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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Quando os progenitores, principalmente as mães, encontram seu filho têm a tendência de satisfazer todas as vontades da criança como meio de suprir a carência afetiva do tempo em que o pequeno esteve na escola. Porém, quando chegam à sala, as crianças não conseguem entender o valor de um “não” ou simplesmente ignoram qualquer limite a ser respeitado.


A criança passa boa parte do dia na escola em companhia da professora e das “tias” e “tios” ou praticamente o dia todo. A colaboração entre pais e professores tem que existir para o bem-estar do pequeno. O professor deve seguir as recomendações extras dos pais e estes devem depositar confiança no educador. Afinal, todos estão trabalhando em conjunto para a satisfação da criança.

Contudo, os pais precisam trabalhar o dia todo ou meio período para prover o sustento, a segurança e a dignidade em casa. Com isso, boa parte dos pais não tem 24 horas para estar com seu(s) filho(s). Quando os progenitores, principalmente as mães, encontram seu filho têm a tendência de satisfazer todas as vontades da criança como meio de suprir a carência afetiva do tempo em que o pequeno esteve na escola. Porém, quando chegam à sala, as crianças não conseguem entender o valor de um “não” ou simplesmente ignoram qualquer limite a ser respeitado.

A criança compreende quando os pais se sentem na posição de culpados e tentam ao máximo usufruir desta situação, pois dentro destas circunstâncias os pequenos é quem têm o poder, o domínio.

O fato de dar muita liberdade ou liberdade total ao infante faz com que as oportunidades de aprender o que é viável do que não é não fique clara, mesmo depois na fase mais madura.

A verdade é que o infante não precisa das 24 horas de dedicação porque, dessa forma, a autonomia da criança não é formada e pode ocasionar na formação de um indivíduo inseguro, influenciável a amizades.

É importante que os pais percebam um fato: não é a quantidade de tempo o que faz diferença crucial, mas sim a qualidade desse tempo, ou seja, de que forma foi aproveitado e quais foram os pontos positivos observados. Um simples gesto de perguntar como foi o dia da criança e de mostrar interesse é bom, pois o pequeno se sente valorizado. Um convite para dormirem juntos às vezes, ou lerem uma história juntos ou de brincar um pouco antes de sair para o trabalho ou de almoçar, faz diferença para o bom convívio entre pais e filhos.

Não é necessário que os pais se sintam culpados por não atender todas as vontades do seu filho, pois a criança estará crescendo de forma madura em casa, na escola, na interação com outras pessoas se sentir-se valorizada e amada no tempo disponível em cada momento da vida dela
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                             Sabrina Vilarinho - Graduada em Letras

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