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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Síndrome de Down e os Aspectos espirituais visão Espirita


Segundo a doutrina espírita, reencarnar com a Síndrome de Down é uma oportunidade abençoada de evolução, inclusive para os pais que assumem esta sublime missão.



 O nascimento de um bebê, sem dúvida, é um momento mágico dentro de uma família. É a manifestação da essência divina através de uma nova vida de corpo frágil e pequenino que necessita de cuidados especiais para poder crescer e se desenvolver. Mas quando essa gravidez foge dos padrões planejados e os pais recebem o diagnóstico da chegada de um filho portador da Síndrome de Down, assim como qualquer outro tipo de deficiência, surge uma sensação de medo e angústia em lidar com a situação inesperada.


Mesmo diante do turbilhão de dificuldades, um novo caminho pode ser trilhado quando se descobre que, apesar das limitações e de necessidades especiais, existe um potencial a ser desenvolvido e que deve ser estimulado por meio de uma educação que permita o aprendizado, além do amor, que é fator fundamental no desenvolvimento de qualquer criança. Mergulhando neste universo desconhecido por muitas pessoas e fugindo de regras consideradas normais pela sociedade, vamos conhecer os aspectos de ordem física e espiritual da Síndrome de Down.


Atualmente, existe muito mais informação a respeito do que há algumas décadas. A primeira descrição foi dada pelo médico inglês John Langdon Down, em 1866, chamada também de trissomia do 21, pela existência de um cromossomo extra no material genético. Porém, essa alteração cromossômica passou a ser estudada mais profundamente a partir das pesquisas do geneticista francês Jerome Lejeune, em 1958. Portanto, a Síndrome de Down, chamada anteriormente de mongolismo (semelhança na aparência dos portadores com os povos mongóis),  passou a ser considerada uma alteração genética e não uma doença, que ocorre pela presença de um cromossomo a mais. Ao invés de um par de cromossomos, ocorre a formação de um trio, elemento extra que se une ao par número 21, daí o nome Trissomia do 21. Essa má formação congênita é considerada a forma mais freqüente de retardo mental causada por uma alteração cromossômica e ocorre com maior probabilidade na medida em que a mãe envelhece, além de outros aspectos que devem ser considerados. As estatísticas mostram um para cada mil recém-nascidos de possibilidade na gestante na faixa dos 30 anos, enquanto na faixa dos 40 anos o número sobe para nove a cada mil, embora qualquer pessoa esteja sujeita a ter um filho com tal anomalia genética. Estima-se, hoje, que de cada 650 crianças nascidas, uma tenha Síndrome de Down. Em termos percentuais, esses números representam de 3% a 5% da população mundial. No Brasil, nascem por ano cerca de 8.000 bebês com a síndrome.


A Síndrome de Down pode ser diagnosticada por algumas características físicas diferentes de outras crianças, que gera atraso nas funções motoras do corpo e mentais, o que representa maior lentidão no processo de aprendizado. Esse atraso no desenvolvimento pode ser minimizado com uma intervenção precoce por meio de fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, além de abordagens psicológica e pedagógica adequadas.


Dentro deste quadro de características existem muitos mitos, vejamos alguns: a Síndrome de Down não é hereditária; não é resultado do grau de parentesco dos pais; problemas durante a gestação não influenciam na geração de um portador e é importante lembrarmos que o problema está presente em todas as raças e sexos.


Em relação à expectativa de vida dos portadores, ocorreram muitas mudanças nos últimos dez anos com os avanços científicos, principalmente em relação a problemas cardíacos, uma das maiores causas de mortalidade entre os portadores. De todos indivíduos com a síndrome, 50% apresentam má formação no coração. 






Aspectos espirituais


Embora as causas que ocasionam a Síndrome de Down não sejam conhecidas ainda pela Ciência, quando os questionamentos abrangem os aspectos espirituais, as explicações ganham outra dimensão muito além das pesquisas humanas.


Do ponto de vista espiritual, tudo tem uma razão de ser. É a lei de ação e reação (karma) que deve ser compreendida com a visão reencarnacionista. Diversas obras espíritas relatam o processo desde o momento da fecundação do feto ao seu nascimento, prova de que existe um planejamento muito grande no momento da reencarnação. O livro Missionários da Luz, o terceiro livro ditado pelo espírito André Luiz ao médium Chico Xavier, descreve o Ministério da Reencarnação e o empenho dos espíritos encarregados desta função. Dentre milhões de espermatozóides e óvulos existentes, apenas um é escolhido para ser fecundado e essa escolha ocorre de acordo com as provas necessárias do espírito. A necessidade de evolução do espírito possibilita a união do perispírito (o corpo astral e os corpos mais sutis) com o corpo físico, união esta capaz de gerar os órgãos que servirão como instrumento necessário de aprendizado. Segundo o capítulo XI do livro A Gênese, de Allan Kardec, é o próprio espírito quem fabrica seu envoltório de acordo com suas necessidades. “Ele o aperfeiçoa, o desenvolve e completa o organismo à medida que sente a necessidade de manifestar novas faculdades; numa palavra, ele o talha conforme sua inteligência... Assim se explica igualmente o cunho especial que o caráter do espírito imprime aos traços da fisionomia, e às linhas do corpo”.


Podemos encontrar em O Livro dos Espíritos, perguntas 371 a 374, respostas dos espíritos a Kardec sobre a idiotia (como a deficiência mental era chamada séculos atrás). A resposta à pergunta 373 sobre esses deficientes diz: “É uma expiação decorrente do abuso que fizeram de certas faculdades. É um estacionamento temporário”. Complementa dizendo: “O gênio se torna por vezes um flagelo, quando dele abusa o homem”.


Porém, é importante lembrarmos que cada caso é um caso. Generalizarmos algo é sempre complicado. Existem espíritos que pedem aos mentores espirituais a oportunidade de reencarnar com algum tipo de deficiência que julgam ser necessária para um melhor aproveitamento evolutivo que a reencarnação oferece.


Por outro lado, cabe também aos pais escolhidos para essa responsabilidade, claro que não por acaso, educar o espírito que chega ao lar, com amor, dedicação e acima de tudo, muita paciência, por ser realmente uma prova de muita coragem para ambas as partes. No caso do portador da Síndrome de Down, suas limitações o impedem de poder utilizar o corpo – que é um instrumento de manifestação do espírito – livremente.


Na maioria dos casos – e lembre-se que cada caso é um caso –, em encarnações anteriores, a inteligência pode ter sido mal direcionada. Espíritos que se valeram do brilho intelectual para prejudicar em demasia outras pessoas, ou abreviaram suas próprias vidas por não suportarem suas dores, gerando como conseqüência, distúrbios energéticos no perispírito. Estes desequilíbrios energéticos acabam prejudicando a formação do novo corpo, em nova encarnação.


Como nada acontece sem uma razão, os pais escolhidos para essa difícil missão, em razão de compromissos assumidos anteriormente ou por amor, recebem como “joalheiros da vida” o papel de transformar uma pedra bruta em jóia preciosa. Como lembra o título do livro As Aves Feridas na Terra Voam, de autoria de Nancy Pullman, que aborda a trajetória dos excepcionais como espíritos encarnados no plano terrestre, esses espíritos precisam voltar a voar, mesmo com as asas quebradas na atual encarnação. Seus mais altos vôos dependerão daqueles que o receberem em seus ninhos. 






Conquistando o Brasil


A Síndrome de Down é um dos temas abordados pela  novela global, Páginas da Vida, aliás, assuntos polêmicos relacionados ao comportamento humano e que gerem debate são comuns nas tramas do autor Manoel Carlos. Na história, Clara (Joana Mocarzel), é portadora da síndrome e sua mãe adotiva, a médica Helena, personagem protagonizada pela atriz Regina Duarte, luta pela inclusão social de sua filha.


No enredo, a estudante Nanda engravida de gêmeos do namorado Leo, e um dos bebês é portador da Síndrome de Down. Nanda sofre um atropelamento, não resiste ao acidente e morre. Dentre as duas crianças, Clara, com necessidades especiais, é rejeitada pela avó. A partir daí, como na vida real, a inclusão social de crianças especiais é sempre um desafio.  A iniciativa do autor em abordar o tema em pleno horário nobre tem o objetivo de despertar o público para a existência do preconceito. A menina Joana, que vive a personagem Clara, com apenas 6 anos de idade vem encantando todo o País  com sua graciosidade, e acima de tudo, tem provado seu potencial a ser desenvolvido.


A liberdade de expressão conquistada pelo fim da censura e repressão representa uma via de mão dupla, que se bem utilizada, pode ajudar a despertar muitas consciências, propondo um olhar mais profundo para o ser humano.


Apesar das limitações na compreensão na totalidade dos problemas humanos, por não levarem em conta a dimensão espiritual do Ser, aspecto realmente causador das dificuldades terrenas de modo geral, o fato de abordarem essas diferenças no contexto social já significa uma grande conquista.


Na vida real, muitos portadores da síndrome já conseguiram provar que é possível vencer obstáculos e conquistar seu espaço. É o caso de Maria Cristina de Orleans, de 16 anos, que lançou o livro Carta de Amor, durante o Festival Literário Internacional de Paraty. Outro exemplo que merece ser destacado é do judoca Breno Viola, 25 anos, o único faixa preta de judô portador da síndrome. Além desses, José Rogério, funcionário do Mac Donald’s de Santos há 14 anos e Felipe Badim, ator no Rio de Janeiro que trabalhou em várias novelas. Estes são alguns, entre tantos outros personagens que são heróis da vida real.


Em uma sociedade onde, infelizmente, os diferentes são excluídos, é fundamental que sejam levantadas discussões saudáveis, como a inclusão social dos portadores de alguma deficiência.






Pedagogia do Amor


A anomalia cromossômica causa alteração e mau funcionamento de diversos órgãos. E por afetar o cérebro, ocasiona também a dificuldade na manifestação intelectual, que varia de intensidade. Conforme esclarece a doutrina espírita, a inteligência é um atributo do espírito, mas para que esta se manifeste livremente no plano físico é necessário que o cérebro esteja em condições apropriadas.


Pesquisadores do mundo todo têm se surpreendido cada vez mais com o potencial de desenvolvimento das pessoas portadoras de alguma deficiência, algo que algum tempo atrás não era reconhecido.


Como todas as potencialidades na vida precisam ser estimuladas, no caso da Síndrome de Down é preciso doses ainda maiores de uma educação social e atenção afetiva, desde o nascimento da criança. Os avanços da Medicina têm permitido uma duração no tempo de reencarnação delas maior e com mais saúde, porém, todo progresso científico não terá o sentido que merece enquanto a exclusão social não for banida e substituída pela palavra dignidade. É bastante comum, no meio familiar e escolar, as pessoas subestimarem a capacidade de aprendizado dos portadores de necessidades especiais. Cabe, portanto, àqueles que se norteiam pelos paradigmas espirituais das múltiplas existências, não se deixarem contaminar por idéias preconceituosas. Porque afinal de contas, apesar do corpo se encontrar limitado, essas dificuldades são transitórias e são necessárias para sua evolução. A compreensão dos paradigmas que vão além da visão física dão um novo significado às dores da alma e ajuda na compreensão da importância do convívio social, tanto para o crescimento dos portadores, quanto da sociedade no exercício da compreensão e da fraternidade. Somente assim os muros do preconceito poderão ser substituídos pela pedagogia do amor, que sem dúvida, representa a mais eficaz das ferramentas renovadoras. 



Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição 43.
Escrito por Érika Silveira e Victor Rebelo   


Artigo nos enviado pela amiga Loiva Karnopp.

CASA ARRUMADA - Carlos Drummond de Andrade


A vida é muito mais do que isso...


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."

Casa arrumada é assim:




Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.


Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.


Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...


Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...


Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.


Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?



Tapete sem fio puxado?


Mesa sem marca de copo?


Tá na cara que é casa sem festa.


E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.


Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.


Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,


passaporte e vela de aniversário, tudo junto...


Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.


A que está sempre pronta pros amigos, filhos...


Netos, pros vizinhos...


E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.



Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.


Arrume a sua casa todos os dias...


Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...


E reconhecer nela o seu lugar.


Carlos Drummond de Andrade

Mensagem nos enviada pela grande amiga Loiva Karnopp.



terça-feira, 28 de junho de 2011

O que valeu a pena hoje?


Martha Medeiros

Sempre tem alguma coisa. Um telefonema. Um filme…
Paulo Mendes Campos, em uma de suas crônicas reunidas no livro “O Amor Acaba”, diz que devemos nos empenhar em não deixar o dia partir inutilmente.
Eu tenho, há anos, isso como lema. É pieguice, mas antes de dormir, quando o dia que passou está dando o prefixo e saindo do ar, eu penso: o que valeu a pena hoje?
Sempre tem alguma coisa. Uma proposta de trabalho. Um telefonema. Um filme. Um corte de cabelo que deu certo. Até uma briga pode ter sido útil, caso tenha iluminado o que andava escuro dentro da gente.
Já para algumas pessoas, ganhar o dia é ganhar mesmo: ganhar um aumento, ganhar na loteria, ganhar um pedido de casamento, ganhar uma licitação, ganhar uma partida.
Mas para quem valoriza apenas as mega vitórias, sobram centenas de outros dias em que, aparentemente, nada acontece, e geralmente são essas pessoas que vivem dizendo que a vida não é boa, e seguem cultivando sua angústia existencial com carinho e uísque, mesmo já tendo seu super apartamento, sua bela esposa, seu carro do ano e um salário aditivado.
Nas últimas semanas, meus dias foram salvos por detalhes:
Uma segunda-feira valeu por um programa de rádio que fez um tributo aos Beatles e que me arrepiou, me transportou para uma época legal da vida, me fez querer dividir aquele momento com pessoas que são importantes pra mim.
Na terça, meu dia não foi em vão porque uma pessoa que amo muito recebeu um diagnóstico positivo de uma doença que poderia ser mais séria.
Na quarta, o dia foi ganho porque o aluno de uma escola me pediu para tirar uma foto com ele.
Na quinta, uma amiga que eu não via há meses ligou me convidando para almoçar.
Na sexta, o dia não partiu inutilmente, só por causa de um cachorro-quente.
E assim correm os dias, presenteando a gente com uma música, um crepúsculo, um instante especial que acaba compensando 24 horas banais.
Claro que tem dias em que ninguém nos surpreende, o trabalho não rende e as horas se arrastam melancólicas, sem falar naqueles dias em que tudo dá errado: batemos o carro, perdemos um cliente e o encontro da noite é desmarcado. Pois estou pra dizer que até a tristeza pode tornar um dia especial, só que não ficaremos sabendo disso na hora, e sim lá adiante, naquele lugar chamado futuro, onde tudo se justifica.
É muita condescendência com o cotidiano, eu sei, mas não deixar o dia de hoje partir inutilmente é o único meio de a gente aguardar com entusiasmo o dia de amanhã…



segunda-feira, 27 de junho de 2011

Por que os lideres falham?




Todos sabem que os CEOs (Chief Executive Officers) e os executivos são quase sempre lideres brilhantes, inteligentes, muitas vezes, com um grande histórico de realizações.
Mas o tempo médio dos LIDERES em grandes empresas esta ficando cada vez menor.
E você sabe por que os Líderes fracassam?
David Dotlich e Peter Cairo, instrutores de vários programas de liderança, descobriram que lideres claramente talentosos também tomam decisões ruins, alienam pessoas-chave, perdem oportunidades e desconsideram tendências e desdobramentos óbvios. Recentemente lançaram o livro Por que os Executivos falham?


– 11 pecados que podem comprometer sua ascensão e como evitá-los no qual falam sobre traços de personalidade profundamente enraizados que afetam o estilo de liderança.


Ao todo, são 11 os tipos de comportamentos mais comuns de grandes executivos cujas carreiras saíram dos trilhos descritos por Dotlich e Cairo. E um dos principais avisos dados pelos autores
do livro é “você não precisa ser um grande executivo para cometer esses pecados, pois todos temos um lado negativo, que ataca lideres em todos os níveis”.
Acompanhe:

Arrogante. Você acha que esta sempre certo e os demais estão errados.


Melodramático. Você precisa ser o centro das atenções e não compartilha o sucesso com sua equipe.


Temperamental. Você é “de lua” e seu pessoal nunca sabe como estará no momento.


Cauteloso. Você tem medo de tomar decisões. Sempre falta mais “aquele” dado.


Cético. Você se concentra só no pior cenário e retarda as decisões que acabam complicando a realidade ainda mais.


Reservado. Você se afasta e se isola quando o circo esta pegando fogo.


Ardiloso. Você testa os limites organizacionais as ultimas conseqüências.


Excêntrico. Você tenta ser diferente somente pelo fato de ser diferente.


Passivo Resistente. Você dá a impressão de que concorda com um plano de ação, mas depois reage agressivamente quando e cobrado por sua posição .


Perfeccionista. Você se concentra nos mínimos detalhes e esquece da visão macro que mais importa.


Obsequioso. Você se esforça para ganhar o concurso de popularidade... Principalmente com seu chefe!


Veja também essas dicas para começar um processo de mudanças, com o objetivo de corrigir esses comportamentos antes que seja tarde demais:


A origem é quase sempre a mesma.


Os fatores, chamados por Dotlich e Cairo de “descarriladores de carreiras”, surgem mais comumente sob estresse. Lembrando ainda que esse é um conceito bastante relativo, pois situações estressantes podem envolver qualquer coisa, desde tentar tirar vantagem de uma grande oportunidade como uma aquisição, ate mudar de emprego e adaptar-se a uma nova cultura. O fundamental e descobrir a que tipo de situação estressante você é mais vulnerável e o que desencadeia seus “descarriladores”.


“Não relute em dar um passeio pelo lado da sombra”.


Embora seja natural querermos saber sobre nossos impulsos negativos como lideres, investigar por que agimos de modo a prejudicar os outros, nós mesmos e as empresas em que trabalhamos, ao mesmo tempo trata-se de um tabu. Vivemos em uma cultura de celebridades na qual se espera que elas sejam perfeitas. É essencial parar de pensar dessa forma. Em vez de negar suas falhas, você, como líder, precisa aceitá-las e entendê-las.


Lembre-se: quando você aprende a administrar seus traços autodestrutivos,


consegue fazer com que seus pontos fortes apareçam.


Extraído e adaptado do livro Por Que os Executivos Falham?, de David L. Dotlich e Peter C. Cairo

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O Desafio do Momento.



Louvadas sejam as mãos que operam as ações do Bem, dirigidas por mentes devotadas à fidelidade aos norteamentos do Consolador.
Não é fácil encontrar-se na Terra muitas almas dispostas a renúncias e sacrifícios em favor dos tempos novos que, paradoxalmente, todos aguardam.
A impressão que se tem é que mentes muito poderosas mas negativas, que conhecem bastante a esfera das fragilidades humanas, atuam no sentido de minar o bom ânimo ou de insuflar desesperança em muitos corações, afastando-os dos caminhos seguros do Senhor.
Nada obstante, as falanges do Bem, capitaneadas por Prepostos de Jesus Cristo, diligentes e discretas, seguem firmes no empenho de desfazer espessas sombras que desorganizam e perturbam, além de iluminar consciências, incentivando-as à esperada fidelidade aos ensinamentos do Espiritismo.
É com essa reflexão que convidamos todos os irmãos de boa vontade para participarem da Caravana do Amor, que não se pode desmontar nem atarantar diante das investidas negativas do tempo presente.
O labor do Cristo nunca encontrou, na Terra, terreno fácil ou aceitação tranquila, mesmo entre indivíduos que se afirmam como seguidores do Bem. Para muitos deles seria mais interessante que a Mensagem Espírita não os retirasse das zonas de conforto nas quais se alocam, sem nenhum anseio de desacomodar-se, de ir à luta ou de efetuar as indispensáveis mudanças pelos caminhos da existência.
Como o Mestre afirmou que não se pode atender aos interesses de dois senhores, pelo risco de não se conseguir agradar a ambos igualmente, sentimos que já é tempo de optarmos pela polaridade mais importante para nós, ou seja, de fazermos as nossas escolhas definitivas para a vida.
É preciso que definamos a própria escala de valores, uma vez que ao assumirmos compromisso com a Verdade que liberta e com o Bem que alimenta, correremos menor risco de resvalar ou de nos conturbar à frente dos serviços a cumprir Seara afora.
A nossa união em torno do ideal Espírita não pode ser procrastinada, sob pena de perdermos o passo do progresso anelado nas idas do nosso Movimento Espírita, que se propõe difundir a exuberante mensagem do Mundo Maior.
Não temos mais tempo para qualquer modalidade de fuga, de defecção ou de negligência perante os compromissos com o futuro, que já começou.
Vários grupos de companheiros domiciliados nos Campos do Além, com os quais cooperamos pessoalmente, têm se somado às Falanges do Cristo, no sentido de reativar mentes incontáveis e de sensibilizar um sem-número de corações, para que não mais percamos a oportunidade de servir fielmente a Jesus.
Unamo-nos, pois, irmãos, fortalecendo-nos, reciprocamente, para que, devidamente reforçados e responsáveis, alcancemos a excelência da reencarnação e realizemos o nosso melhor esforço pela construção do sonhado mundo novo, a começar de nós mesmos e dos nossos dependentes intelectuais ou afetivos.
Para tanto, não deveremos nos afastar do estudo aprofundado do Espiritismo, por meio de sérias meditações, de discussões e análises graves sobre seus conteúdos tão felizes.
Não mais podemos ver o mundo a incendiar-se sem que nos apresentemos como operadores da paz e da alegria, da lucidez e do trabalho, sem qualquer omissão indevida.
No ensejo, bons amigos, contamos com a companhia dos caros Jaime Rolemberg e Leopoldo Machado, embora outros valorosos servidores desencarnados participem desses luminosos interesses.
O nosso grandioso Espiritismo, enfim, deve ser a nossa filosofia de vida ou não resistiremos ao peso do anticristo, que se materializa de diversas formas, pelas estradas da nossa evolução para o Criador. O tempo melhor, pois, é o agora!
Embora saibamos não ser fácil corporificar no mundo o projeto de Jesus Cristo, não poderemos esquecer que o nosso tempo é, de fato, o agora, e o nosso melhor dia é o de hoje.
Desejo abraçar a todos os irmãos que sustentam com seriedade o nosso Movimento, em todos os lugares, e despedir-me com fraternal carinho, sua irmã

Nancy Leite de Araújo
Psicografia de José Raul Teixeira, em 5 de novembro de 2010, durante a Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília, Distrito Federal.






quinta-feira, 23 de junho de 2011

Código Internacional de Doenças (OMS) inclui influência dos Espíritos. Medicina reconhece obsessão espiritual



Medicina reconhece obsessão espiritual


Dr. Sérgio Felipe de Oliveira com a palavra:


Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida... Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também...


Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.


Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr.Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:


A obsessão espiritual como doença_da_alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e
desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.


Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:
biológico, psicológico e espiritual.


Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado_de_transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.


O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do
meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que
acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são
patológicos, provocados por doença.


Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.


Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..


Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe
normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.


O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.


Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (HOJE OBRIGATÓRIA) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões
espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja
conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a
grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de
"psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos
(clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto no enviado pela amiga : Sonia da Soc. Espi. Novo Horizonte Capão Novo.

Carta às mães que perderam seus filhos


Mãezinha querida... Seu coração está em pedaços...



Não há dor maior do que a perda de um filho...


Aprendemos a amá-los de uma forma tão grandiosa, tão completa, que não conseguimos mais enxergar o mundo sem a sua presença ao nosso lado.


Descobrimos um tipo de amor que nos faz crescer e nos faz amar a vida como nunca antes havíamos amado.


E subitamente são levados... Aos poucos meses, nos primeiros anos... Ou um pouco mais tarde. Levados de nosso regaço através da morte tão cruel.


Mãezinha querida... Seu coração pede consolo, pede uma razão para continuar vivendo...


E esta razão estará sempre em seu amor por eles.


Primeiramente pelo amor aos que ficaram e respiram também o ar de seu amar: filhinhos, esposo, pais, amigos queridos.


Mas também pelo amoraos que partiram porque, mãezinha querida, eles continuam a existir e a amá-la como antes o faziam.


A morte não mata o Espírito e também não mata o amor.


“Um pai, uma mãe, nunca deveriam enterrar seus filhos” – diz o pensamento popular, fazendo menção à ordem natural da vida para os que deveriam partir antes.


Porém, a verdade é que você não enterrou seu filhinho, mãe: o que ali foi deixado sob a terra era apenas sua vestimenta corporal para esta breve encarnação.


Seu filho, sua filha continuam existindo. E todo amor que construíram no aconchego de seu lar não foi perdido: será a semente de um novo amanhã, quando voltarão a se encontrar.


Os planos maiores do Universo – ainda desconhecidos por nós – definiram que precisavam ir mais cedo, por razões especiais.


Voltaram para a verdadeira vida, o mundo espiritual, onde estão recebendo todo auxílio necessário para que sejam bem recepcionados em sua nova realidade.


Deus está com seus filhos nos braços, mãezinha.Segura-os através de seus tantos trabalhadores do bem, que estão encarregados de receber as almas após a desencarnação.


Você não perdeu seus filhos, embora a realidade pareça mostrar isso diariamente, pelo buraco que suas ausências na Terra deixaram.


Não... Você não perdeu seus filhos. A desencarnação é apenas o final de uma etapa e começo de outra.


Não perdemos as pessoas, assim como não se perde o amor semeado no coração.


Quando a saudade apertar e o ar parecer faltar, lembre, mãezinha, dos momentos felizes com eles, lembre de abraçá-los com carinho em suas orações aos céus.


Eles receberão seu abraço e ficarão felizes por saber que em sua alma não há revolta, não há ódio ou rancor, há apenas a natural e saudável saudade.


Através da oração você poderá manter um contato constante com eles, pois a prece une os “dois mundos”.


Diga que os ama muito, que sente falta, é certo, e que é este amor que lhe sustenta os dias na Terra, esperando o sonhado momento do reencontro.


Mãezinha querida... Você não está sozinha neste momento difícil: Deus está com você. Conte com Ele.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Flor de Estufa


É natural o desejo de viver em paz e ser feliz.



Todos almejam levar a vida sem maiores percalços e desafios.


Entretanto, a realidade é bem diversa.


Qualquer que seja o contexto econômico ou social em que a criatura se apresente, ela enfrenta alguns problemas.


Esse fenômeno precisa ser entendido em sua justa configuração.


O instinto de conservação, inerente aos seres vivos, indica-lhes que devem buscar preservar-se ao máximo.


Trata-se de um recurso providencial, para que bem aproveitem a experiência terrena.


Caso não se cuidem como podem e devem, correm o risco de perecer antes do tempo.


Com isso, deixam de aprender a lição do momento em sua integralidade.


Ocorre que o aprendizado e o aprimoramento são a finalidade do existir.


O Espírito não renasce para se recrear, mas para se melhorar.


Assim, a condição de flor de estufa não lhe assenta.


Se fosse para permanecer em doce repouso, não necessitaria de um corpo físico.


As injunções materiais tornam necessárias certas atividades que viabilizam o progresso.


Porque precisa se manter, o homem disciplina-se a trabalhar.


Como os postos de trabalho são disputados, ele se habitua a estudar e a se aperfeiçoar constantemente.


Para se manter no emprego, precisa respeitar inúmeras regras.


Com isso, gradualmente incorpora em seu ser diversas virtudes.


Disciplina, polidez, humildade e todos os valores e talentos humanos não são presentes, mas conquistas.


Em sentido geral, as exigências ordinariamente se apresentam.


Algumas crises sempre precisam ser vividas e superadas.


Nesse contexto de desenvolvimento amplo e constante, dificuldades não são tragédias.


Elas representam uma lição preciosa.


Todo Espírito possui um destino glorioso.


Nele dormem os princípios das virtudes angélicas.


Constitui uma tola ingenuidade achar que se transitará pela vida ao abrigo de preocupações.


Os problemas que surgem não são injustiças e nem perseguições.


Seu sereno enfrentamento, em contexto de dignidade, é o próprio objetivo da existência.


O homem não pode ser uma flor de estufa, delicada e de pouco perfume.


Seu destino é se assemelhar a uma árvore frondosa, de madeira perfumada, cheia de frutos e flores.


Integralmente útil, qualquer que seja o contexto.


Na pobreza, pleno de dignidade e com muito amor ao trabalho.


Na abastança, modesto e disposto a partilhar e a se fazer instrumento do progresso.


Assim, não se ressinta dos desafios que se apresentam em sua vida.


Entenda-os como testes cuja solução exige apenas disciplina e serenidade.

M. Espirita

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Felicidade é feita de coisas pequenas



Roberto Shinyashiki --Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegarão a ser gerentes.
E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.


Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu à pena, porque não conseguiu ter o carro, nem a casa maravilhosa.
Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa, possa se orgulhar da mãe.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros.
São pessoas que sabem pedir desculpas e admitiram que erraram.


ISTO É -O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia.
Morávamos em um bairro pobre em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem.
Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito '100% Jardim Irene'.
É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes..
O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana.
Em países como o Japão, a Suécia e a Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher, que embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego, que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
ISTO É -- Qual o resultado disso?
Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoce.
O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece.


A única coisa que prepara uma criança para o futuro, é ela poder ser criança.
Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas.
Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.

ISTO É - Por quê?
Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento.
É contratado o sujeito com mais marketing pessoal.
As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras.
Disse que ela não parecia demonstrar interesse.
Ela me respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas.
Contratei-a na hora.
Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.


ISTO É - Há um script estabelecido?
Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa 'O Aprendiz'?

- Qual é seu defeito?
Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal:
- Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar.
É exatamente o que o Chefe quer escutar.

Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido?
É contratado quem é bom em conversar, em fingir.
Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
O vice-presidente de uma empresa me disse:
'Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir'.

ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.

Cuidado com os burros motivados.
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função, para a qual não está preparado.
Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão.
Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso, para o qual eu não estava preparado.
Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia.
O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.
ISTO É - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa.
Antes, o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser, nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer.
As pessoas parecem que sabem, parece que fazem, parece que acreditam.
E poucos são humildes para confessar que não sabem.
ISTO É -Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos.
A gente continua valorizando os heróis.
Quem vai salvar o Brasil? O Lula.
Quem vai salvar o time? O técnico.
Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta.
O problema é que eles não vão salvar nada!
Tive um professor de filosofia que dizia:
'Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham'. Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia.


Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo.


A gente tem de parar de procurar super-heróis, porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.
ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado.
A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza.
Não há nada de errado nisso.
Hoje, as pessoas estão questionando o Lula, em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram.
A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.
ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente.
Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos.
Com uma criança especial, eu aprendi que, ou eu a amo do jeito que ela é, ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo.
O resto foram apostas e erros.
Dia desses apostei na edição de um livro, que não deu certo.
Um amigão me perguntou:
'Quem decidiu publicar esse livro?'
Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.
ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.


São três fraquezas: a primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Os MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates.
O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus? Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade...

A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais.

A segunda loucura é:
Você tem de estar feliz todos os dias.

A terceira é:
Você tem que comprar tudo o que puder. O resultado é esse consumismo absurdo.


Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo.
Jeito certo não existe.
Não há um caminho único para se fazer as coisas.
As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz, enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo à praia ou ao cinema..
Quando era recém-formado em São Paulo , trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes.
Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte.
A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
'Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei à vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz'.
Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.




Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades de ser feliz...

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reflexão: LIÇÃO INESQUECÍVEL


Na atualidade, é bastante comum os casais se queixarem um do outro. A esposa critica o marido por suas manias, por lhe cercear a liberdade e por outras tantas coisas.

O marido reclama dos gastos da esposa, do tempo que demora para se arrumar toda vez que decidem sair, e daí por diante.
É natural que numa roda de amigas, quando o assunto é marido se comentem os defeitos deles e como elas poderiam ser mais felizes sem eles.
Assim foi numa tarde, na academia, onde uma senhora, que aparentava um pouco mais de quarenta anos, se encontrava. Alguém comentou que invejava a sua felicidade.
Ela era uma mulher que transpirava alegria. Dedicava-se a obras de caridade, estudava música. Mas, em tudo que fazia, havia uma tonalidade de alegria contagiante.
Qual era o segredo, afinal? – Perguntou uma das amigas.
Devo tudo ao meu marido. - Respondeu rápido.
Como assim? Tornou a perguntar a outra. Ele acompanha você a todo lugar, incentiva você, o que ele faz?
E uma pontinha de inveja adornava as perguntas agora.
Como podia aquela mulher ser tão feliz com seu marido?
Mas a outra tornou a responder: Bem, meu marido morreu.
Na roda de amigas, houve um grande silêncio e, pela mente de todas elas, passou a ideia: Claro que ela é feliz. Ele devia ser um carrasco. Ele morreu e ela se libertou.
No entanto, continuando a explicar, a viúva disse:
Enquanto vivemos juntos e foi pouco mais de vinte anos, esse homem me ensinou a amar.
Quando nos casamos, eu era uma jovem tola, cheia de sonhos, vivendo a irrealidade. Ele era um homem prático, mas extremamente sensível.
Amante da poesia, ensinou-me a amar os versos, a descobrir a beleza nas rimas.
Nas horas de folga, tornava-se jardineiro. Ensinou-me a amar a terra, as flores, a semear e esperar o crescimento e a floração.
Gostava de boa música. Com ele aprendi a ir ao teatro para assistir a concertos de música clássica e shows de música popular. Ele me instruiu nos primeiros caminhos dessa bela arte.
Esse homem me ensinou a amar a vida e nela descobrir valores. Deu-me a conhecer o verdadeiro valor de uma amizade, a não desprezar nenhuma manifestação de carinho, por menor que pudesse ser.
Ensinou-me a amar a natureza, bendizendo o sol e a chuva, em suas alternâncias. A não reclamar do frio, nem do calor excessivo. Ele me ensinou a ver em tudo a Providência de Deus a nos abençoar.
Por isso, quando ele se foi, quando pensei entregar-me à tristeza, recordei-me dos anos vividos e das lições repassadas.
Em memória dele, não posso deixar de ser feliz e transmitir felicidade a todos.


* * *
A vida é o hálito do Pai Criador em Sua soberana manifestação de amor.
Examinemos nossa vida e das experiências de todos os dias retiremos o melhor proveito.
Nossa vida se constitui de bênçãos e sofrimentos.
Exatamente como no jardim existem duas formas de encontrar as rosas: pelo aroma ou pelos espinhos, nossa vida depende da forma que encaramos o que nos rodeia, o que nos chega, o que nos acontece.


Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais extraídos do livro Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.



Reflexão: Um dos mais belos trajes da alma


O médico conversa descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega, e de forma ríspida, pergunta: Vocês sabem onde está o médico do hospital?


Com tranquilidade, o médico responde: Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?


Impaciente, a mulherindaga: Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?


Mantendo-se calmo, contesta ele: Senhora, o médico sou eu. Em que posso ajudá-la?


Como?! O senhor?!?! Com esta roupa?


Ah, senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta...


Oh! Desculpe, doutor! Boa tarde! É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico...


Veja bem as coisas como são...- diz o médico -... As vestes parecem não dizer muitas coisas mesmo... Quando a vi chegando, tão bem vestida, tão elegante, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos, e depois daria um simpaticíssimo "Boa tarde!"


Como se vê, as roupas nem sempre dizem muito...


* * *


Um dos mais belos trajes da alma é, certamente, a educação.


Educação que, no exemplo em questão, significa cordialidade, polidez, trato adequado para com as pessoas.


São tantos ainda no mundo que não têm tato algum no tratamento para com os outros!


Sofrem e fazem os outros sofrerem com isso.


Parece que vivem sempre à beira de um ataque de nervos, centrados apenas em si, em suas necessidades urgentes e mais nada.


O mundo gira ao seu redor e para lhes servir. Os outros parecem viver num mundo à parte, menos importante que o seu.


Esses tais modos vêm da infância, claro, em primeiro lugar. Dos exemplos recebidos da família em anos e anos de convivência.


Mas também precisam vir da compreensão do ser humano, entendendo todos como seus irmãos.


Não há escolhidos na face da Terra. Não há aqueles que são mais ou menos importantes. Fomos nós, em nossa pequenez de Espíritos imperfeitos, que criamos essas hierarquias absurdas, onde se chega ao cúmulo de julgar alguém pelas roupas que veste.


Quem planta sorrisos e gentileza recebe alegria e gratidão, e vê muitas portas da vida se abrindo naturalmente, através da força estupenda da bondade.


O bem é muito mais forte que o mal.


O bem responde com muito mais rapidez e segurança às tantas e tantas questões que a existência nos apresenta, na forma de desafios.


Ser gentil, ser cordial é receber a vida e as pessoas de braços abertos, sem medo de agir no bem.


Ser bem educado é contribuir com a semeadura do amor na face da Terra, substituindo, gradualmente, tantas ervas daninhas que ainda existem nesses campos, por flores e mais flores de felicidade.


Ser fraterno, em todas as ocasiões, é vestir-se com este que é um dos mais belos trajes da alma: a educação.


M.Espírita

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O homem branco parece não perceber o ar que respira.



Em 1854, o Governo dos Estados Unidos tentava convencer o chefe e indígena Seattle a vender suas terras.



Como resposta, o chefe enviou uma carta ao Presidente Franklin Pierce, que se tornou um documento institucional importante e que merece uma reflexão atenta, pois é uma lição que deve ser cultivada por esta e pelas futuras gerações.


Decorridos quase dois séculos da carta do cacique indígena Seattle, da tribo Duwamish, ao Presidente do Estados Unidos, seus ensinamentos permanecem atuais e proféticos, para todos aqueles que sabem enxergar no fundo do conteúdo de sua mensagem.


A carta do cacique Seattle é uma lição inesgotável de amor à natureza e à vida, que permanece na consciência de milhões de pessoas em todas as partes do mundo.


É o hino de todos aqueles que amam a natureza e tudo o que nela vive.


A cada leitura, renovamos os ensinamentos que ali estão.


Serve para ler e reler e passar adiante para que todos a conheçam.










Cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo.
A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho.
O homem branco esquece a sua terra natal, quando, depois de morto vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos.
As cristas rochosas, os sumos das Campinas, o calor que emana do corpo de um mustang, o homem - todos pertencem à mesma família. Portanto quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em onde possamos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Portanto vamos considerar a sua oferta de comprar nossa terra. Mas não vai ser fácil, não. Porque esta terra é para nós sagrada.
Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais. Se te vendemos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo espectral na água límpida dos lagos conta os eventos e as recordações da vida de meu povo.
O rumorejar da água é a voz do pai de meu pai. Os rios são irmãos, eles apagam nossa sede. Os rios transportam nossas cargas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são irmãos nossos e teus, e terás de dispensar aos rios a afabilidade que darias a um irmão.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um lote de terra é igual a outro, porque ele é um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o que necessita. A terra não é sua irmã, mais sim sua inimiga, e depois de a conquistar, ele vai embora.
Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e nem se importa. Arrebata a terra das mãos de seus filhos e não se importa. Ficam esquecida a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata sua mãe - a terra, e seu irmão - o céu, como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas reluzentes.
Sua voracidade arruinará a terra, deixando para trás apenas um deserto. Não sei. Nossos modos diferem dos teus. A vista de tuas cidades causa tormento ao homem vermelho. Mas talvez isto seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que de nada entende. Não há sequer um lugar calmo nas cidades do homem branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto.
Mas talvez assim seja por ser eu um selvagem que nada compreende. O barulho parece insultar os ouvidos. E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango ou de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo?
Sou um homem vermelho e nada compreendo.
O índio prefere o suave sussurro do vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo o pinheiro.
O ar é precioso para o homem vermelho, porque todas as criaturas respiram em comum - os animais, as árvores, o homem.
O homem branco parece não perceber o ar que respira.
Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido.
Mas se te vendermos nossa terra, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar reparte seu espírito com toda a vida que ele sustenta. O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe seu último suspiro. E se te vendermos a nossa terra, deverás mantê-la preservada, feita santuário, como um lugar em que o próprio homem branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores campestres.
Assim pois, vamos considerar tua oferta para comprar a nossa terra. Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem em movimento. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante do que o bisão que nós, os índios, matamos apenas para o sustento de nossa vida.
O que é o homem sem os animais?
Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito.
Porque tudo quanto acontece aos animais logo acontece ao homem.
Tudo está relacionado entre si.
Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de teus pés são as cinzas de nossos antepassados. Para que tenham respeito ao país, conta a teus filhos que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa mãe. Tudo quanto fere a terra fere os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.
De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao homem, é o homem que pertence a terra. Disto temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a teia de vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo que ele fizer a ela, a si próprio fará.

 
Mensagem nos apresentada  por: Ruan Teixeira.