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sábado, 10 de janeiro de 2015

Dai graças a Deus em toda e qualquer circunstância. No período da Segunda Guerra Mundial, o campo de concentração alemão de Ravensbrück, perto de Berlim, era considerado a pior prisão feminina. Em toda e qualquer circunstância. O refúgio secreto, de Corrie tem Boom, John e Elizabeth Sherrill, ed. Betânia e citação do livro Codependência Nunca Mais, de Melody Beattie, ed. Best Seller.


No período da Segunda Guerra Mundial, o campo de concentração alemão de Ravensbrück, perto de Berlim, era considerado a pior prisão feminina.
As condições de vida eram subumanas. Estima-se que cerca de noventa mil mulheres e crianças ali morreram.
Foi para essa prisão que foram enviadas as irmãs holandesas Betsie e Corrie, detidas em fevereiro de 1944.
Quando foram transferidas para Ravensbrück, esperavam sofrer muito, pois conheciam a má fama do lugar. Porém, ambas eram mulheres de muita fé e confiaram a Deus suas vidas.
Nos primeiros dois dias, dormiram ao relento, sob a chuva. Depois, foram apertadas em um barracão, que fora construído para abrigar quatrocentas pessoas. Eram mais de mil e quatrocentas as mulheres ali abrigadas.
E, para completar, o local era infestado de pulgas.
Nesse lugar lúgubre, as irmãs se sentiam extremamente incomodadas pelos insetos. Entretanto, Betsie se lembrou das palavras do livro bíblico de Tessalonicenses: Dai graças a Deus em toda e qualquer circunstância.
Inspirada por tais palavras, proferiu uma oração, junto à sua irmã, agradecendo a Deus pelo dom da vida, por estarem juntas e até mesmo pelas pulgas.
Corrie, admirada, indagou: Agradecer pelas pulgas? Você está mesmo agradecendo pelas pulgas?
Betsie, serena, limitou-se a responder: Em tudo devemos agradecer a Deus.
O trabalho era duro. A comida era pouca e quem não fosse rápido na execução das tarefas, não recebia a batata e a sopa rala no almoço.
Passaram-se longos e incontáveis meses e as irmãs, diariamente, agradeciam a Deus, pois tinham oportunidade de, naquele alojamento infestado de pulgas, orar, louvar ao Criador e recitar trechos bíblicos.
Agradeciam também pelo fato dos guardas raramente virem até a cela na qual elas se encontravam.
O tempo passou. Betsie morreu na prisão, vítima de enfermidade e Corrie foi libertada, em dezembro de 1944.
Foi então que ela compreendeu o motivo de não serem importunadas pelos guardas, naquele alojamento: eles sabiam da infestação dos insetos no lugar e não chegavam perto.
Sarcasticamente, chamavam a cela de o circo das pulgas.
Com lágrimas nos olhos, Corrie proferiu uma prece de agradecimento a Deus por sua vida e, também, de forma especial, pelas pulgas.
* * *
Tudo que está ao nosso redor ganha novo sentido quando somos gratos por aquilo que nos cerca, pelo que somos e pelo que temos.
Quando somos gratos, desfrutamos melhor cada aspecto da vida, pois sabemos observar o mundo em profundidade e verdade.
Percebemos o sentido existente por trás de cada acontecimento, de cada sentimento, de cada conquista, de cada pessoa que entra, que permanece e que parte de nossas vidas.
* * *
A gratidão é um estado de espírito.
Nas palavras de Melody Beattie: A gratidão desbloqueia a abundância da vida. Ela torna o que temos em suficiente, e mais. Ela torna a negação em aceitação, caos em ordem, confusão em claridade.
Ela pode transformar uma refeição em um banquete, uma casa em um lar, um estranho em um amigo. A gratidão dá sentido ao nosso passado, traz paz para o hoje e cria uma visão para o amanhã.

Redação do Momento Espírita, com base no livro O refúgio secreto, de Corrie tem Boom, John e Elizabeth Sherrill,
ed. Betânia e citação do livro 
Codependência Nunca Mais,
de Melody Beattie, ed. Best Seller.

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