Bezerra convida-nos à reflexão
CENTRO ESPÍRITA
Filhos, que o centro espírita - célula viva do Cristianismo em suas origens - vos mereça o melhor carinho e consideração.
Sempre que possível, integrai a equipe de companheiros que permanece lutando para que o templo espírita cristão tenha sempre as portas descerradas à comunidade.
Não vos isoleis uns dos outros, fugindo à convivência salutar que vos preserva o discernimento e vos combate o personalismo.
Em contato com os irmãos de ideal, as vossas idéias se reciclarão e a indispensável permuta de experiências vos será uma permanente fonte de inspiração para o trabalho. Os cristãos dos primeiros tempos do Evangelho na face do mundo, não atuavam isoladamente.
A auto-suficiência espiritual carece de ser combatida com determinação.
Se considerais que nada tendes a aprender com os companheiros, não olvideis a vossa obrigação de ensinar.
Quanto puderdes, no entanto, preocupai-vos em não vos aterdes única e simplesmente à teoria ou à disputa de cargos de liderança. Participai diretamente das tarefas mais humildes da casa espírita, vacinando o espírito contra o fascínio de si mesmo.
O Mestre lavou os pés aos apóstolos... Nas instituições meramente humanas, manda mais quem tenha mais dinheiro e poder, todavia, naquelas que transcendem os interesses dos homens, quem mais pode é quem mais serve.
Filhos, adequai o centro espírita para que ele cumpra, na Terra, a sua função de educandário das almas. Dentro dele, consagrai um tempo sempre mais dilatado ao estudo da Doutrina, evitando que se transforme em foco de mediunismo e perturbação.
Que, em suas atividades, o grupo espírita dos dias atuais procure se assemelhar à casa dos apóstolos, em Jerusalém, abençoada oficina de trabalho, que tanto se preocupava em ser pão para o corpo quanto em ser luz para o espírito!
Bezerra de Menezes
BACCELLI, Carlos A . A CORAGEM DA FÉ. Votuporanga, SP; Casa Editora Espírita "Pierre-Paul Didier. cap.8