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domingo, 24 de maio de 2015

O leite só ferve quando você sai de perto. Tem gente que prefere ser lagarta a borboleta. Sem paciência com os ciclos, destrói seu casulo antes do tempo e não aprende a voar…


Por Fabíola Simões
Em meados dos anos 80, lá em Minas, o costume era comprar leite na porta de casa, trazido pela carroça do leiteiro, que vinha gritando “Ó o lêeeeeite!!!”.
Minha mãe corria porta afora e o leite _ fresquinho, gorduroso e integral_ era despejado na leiteira para nosso consumo. Porém, era um leite impuro, não pasteurizado, e necessitava ser fervido antes de consumir.
No início, minha mãe tinha um ritual no mínimo interessante para esse evento: Colocava o leite na fervura e saía de perto. Literalmente esquecia. Simplesmente I.g.n.o.r.a.v.a.
É claro que o leite fervia, subia canecão acima e despencava fogão abaixo. Eu era criança, e quando via a conclusão do projeto, gritava: “Mãe!!! O leite ferveu!!! Tá secaaaannndo…” e ela vinha correndo, apavorada, soltando frases do tipo “Seja tudo pelo amor de Deus…” e desandava a limpar o fogão, o canecão, e ver o que sobrou do leite_ pra tudo se repetir no dia seguinte, tradicionalmente.
Até hoje não entendo o porquê desta técnica. Parecia combinado, tamanha precisão com que ocorria. Mais tarde, ela mudou de estratégia. Eu já era maiorzinha e podia ficar perto do fogo. Assim, ficava ao lado do fogão, de olho no leite esquentando_ pra desligar assim que a espuma subisse, impedindo que transbordasse. Foi assim que aprendi uma grande lição:
O leite só ferve quando você sai de perto.
Não adianta ficar sentada ao lado do fogão, fingir que não está ligando; até pegar um livro pra se distrair. É batata: ele não ferve. Parece existir um radar sinalizador capaz de dotar o leite de perspicácia e estratégia. Porque também não basta se afastar fingindo que não está nem aí. O leite percebe que é só uma estratégia. E só vai ferver ( e transbordar) se você esquecer DE FATO.
A vida gosta de surpresas e obedece à “lei do leite que transborda”: Aquilo que você espera acontecer não vai acontecer enquanto você continuar esperando.
Antigamente o sofrimento era ficar em casa aguardando o telefone tocar. Não tocava. Então, pra disfarçar, a gente saía, fingia que não estava nem aí (no fundo estava), até deixava alguém de plantão. Também não tocava. Porém, quando realmente nos desligávamos, a coisa fluía, o leite fervia, a vida caminhava.
Hoje, ninguém fica em casa por um telefonema, mas piorou. Tem email, msn, facebook, whatsApp, e por aí vai. O celular sempre à mão, a neurose andando com você pra todo canto. E o leite não ferve…
Acontece também de você se esmerar na aparência com esperança de esbarrar no grande amor, na fulana que te desprezou, no canalha que te quer como amiga. Então ajeita o cabelo, dá um jeito pra maquiagem parecer linda e casual, capricha no perfume… e com isso faz as chances de encontrá-lo(a) na esquina despencarem. Esqueça baby. O grande amor, a fulaninha ou o canalha estão predestinados a cruzarem seu caminho nos dias de cabelo ruim, roupa esquisita e vegetal no cantinho do sorriso.
Do mesmo modo, se quiser engravidar, pare de desejar. Não contabilize seu período fértil e desista de armar estratégias pro destino. Continue praticando esportes radicais, indo à balada, correndo maratonas. Na hora que ignorar de verdade, dará positivo.
A vida _como o leite_ não está nem aí pra sua pressa, pro seu momento, pra sua decisão. Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A não criar expectativas. A fazer como minha mãe: I.g.n.o.r.a.r…
E lembre-se: Tem gente que prefere ser lagarta a borboleta. Sem paciência com os ciclos, destrói seu casulo antes do tempo e não aprende a voar…

sábado, 16 de maio de 2015

Quem te irrita, te domina Por que as pessoas que nos irritam têm tanto poder sobre nós?De uma forma mais simples: quem te irrita, te domina. Como trabalhar isto?

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Alex Born


Você tem aquelas pessoas que mais lhe tiram do sério, seja um amigo, mãe, tio, namorado (a)? Quem quer que seja, sempre temos alguém que sabe apertar a ferida e nos fazer sair do sério. Porém, você já percebeu que normalmente essas são as pessoas que mais conseguem que façamos coisas que não queremos?

Em outras palavras, essas pessoas têm grande influência sobre as nossas decisões. Mas por que isso acontece?

A explicação é simples, mas o funcionamento nem tanto. Quando alguém sabe como provocar você, falar verdades ou até mentiras que lhe tirem do sério, essa pessoa está tirando sua concentração e fluxo sanguíneo da parte racional e levando quase toda a sua energia para a parte emocional. O que quer dizer que você fica mais reativo e suscetível aos seus impulsos, o que significa ter menos controle.

Se você não está completamente no comando das suas decisões, fica mais fácil para a pessoa do outro lado conseguir indicar ou provocar-lhe as atitudes mais adequadas a ela. Ou seja, você virou quase que uma marionete.

De uma forma mais simples: quem te irrita, te domina.

A questão é se preparar melhor para conversar com essas pessoas, procurar pontos que elas podem explorar e como lidar com elas. Evitar embates duros para que a outra pessoa não o veja como adversário na discussão, mas como alguém que está procurando uma solução em conjunto, assim ela poderá utilizar menos artifícios que lhe tirem da sua base emocional.

Não tenha medo e principalmente vergonha de pedir licença para ir ao banheiro ou pegar uma água, pois esse tempo estratégico para respirar pode ser fundamental para evitar decisões das quais você vai se arrepender.

Por fim, tenha sempre em mente o seguinte: “no momento que você perde o seu controle com alguém, essa pessoa aumenta consideravelmente as chances de poder lhe manipular.”


sexta-feira, 1 de maio de 2015

De acordo com o "Relatório mundial sobre álcool e saúde de 2014", 5,9% das mortes no mundo são atribuídas ao álcool. Álcool: A droga liberada que mata 1 pessoa a cada 10 segundos no mundo. O álcool mata cerca de 3,3 milhões de pessoas no mundo a cada ano, ou cerca de uma pessoa a cada 10 segundos, de acordo com um comunicado da OMS. Essa taxa é maior do que as mortes causadas pela AIDS, a tuberculose e a violência combinados.



O álcool mata cerca de 3,3 milhões de pessoas no mundo a cada ano, ou cerca de uma pessoa a cada 10 segundos, de acordo com um comunicado da OMS.

Essa taxa é maior do que as mortes causadas pela AIDS, a tuberculose e a violência combinados.

De acordo com o "Relatório mundial sobre álcool e saúde de 2014", 5,9% das mortes no mundo são atribuídas ao álcool. O que é ainda mais assustador é que 7,6% de todas as mortes envolvem homens. Essa é uma quantidade enorme, considerando que essa é uma droga legal e comercializada com muita facilidade.

É preciso mudar esse quadro: como o relatório afirma, o abuso de álcool é uma pandemia global e os governos precisam tomar medidas para proteger seus cidadãos. As melhores soluções pensadas são o aumento dos impostos, aumento da idade legal para beber e melhorar a regulamentação do comércio de bebidas alcoólicas. A OMS também chama a atenção dos governos para realizarem campanhas nacionais de sensibilização e prestação de serviços no tratamento para alcoólatras.

"Algo a mais precisa ser feito para proteger a população contra as consequências negativas que o álcool tem para a saúde", diz o Dr. Oleg Chestnov, diretor-geral adjunto de doenças não transmissíveis e saúde mental. "O relatório mostra claramente que não há espaço para complacência quando se trata de reduzir o uso nocivo do álcool".

A maioria das mortes por álcool provém de doenças cardiovasculares e diabetes, mas também há a cirrose e a fragilidade do sistema imunológico. A outra porcentagem de 17,1% de todas as mortes relacionadas ao álcool envolvem acidentes de trânsito ou ainda à violência induzida pela bebida.

Regionalmente falando, a OMS aponta que, com o aumento da riqueza global, as nações como Índia e China estão tendo as maiores taxas de consumo de bebida alcóolica, possuindo cada vez mais vítimas dessa droga. Entretanto, a Europa Oriental e a Rússia, batem recordes no exagero. Homens na Rússia chegam a beber em média 32 litros de álcool puro por ano, quase o dobro da média de um consumidor em todo o resto do mundo.

Avaliando esses dados, o preconceito com outras drogas chega a ser antiquado e ínfimo. Incapacidade de reduzir o uso, consequências alarmantes para o indivíduo que consome e para toda uma sociedade são apenas alguns dos argumentos usados para drogas que, em grande parte dos países, são consideradas ilegais.

No entanto, o álcool, mesmo com todos esses índices, é legal, e os governos federais e estaduais dedicam uma atenção exagerada para prevenir as pessoas desse uso de outras drogas. Se os países estão tão empenhados em combater o abuso de substâncias, então o álcool seria um alvo óbvio.

Já houve tentativas, mas não tiveram muito sucesso. É preciso uma campanha com mais ênfase e uma reeducação das pessoas com relação ao consumo de bebidas alcóolicas e colocar um maior controle sobre isso, afinal, elas também são drogas, que mudam a vida de um indivíduo e afeta a vida de toda a sociedade.