionamento que resulte da arte e ciência de pensar responderá pela formação das es­truturas psicológicas e físicas, psíquicas e orgânicas com as quais se haverá nos empreendimentos futuros.


Conforme pensa, constrói os delicados e sutis im­plementos que se transformarão em força atuante no mundo das formas. Ao mesmo tempo, exterioriza on­das específicas que se imprimem nos painéis mentais, aí insculpindo os processos psíquicos que comandarão as futuras atividades.

Em razão disso, quando as elaborações mentais não possuem carga superior de energia, elaborando ima­gens perniciosas e inferiores, plasmam-se nos refolhos íntimos as estruturas que irão delinear a conduta, en­sejando harmonia ou abrindo espaço para a instalação de psicopatologias variadas, que se imprimirão nas engrenagens do conglomerado genético, definidor, de certo modo, graças ao perispírito, da futura estrutura do indivíduo.
As enfermidades da alma, portanto, procedem de condutas atuais como de anteriores, a que se permitiu o Espírito, engendrando as emanações morbíficas, que ora se convertem em distúrbio de natureza complexa, e que passam a exigir terapia conveniente quão cuida­dosa.
O ser jamais se evade de si mesmo, do Eu interior, que sobrevive à decomposição cadavérica e é respon­sável por todas as ocorrências existenciais, face à sua causalidade e à sua destinação, que tem caráter eterno.
Assim sendo, é totalmente decepcionante uma aná­lise do indivíduo somente sob o ponto de vista orgâni­co, por mais respeitável seja a Escola de pensamento que se atenha a esse estudo.
A hereditariedade e os implementos psicossociais, sócio-econômicos, os fatores perinatais e outros são in­suficientes para abarcar a realidade do ser humano em toda a sua complexidade.
A alma transcende as emanações neuronais, pos­suindo uma realidade que resiste à disjunção cerebral e por essa razão, podendo pensar sem os seus equipa­mentos supersensíveis, embora esses não consigam ela­borar o pensamento sem a sua presença.
Felizmente, a antiga presunção organicista vem cedendo lugar a concepções mais compatíveis com a realidade, deixando à margem a imposição acadêmica ancestral, para se firmar no testemunho dos fatos ine­quívocos da experimentação contemporânea.
Nessa investigação, séria e nobre, em torno do ser tridimensional: Espírito, perispírito e matéria, se pode encontrar a psicogênese das enfermidades da alma, como também defrontar as patogêneses que assinalam a criatura humana no seu transcurso evolutivo.

O ser profundo, autor de todos os acontecimentos em sua volta, é o Espírito, seja qual for o nome que se lhe atribua.

Texto extraído do Livro “Amor, Imbatível Amor”, psicografado por Divaldo Pereira Franco e ditado pelo espírito Joanna de Ângelis.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Chefes ( Lideres) controladores são responsáveis por desmotivação da equipe.


Estudo acadêmico sugere que gestores autoritários prejudicam o desempenho dos colaboradores de uma companhia



Um recente levantamento acadêmico feito pelo pesquisador Nicolas Gillet revelou que os gestores controladores e autoritários, que costumam se valer de ameaças para 'motivar' a equipe, na verdade, estão prejudicando seus colaboradores, já que tais críticas afetam o desempenho dos profissionais de forma negativa e não positiva, como se imagina.



A conclusão faz parte do estudo da Universidade Francois Rabelais, da França, e foi publicada no último mês no “Journal of Business and Psychology”.


“Para manter seus funcionários felizes e satisfeitos, os superiores devem oferecer opções, em vez de ameaças e prazos”, diz o pesquisador.
Desempenho em jogo



Para ele, uma mudança de estratégia para melhorar significativamente o bem-estar dentro da companhia é fundamental para quem deseja obter bons resultados no fim do mês ou ao término de um ano, por exemplo.


“O modo como a pessoa se sente no trabalho é responsável por mais de 25% da diferença nas taxas de desempenho entre os funcionários", explica Gillet, que garante que o bem-estar no trabalho também pode ter um grande impacto econômico e social.


Critérios de avaliação
Para a pesquisa, foram analisados o impacto da percepção do suporte organizacional - na medida em que a organização valoriza as contribuições dos trabalhadores - e o relacionamento interpessoal do supervisor e seus trabalhadores, também conhecido como o apoio oferecido aos subordinados em termos de autonomia e controle do próprio comportamento.
"Quanto mais apoio os entrevistados sentiam ter, mais satisfeitos e felizes eles declaravam estar. Os que achavam que seus chefes eram repressores, autoritários ou que pressionavam muito sentiam que suas expectativas não estavam sendo atendidas, e isso os deixava com níveis mais baixos de bem-estar", informa Gillet.


O estudo
Participaram do estudo 1.118 mil funcionários de empresas pequenas, médias e grandes. Todos tiveram que responder a questionários, perguntando o que achavam sobre a forma de agir de seus superiores e quanto apoio eles recebiam da empresa.

Fonte: Administradores  @admnews.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Parte da entrevista da revista PODER, ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, abaixo, quando lhe foi perguntado: O que fazer para melhorar o cérebro ? (Por dentro do cérebro - Dr. Paulo Niemeyer Filho / Neurocirurgião)


O que fazer para melhorar o cérebro ?

Resposta:
Você tem de tratar do espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício. Se está deprimido, reclamando de tudo, com a autoestima baixa, a primeira coisa que acontece é a memória ir embora; 90% das queixas de falta de memória são por depressão, desencanto, desestímulo. Para o cérebro funcionar melhor, você tem de ter alegria. Acordar de manhã e ter desejo de fazer alguma coisa, ter prazer no que está fazendo e ter a autoestima no ponto.
PODER: Cabeça tem a ver com alma?
PN: Eu acredito que a alma está na cabeça. Quando um doente está com morte cerebral, você tem a impressão de que ele já está sem alma... Isso não dá para explicar, o coração está batendo, mas ele não está mais vivo. Isto comprova que os sentimentos se originam no cérebro e não no coração.
PODER: O que se pode fazer para se prevenir de doenças neurológicas?
PN: Todo adulto deve incluir no check-up uma investigação cerebral. Vou dar um exemplo: os aneurismas cerebrais têm uma mortalidade de 50% quando rompem, não importa o tratamento. Dos 50% que não morrem, 30% vão ter uma sequela grave: ficar sem falar ou ter uma paralisia. Só 20% ficam bem. Agora, se você encontra o aneurisma num checkup, antes dele sangrar, tem o risco do tratamento, que é de 2%, 3%. É uma doença muito grave, que pode ser prevenida com um check-up.

PODER: Você acha que a vida moderna atrapalha?
PN: Não, eu acho a vida moderna uma maravilha. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são banais de ser tratadas. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos, ninguém mais tem dor.


PODER: Existe algum inimigo do bom funcionamento do cérebro?


PN: Todo exagero.
Na bebida, nas drogas, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância,etc.


O cérebro tem de ser bem tratado como o corpo. Uma coisa depende da outra.

É muito difícil um cérebro muito bom num corpo muito maltratado, e vice-versa.
PODER: Qual a evolução que você imagina para a neurocirurgia?

PN: Até agora a gente trata das deformidades que a doença causa, mas acho que vamos entrar numa fase de reparação do funcionamento cerebral, cirurgia genética, que serão cirurgias com introdução de cateter, colocação de partículas de nanotecnologia, em que se vai entrar na célula, com partículas que carregam um remédio que vai matar aquela célula doente que nos faz infeliz. Daqui a 50 anos ninguém mais vai precisar abrir a cabeça.


PODER: Você acha que nós somos a última geração que vai envelhecer?


PN: Acho que vamos morrer igualmente, mas vamos envelhecer menos. As pessoas irão bem até morrer. É isso que se espera. Ninguém quer a decadência da velhice. Se você puder ir bem mentalmente, com saúde e bom aspecto, até o dia da morte, será uma maravilha.
PODER: Hoje lidamos com o tempo de uma forma completamente diferente. Acha que isso muda o funcionamento cerebral das pessoas?
PN: O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da Internet, mas eles têm de fazer isso porque o cérebro hoje vai funcionar nessa rapidez. Ele tem de entrar nesse clique, porque senão vai ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que vivemos, e o cérebro vai correndo atrás, se adaptando.

Você acredita em Deus?
PN: Geralmente, depois de dez horas de cirurgia, aquele estresse, aquela adrenalina toda, quando acabamos de operar, vai até a família e diz:
"Ele está salvo".


Aí, a família olha pra você e diz:


"Graças a Deus!".


Parte da entrevista da revista PODER, ao neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho.
Texto nos enviado pela amiga Fatima Borques.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O amor : Poema ao Amigo


(Jorge Luis Borges)

Não posso dar-te soluções
Para todos os problemas da vida,
Nem tenho resposta
Para as tuas dúvidas ou temores,
Mas posso ouvir-te
E compartilhar contigo.

Não posso mudar
O teu passado nem o teu futuro.
Mas quando necessitares de mim
Estarei junto a ti.

Não posso evitar que tropeces,
Somente posso oferecer-te a minha mão
Para que te sustentes e não caias.

As tuas alegrias
Os teus triunfos e os teus êxitos
Não são os meus,
Mas desfruto sinceramente
Quando te vejo feliz.

Não julgo as decisões
Que tomas na vida,
Limito-me a apoiar-te,
A estimular-te
E a ajudar-te sem que me peças.

Não posso traçar-te limites
Dentro dos quais deves atuar,
Mas sim, oferecer-te o espaço
Necessário para cresceres.

Não posso evitar o teu sofrimento
Quando alguma mágoa
Te parte o coração,
Mas posso chorar contigo
E recolher os pedaços
Para armá-los novamente.

Não posso decidir quem foste
Nem quem deverás ser,
Somente posso
Amar-te como és
E ser teu amigo.

Todos os dias, penso
Nos meus amigos e amigas,
Não estás acima,
Nem abaixo nem no meio,
Não encabeças
Nem concluís a lista.
Não és o número um
Nem o número final.

E tão pouco tenho
A pretensão de ser
O primeiro
O segundo
Ou o terceiro
Da tua lista.
Basta que me queiras como amigo

Dormir feliz.
Emanar vibrações de amor.
Saber que estamos aqui de passagem.
Melhorar as relações.
Aproveitar as oportunidades.
Escutar o coração.
Acreditar na vida.

Obrigado por ser meu amigo.
Ver mais
O amor na vida!


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Quando as sombras da morte arrebatam nossos amores, um punhal se crava em nosso coração.


Quando as sombras da morte arrebatam nossos amores, um punhal se crava em nosso coração.

A dor moral é tamanha, a sensação de perda é tão grande que o corpo inteiro se retesa e sente dores.
À medida que os dias se sucedem e as horas avançam, tristonhas, acumulando dias, a ausência da presença amada mais se faz dolorida.
Então, revolvemos nossas lembranças e no Banco de Dados da nossa memória, vamos recordar dos momentos felizes que juntos desfrutamos.
Recordamos das viagens, das pequenas coisas do dia a dia, dos aniversários, das tolices.
E até das rusgas, dos pequenos embates verbais que, por convivermos tão próximos, aconteceram, ao longo dos anos.
Se o ser amado é um filho, ficamos a rememorar os primeiros passos, as palavras iniciais, os balbucios. E a noite da saudade vai se povoando de cenas que tornamos a viver e a sentir.
Recordamos o dia da formatura, as festas com os amigos, as ansiedades antes das entrevistas do primeiro emprego. Tantas coisas a rememorar...
Acionamos as nossas recordações e, como um filme, as cenas vão ali se sucedendo, uma a uma, enquanto a vertente das lágrimas extravasa dos nossos olhos.
Se se trata do cônjuge, vêm-nos à lembrança os dias do namoro, os tantos beijos roubados aqui e ali, as mãos entrelaçadas, os mil gestos da intimidade...
Na tela mental, refazemos passos, atitudes, momentos de alegria e de tristeza, juntos vividos e vencidos.
Pais, irmãos, amigos, colegas. A cada partida, na estatística de nossa saudade, acrescentamos mais um item.
E tudo nos parece difícil, pesado. A vida se torna mais complexa sem aqueles que amamos e que se constituíam na alegria de nossos dias.
Vestimo-nos de tristeza e desaceleramos o passo da própria existência.
Como encontrar motivação para a continuidade das lutas, se o amor partiu?
Como prosseguir caminhando pelas vias da solidão e da saudade?

* * *
Nossos amores vivem e nos veem, nos visitam. Não estão mortos, apenas retiraram a vestimenta a que nos habituáramos a vê-los.
Substituíram as vestes pesadas por outras diáfanas, vaporosas. Mas continuam conosco.
Por isso, não contribuamos para a sua tristeza, ficando tristes.
Eles, que nos amaram, continuam a nos amar com a mesma intensidade e nos desejam felizes.
Por isso nos visitam nas asas do sonho, enquanto o sono nos recupera as forças físicas.
Por isso nos abraçam nos dias festivos. Transmitem-nos a sua ternura, com seus beijos de amor.
Sim, eles nos visitam. Eles nos acompanham a trajetória e certamente sofrem com nossa inconformação, nosso desespero.
Eles estão libertos da carne porque já cumpriram a parte que lhes estava destinada na Terra: crianças, jovens, adultos ou idosos.
Cada qual tem seu tempo, determinado pelas sábias Leis Divinas.


* * *
Quando as dores da ausência se fizerem mais intensas, ora e pede a Deus por ti e por teus amores que partiram.
E Deus, que é o amor por excelência, te permitirá o reencontro pelos fios do pensamento, pelas filigranas da prece, na intimidade da tua mente e do teu coração.
Utiliza essa possibilidade e vive os anos que ainda te faltam, com nobreza, sobre a Terra.


Redação do Momento Espírita.