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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Professor expulsa aluno da sala no primeiro dia de aula e ninguém faz nada. Uma violência! Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.


Primeiro dia de aula, o professor de 'Introdução ao Direito' entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, Senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor - Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor .
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta:
"Agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! Vá buscar o Nelson - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.

Aprendamos: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Os Dois Viajantes e o Urso. A crise é o melhor momento para revelar quem são os verdadeiros amigos. Uma verdadeira boa ação não ocorre em momentos de fartura, mas de crise.



Os Dois Viajantes e o Urso
Autor: Esopo Fábulas de Esopo Ilustradas
Os Verdadeiros amigos aparecem nas Crises
Os Dois Viajantes e o Urso
Não é sensato deixarmos nosso destino em mãos de terceiros...
Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quando, de repente, sem que nenhum deles esperasse, à frente deles, um enorme urso surgiu do meio da vegetação.
Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, não pensou duas vezes, correu e subiu numa árvore.
Ao outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho, restou deitar-se no chão e permanecer imóvel, fingindo-se de morto. Ele já escutara que um Urso, e outros animais, não tocam em corpos de mortos.
Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, cheirou sua cabeça de cima para baixo, e então, aparentemente satisfeito e convencido que ele estava de fato morto, foi embora tranquilamente.
O homem que estava em cima árvore então desceu. Curioso com a cena que viu lá de cima, ele perguntou:

"Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?"
"De fato, Ele disse sim!" respondeu o outro, "Disse que não é nada sábio e sensato de minha parte, andar na companhia de um amigo, que no primeiro momento de aflição, me deixa na mão!".
Moral da História:
A crise é o melhor momento para revelar quem são os verdadeiros amigos.
Moral da História 2:
Uma verdadeira boa ação não ocorre em momentos de fartura, mas de crise.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sempre que distinguimos alguma coisa fora de nós e a reprovamos em demasia como sendo perniciosa, perigosa, pervertida, imoral, e assim por diante, é provavel que ela represente conteúdos existentes em nós mesmos, sem que os reconheçamos como possíveis características nossas. A ameaça é tratada como se fosse uma força externa, e não interna. Se afirmarmos categoricamente "todos são desonestos", estamos, na verdade, tentando projetar nos outros nossas próprias tendências. Ou então, ao dizermos "tudo gira em torno de uma só coisa: sexo", podemos estar direcionando nossa disposição interna nas demais criaturas, por estarmos pessoalmente insatisfeitos. Muitas vezes dizemos "é inexplicável como aquela pessoa não gosta de mim", quando, na realidade, somos nós que não gostamos dela, sem nos darmos conta.As mentiras que mais nos causam danos e nos impedem o crescimento espiritual não são tanto as que verbalizamos, mas as que contamos inconscientemente para nós, aquelas que projetamos. - Hammed NEGAÇÃO/DESLOCAMENTO/SI-MESMO


"O QUE ESTÁ POR DENTRO É LANÇADO FORA."

As mentiras que mais nos causam danos e nos impedem o crescimento espiritual não são tanto as que verbalizamos, mas as que contamos inconscientemente para nós, aquelas que projetamos. - Hammed

"OS DOIS ALFORJES"

Um dia, Júpiter convocou todos os animais para comparecerem diante dele, a fim de que, comparando-se com os outros, cada animal reconhecesse o próprio defeito ou a própria limitação. Assim, Júpiter poderia corrigir as imperfeições.
E os animais, um a um, elogiavam a si próprios, gabavam-se de suas qualidades e só relatavam os defeitos alheios. 
O macaco, ao ser questionado se estava feliz com seu aspecto, respondeu:
_ Mas claro que sim! Cabeça, tronco e membros, eu os tenho perfeitos. Em mim, praticamente, não acho defeitos. É pena que nem todo o mundo seja assim ... - Os ursos, por exemplo, que deselegantes!
O urso veio em seguida, mas não se queixou de seu aspecto físico, até se gabou de seu porte. 
Fez críticas aos elefantes: orelhas demasiadamente grandes; caudas insignificantes. Animais grandalhões, sem graça e sem beleza.
Já o elefante pensa o oposto e se acha encantador; porém, a natureza exagerou, para o seu gosto, quanto à gordura da baleia.
A formiga, ao falar da larva, franze o rosto: - Que pequenez mais triste e feia!
Assim são os homens. É como se lhes tivessem colocado dois alforjes (duplo saco, ligado por uma faixa no meio (por onde se dobra), formando duas bolsas iguais; usado ao ombro ou no lombo nos animais, de forma que um lado fique oposto ao outro): no peito, o alforje com os males alheios, e nas costas, o - alforje com os próprios males. De tal modo que eles são cegos quanto aos próprios defeitos, mas enxergam com nitidez os defeitos dos outros.

" O QUE ESTÁ POR DENTRO É LANÇADO FORA"
Uma forma de evitar claramente que sensações, pensamentos, impulsos ou lembranças cheguem ao nosso consciente tem o nome de transferência ou projeção.
Projetar nossas ações e emoções nos outros, agindo como se elas não nos pertencessem, e recusar nosso mundo íntimo, não aceitando as coisas em nós como elas realmente são, pode se tornar um constante "acessório psicológico", um processo preferencial do ego.
O método para projetarmos nossa vida íntima em outra pessoa funciona de certa forma em duas etapas: negação e deslocamento.
Primeiro, um fato ou acontecimento que provoca um sentimento inadequado é negado, bloqueado do consciente e deslocado para o mundo externo. Tomemos por exemplo: um indivíduo que num determinado momento da vida teve um desentendimento com uma pessoa e desenvolve um sentimento de antipatia e aversão por ela pode, posteriormente, julga que superou as diferenças e que aquele episódio é uma "página virada". No entanto, ele não consegue perceber que sua emoção pode ter sido inconscientemente projetada sob forma de uma suposta antipatia e aversão dessa pessoa por ele. O que estava dentro foi jogado para fora.
Uma vez que é atribuida a outras criaturas, a sensação de aversão é notada como completamente alheia, não nos pertence, não nos diz respeito. É, simplesmente, de outrem; jamais nossa. Nós somos bons e perdoamos, mas os outros são maus, rancorosos e não perdoam.
"Assim são os homens. É como se lhes tivessem colocado dois alforjes: no peito, o alforje com os males alheios, e nas costas, o alforje com os próprios males. De tal modo que eles são cegos quanto aos próprios defeitos, mas enxergam com nitidez os defeitos dos outros."
É comum encontrar no dia-a-dia indivíduos que apresentam comportamento idêntico. Ao invés de se dedicarem à tarefa de conscientização da própria vida íntima, evidenciam o argueiro no olho do vizinho e, por conseqüência, potencializam a trave que lhes obscurece a visão do mundo anterior.
As mentiras que mais nos causam danos e nos impedem o crescimento espiritual não são tanto as que verbalizamos, mas as que contamos inconscientemente para nós, aquelas que projetamos.
Vivemos ilusões quando desfiguramos a realidade de nossa experiência ou a verdade de nosso ser e adotamos um "papel" que não corresponde à verdade. Apresentamos aqui o que em linguagem informal denominamos "máscaras": são elas que turvam nossa verdadeira realidade interior; é delas que nos servimos para lançar fora o que está em nossa intimidade.
Projetamos e interpretamos papéis quando nossas reivindicações internas não são admitidas, ou são contrárias àquelas que estão sendo solicitadas pelo mundo externo.
Projetamos e interpretamos "scripts" quando nossas exigências pulsionais (processos psíquicos fortemente emocionais, impulsivos e basicamente irracionais) entram em choque com as regras e normas sociais, passando do campo da consciência para o da inconsciência .
Representamos como se fôssemos verdadeiros atores, interpretando uma personagem no palco ou no cinema, quando nos colocamos diante de alguém como sendo mais do que somos; quando dissimulamos um amor ou um desinteresse que não sentimos; quando nos mostramos alegres, e na realidade estamos tristes; quando aparentamos uma frieza que não experimentamos; quando escondemos e mantemos em segredo tudo aquilo que mais queremos e desejamos; quando aderimos a associações de caráter recreativo, cultural, artístico, religioso, político, social, etc., para obter benesses que não merecemos, recebendo elogios e reconhecimento.
O crescimento pessoal exige, acima de tudo, coerência, o que significa que o si-mesmo (Self em inglês) deve estar numa relação harmônica entre o que se sente e o que se vive; deve haver uma identidade ou semelhança entre as partes de um todo.
Por que falsificamos nossa realidade? Afinal, o que conseguimos com isso? Danificamos nossa própria intimidade e atravessamos toda uma existência com a angustiante sensação de sermos impostores ou farsantes. Além disso, vivemos aprisionados à angústia e ao medo de um dia descobrirem quem realmente somos.
O alvorecer do despertar manifesta-se no ser amadurecido quando a luz da consciência ilumina não apenas as áreas externas, mas, acima de tudo, as internas. Muitos indivíduos se satisfazem apenas por possuírem os olhos físicos, que lhes oferecem uma visão parcial ou incompleta da vida. Mas para vermos as coisas tais como são, é preciso desenvolvermos a acuidade do olho que esclarece, ilumina e guia - aquele voltado para o mundo Íntimo. A partir daí, cessamos de projetar de forma contínua.
Como todos os nossos companheiros de viagem transcendental, desejamos preencher ou compensar o vazio existencial que sentimos por não vivermos a essencialidade de nosso ser.
(..) Deus suprirá todas as suas necessidades de acordo com as riquezas de sua glória ... " (Filipenses, 4:19)
Nossos anseios de ser e de possuir alguma coisa são, no fundo, a compensação da falta de não termos quase nenhuma consciência do que somos e nem para que fomos criados.

CONCEITOS-CHAVE

A - NEGAÇÃO
É a recusa de aceitar as coisas como são. Na negação, embora os fatos e as circunstâncias não estejam completamente apagados do consciente, como acontece na repressão, eles estão recolocados de tal forma que distorcem ou encobrem a realidade.

B - DESLOCAMENTO
É o mecanismo psicológico de defesa através do qual a pessoa substitui a finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e socialmente menos desastrosa. Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em esmurrar a outra; contudo, acaba deslocando tal ímpeto para uma garrafa, que ela quebra sobre a mesa. Também pode ser qualificado como uma idéia ou vivência que são trazidas simbolicamente na mente por uma outra idéia ou vivência que estejam emocionalmente associadas. Por exemplo: uma criatura que teve uma experiência amorosa desagradável com alguém no passado reage, no presente, com desprezo ou aversão por todos aqueles que se aproximam dela afetivamente.

C - SI-MESMO
Sustenta Carl Jung que trazemos em nosso íntimo um arquétipo principal, que ele denominou Si-mesmo. Segundo as teorias junguianas, "o Si-mesmo não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que contém em si tanto o consciente quanto o inconsciente". Jung afirmava que o 'Self' preside a todo o governo psíquico, é uma autoridade suprema e é considerado a unificação, a reconciliação, o equilíbrio dinâmico, um fator interno de orientação do mais alto valor.

MORAL DA HISTÓRIA:
Sempre que distinguimos alguma coisa fora de nós e a reprovamos em demasia como sendo perniciosa, perigosa, pervertida, imoral, e assim por diante, é provavel que ela represente conteúdos existentes em nós mesmos, sem que os reconheçamos como possíveis características nossas. A ameaça é tratada como se fosse uma força externa, e não interna. Se afirmarmos categoricamente "todos são desonestos", estamos, na verdade, tentando projetar nos outros nossas próprias tendências. Ou então, ao dizermos "tudo gira em torno de uma só coisa: sexo", podemos estar direcionando nossa disposição interna nas demais criaturas, por estarmos pessoalmente insatisfeitos. Muitas vezes dizemos "é inexplicável como aquela pessoa não gosta de mim", quando, na realidade, somos nós que não gostamos dela, sem nos darmos conta.

REFLEXÕES SOBRE ESTA FÁBULA E O EVANGELHO
"Um dos defeitos da Humanidade é ver o mal de outrem antes de ver o que está em nós. Para se julgar a si mesmo, seria preciso poder se olhar num espelho, transportar-se, de alguma sorte, para fora de si e se considerar como uma outra pessoa, em se perguntando: Que pensaria eu se visse alguém fazendo o que faço?" (ESE, cap. X, item 10, Boa Nova Editora)
"Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão." (Mateus, 7:5.)

"DEPLORAMOS COM FACILIDADE OS DEFEITOS ALHEIOS, MAS RARAMENTE NOS SERVIMOS DELES PARA CORRIGIR OS NOSSOS."
LA ROCHEFOUCAULD


HAMMED

ACEITAÇÃO/ COMPLEXO DE INFERIORIDADE/ REBELDIA/ Muitas vezes, esquecemo-nos de que a fonte para suprir as nossas necessidades está em nós, não nos outros. Cada criatura possui em si um continente de potenciais por descobrir. Feliz daquele que age como um desbravador da própria alma. Todo ser vivo tem suas peculiaridades; aceitá-las é prova de sabedoria. Nós somos absolutamente sós no mundo. Construímos e prosseguimos de modo contínuo, elaborando a cada nova encarnação um capítulo do livro de nossa existência. Só temos como referência as próprias experiências, ou seja, o acúmulo de nossos conhecimentos do presente e do pretérito. Na verdade, nós não podemos copiar do outro uma forma certa de viver, porque somente temos a nós como bússola. Tudo o que fazemos, falamos e pensamos está revestido de nossas interpretações, clareadas sob o ponto de vista das vivências pessoais. Cada vida é única e extraordinariamente incomparável."NOSSA INVEJA DURA SEMPRE MAIS QUE A FELICIDADE DAQUELES QUE INVEJAMOS."


A RÃ E O BOI

Uma rã vê um boi que lhe parece muito belo por causa do seu porte avantajado.
Ao se ver tão pequena, pois o seu tamanho correspondia ao de um ovo, a rã, invejosa, começa a alargar-se, a inchar-se e a esforçar-se para igualar-se em grandeza física ao boi.
E, dirigindo-se a outra rã, perguntou-lhe:
- Olbe bem, minha irmã! Já aumentei o bastante?
- Absolutamente não - respondeu a companheira.
- E agora? - insiste a invejosa. - Já estou parecida com ele?
- De maneira alguma - confirmou a outra. A rã estufou mais um pouco e perguntou novamente:
- E agora, então? Como estou?
- Você nem sequer chega perto dele.
A rã idiota inchou-se tanto que estourou.
O mundo está cheio de pessoas insatisfeitas.
Todo burguês quer construir um palácio. 
Qualquer principezinho tem embaixadores.
Todo marquês quer ter pajens como o rei os tem.

SER O QUE SE É
Invejar o outro é reconhecer ou declarar abertamente ser inferior a ele. 
A inveja evidencia a mediocridade; o invejoso não suporta os atributos, condições e qualidades alheias.
Há inúmeras expressões metafóricas utilizadas quando nos referimos a esse sentimento: roer-se de inveja, a inveja dói, contaminado pela febre da inveja, cego de inveja, a inveja queima ou envenena. Socialmente, existem muitas "rãs" que se arrebentam de inveja.
A inveja não está necessariamente associada a um objeto.
 Sua característica principal é a comparação desfavorável do status de uma pessoa em relação à outra. O invejoso sempre acha que o culpado pelo seu negativo estado de espírito é o sucesso do outro, e nunca ele mesmo.
É necessário apreciarmos o que somos. 
Quando sentimos inveja, supervalorizamos a figura do outro e subestimamos tudo que temos e conquistamos. 
É preciso ser o que se é. Nem colocarmos as criaturas num pedestal, nem nos rebaixarmos à condição de capachos.
Devemos ficar atentos à sensação de inveja, porque ela nos indica uma vocação inconsciente, um desejo reprimido.
A criatura invejosa ignora seu potencial, priorizando o crescimento alheio no lugar do próprio crescimento. Invejar não é somente querer ter o que o outro possui; é também tentar impedir que ele não tenha aquilo que conquistou.
A literatura psicanalítica diz que o sentimento de inferioridade existente na intimidade do invejoso é uma manifestação de conflito entre o "eu real" e o "eu ideal", entre o que a criatura é e o que ela gostaria de ser; entre o que a criatura faz ou sente e o que ela pensa que deveria fazer ou sentir.
Inveja é uma tendência de privar o outro daquilo que lhe dá prazer. É querer destruir em outrem o que ele tem de bom porque nós não temos igual.

Podemos transformar a inveja em admiração. É muito benéfico e útil a nós mesmos essa mudança. Em vez de cobiçarmos o outro pelo que ele é, tentemos encará-lo como uma meta ou padrão a ser seguido.

No complexo de inferioridade, há um reconhecimento de fraqueza e inadequação, pois as pessoas que se sentem inferiores geralmente partem para uma busca inglória, uma postura competitiva interminável. Tentam eliminar esses sentimentos desagradáveis mostrando superioridade, sem medir esforços ou custos emocionais.
"O mundo está cheio de pessoas insatisfeitas. Todo burguês quer construir um palácio. Qualquer principezinho tem embaixadores. Todo marquês quer ter pajens como o rei os tem. "
Certas "rãs" na vida social, por sentimento de inferioridade, quase sempre reagem diante do mundo exterior com atitudes de superioridade, acreditando serem "prima-donas" ou, no mínimo, pessoas portadoras dos melhores critérios de avaliação.
A inveja tende a produzir em nós a rebeldia. Pode ser entendida como um inconformismo à lei natural, como uma suposição falsa sobre nossa condição pessoal, como a impressão infundada de nos considerarmos "seres muito especiais", em vez de percebermos que podemos e devemos compartilhar com todos a diversidade existencial. É essa compreensão que nos proporcionará bons relacionamentos, sensação de completude e bem-estar.

CONCEITOS-CHAVE

A - ACEITAÇÃO
Aceitação não é adaptar-se a um modo conformista e triste de como tudo vem acontecendo, nem suportar e permitir qualquer tipo de desrespeito à nossa pessoa; antes, é ter a habilidade necessária para admitir realidades, avaliar acontecimentos e promover mudanças ( ... )." (do livro "Renovando Atitudes", pág. 133, ditado por Hammed - Boa Nova Editora)

B - COMPLEXO DE INFERIORIDADE
A raiz do complexo de inferioridade é o vazio existencial que sentimos quando não somos aceitos pelos outros. Por isso, damos a mãos alheias o poder de decidir nossos caminhos e renunciamos inconscientemente à nossa capacidade natural de conduzir a própria vida.

C - REBELDIA
O rebelde está insatisfeito com o status quo e, por não saber como mudar o mundo íntimo, quer a todo custo mudar o mundo externo. Rebeldia sem direção, na melhor das hipóteses, é energia desperdiçada; na pior, pode tornar-se uma força autodestrutiva e socialmente perigosa.

MORAL DA HISTÓRIA
Muitas vezes, esquecemo-nos de que a fonte para suprir as nossas necessidades está em nós, não nos outros. Cada criatura possui em si um continente de potenciais por descobrir. Feliz daquele que age como um desbravador da própria alma. Todo ser vivo tem suas peculiaridades; aceitá-las é prova de sabedoria. Nós somos absolutamente sós no mundo. Construímos e prosseguimos de modo contínuo, elaborando a cada nova encarnação um capítulo do livro de nossa existência. Só temos como referência as próprias experiências, ou seja, o acúmulo de nossos conhecimentos do presente e do pretérito. Na verdade, nós não podemos copiar do outro uma forma certa de viver, porque somente temos a nós como bússola. Tudo o que fazemos, falamos e pensamos está revestido de nossas interpretações, clareadas sob o ponto de vista das vivências pessoais. Cada vida é única e extraordinariamente incomparável.

REFLEXÕES SOBRE ESTA FÁBULA E O EVANGELHO:
"( ... ) Haverá maiores tormentos que aqueles causados pela inveja e o ciúme? Para o invejoso e o ciumento não há repouso; estão perpetuamente em febre; o que eles não têm e o que os outros possuem lhes causam insônia; os sucessos dos seus rivais lhes dão vertigem ( ... )." (ESE, cap. V, item 23, Boa Nova Editora)
"O coração tranqüilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos ossos." (Provérbios, 14:30.)
"NOSSA INVEJA DURA SEMPRE MAIS QUE A FELICIDADE DAQUELES QUE INVEJAMOS." - LA ROCHEFOUCAULD

HAMMED 

"Se nós não tivéssemos defeitos não teríamos tanto prazer em notá-los nos outros." "Nossas virtudes, na maioria das vezes, são vícios disfarçados" .


Um anjo arranca a máscara de um busto na gravura que ilustra a capa da primeira edição francesa em 1665, lançada a um ano depois da edição holandesa.
Este desenho no frontispício do livro valida perfeitamente o que sentencia seus pensamentos: "Nossas virtudes, na maioria das vezes, são vícios disfarçados" .
Este livro foi redigido na mesma época em que foram escritas as famosas "Fábulas". 
E como La Fontaine deixou uma homenagem em sua obra à La Rochefoucauld, gostaríamos igualmente de homenageá-lo e deixar aqui evidenciado, nosso respeito e admiração por este ilustre pensador e prosador francês.
Eis aqui um trecho transcrito do livro "Máximas e Reflexões", intitulado a Relação dos Homens Com os Animais': que bem corresponde as idéias das fábulas de La Fontaine:

"Há tantas espécies de homens quantas de animais, e são os homens para os outros homens o que as diferentes espécies de animais são entre si, e umas para as outras. Quantos homens não vivem do sangue e da vida dos inocentes!
Uns, como tigres, são sempre bravios e cruéis; outros, como leões, guardam certa aparência de generosidade; outros, como ursos, são ávidos e grosseiros; outros, como lobos, são raptores e impiedosos; outros, como raposas que vivem de sua indústria, têm por ofícios lograr.
Quantos homens não têm parte com os cães! Destroem a própria espécie, caçam para o prazer de quem lhes dá de comer, às vezes seguem os donos, outras lhe guardam a casa. Há lebréus de guerra que devem a vida ao próprio valor, que têm nobreza na coragem; há dogues encarniçados que só o furor têm por qualidade; há cães menos ou mais inúteis que ladram sempre e só às vezes mordem, há mesmo os cães de guarda que nem comem o que é do dono nem deixam os outros comerem. 
Há símios e macacas que agradam pelas maneiras, que têm espírito e fazem sempre o mal, há pavões que só beleza têm, cujo canto desagrada e que destroem o lugar que habitam.
Há pássaros que só se recomendam pela plumagem e pelas cores. 
Quantos papagaios não falam sem cessar e nunca ouvem o que dizem; quantas pegas e gralhas não se deixam amansar para melhor furtar; quantas aves de rapina não vivem só da rapina; quantas espécies de animais pacíficos e tranquilos não servem só de comida aos outros animais!
Há gatos, sempre à espreita, maliciosos e infiéis, que têm a pata de veludo; há víboras de língua venenosa cujo restante tem emprego, há aranhas, moscas, pulgas e percevejos sempre incômodos e insuportáveis; há sapos que só dão pavor e veneno; há corujas que temem a luz. Quantos animais não vivem debaixo da terra somente para se preservar! Quantos cavalos não empregamos em tantas coisas e não abandonamos quando já não servem; quantos bois não trabalham a vida toda para enriquecer aquele que lhe impõe o jugo; quantas cigarras que passam a vida a cantar; lebres que de tudo têm medo; coelhos que se assustam e sossegam num prisco; porcos que vivem na devassidão e no lixo; canários domesticados que logram seus semelhantes e os atraem para a rede; corvos e abutres que só vivem de podridão e corpos mortos! 
Quantas aves de arribação não vão de um mundo para o outro e se expõem a perigos em busca da vida! 
Quantas andorinhas sempre à procura de bom tempo; besouros irrefletidos e sem rumo; borboletas que anseiam pelo fogo que as queima; abelhas que respeitam a rainha e com regras e indústria se mantêm! 
Quantos zangões errantes e preguiçosos que procuram se estabelecer às expensas das abelhas! 
Quantas formigas cuja previdência e economia lhes alivia as necessidades! 
Quantos crocodilos que fingem derramar lágrimas para devorar quem com elas se comove! E quantos animais subjugados porque ignoram sua força!
Todas essas qualidades têm o homem, e pratica com os outros homens tudo o que praticam os animais de que falamos.

Hammed 

domingo, 8 de setembro de 2013

Não é possível medir a gratidão pelo tamanho do Benfeitor. Nenhum ato de gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a importância de um favor, pela aparência do benfeitor.

O Leão e o Rato
Autor: Esopo
Não é possível medir a gratidão pelo tamanho do Benfeitor
O Leão e o Rato
Boas ações feitas, bons frutos criados...
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto.
Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
"Ora, veja bem, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade."
Apesar de rir por achar rídícula tal possibilidade, ainda assim, como não tinha nada a perder, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Assim, preso ao chão, amarrado por fortes cordas, completamente indefeso e refém do fatídico destino que certamente o aguardava, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
"O senhor riu da simples ideia de que eu seria capaz, um dia, de retribuir seu favor. Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de fazer um favor a um poderoso Leão."
Moral da História:
Nenhum ato de gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a importância de um favor, pela aparência do benfeitor.

O Vaidoso ignora suas Limitações. Com frequência nos preocupamos mais com o aspecto das coisas inúteis, e deixamos em segundo plano aquilo que de fato tem Valor. Somos sempre um composto de pontos fracos e pontos fortes. Trabalhar os fracos com a ajuda dos fortes é um gesto de sabedoria.

O Cervo e o seu Reflexo
Autor: Esopo
O Vaidoso ignora suas Limitações
Cervo e Reflexo
O Sábio é sempre cauteloso...
Um Jovem Cervo, que estava bebendo água num córrego de água cristalina, viu a si mesmo refletido na límpida água. Ficou encantado com as formas e arcos dos seus imponentes chifres, mas ficou muito decepcionado e envergonhado, com suas delgadas pernas.
E suspirou: “Como é possível tal coisa, ser dotado de tão desprezíveis e desajeitadas pernas, quando, ao mesmo tempo, fui agraciado com tão bela e majestosa coroa.”
Nesse momento ele sentiu o cheiro de uma pantera, que de repente saltou de dentro do mato onde estava à sua espreita, na ânsia de capturá-lo. Mas, apesar de ser mais ágil, de ter mais velocidade, os largos galhos dos seus chifres, ficavam presos nos galhos das árvores, impedindo sua fuga, para se por a salvo do seu agressor.
Desse modo, em pouco tempo, seu carrasco o alcançou até com facilidade. Então o infeliz Cervo percebeu que as pernas, das quais tanto se lamentara, com toda certeza o teriam posto a salvo do perigo, isso se aqueles vistosos e, naquele momento, inúteis e indesejáveis ornamentos de sua cabeça, não o tivesse impedido.
Moral da História:
Com frequência nos preocupamos mais com o aspecto das coisas inúteis, e deixamos em segundo plano aquilo que de fato tem Valor.
Moral da História 2:
Somos sempre um composto de pontos fracos e pontos fortes. Trabalhar os fracos com a ajuda dos fortes é um gesto de sabedoria.

Governar e Permanecer Íntegro é Virtude de Poucos. O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades.

Fabulas Classicas:
Autor: Esopo
Governar e Permanecer Íntegro é Virtude de Poucos
A Raposa e o Macaco
O Hipócrita vive das aparências, mas as aparências acabam por revelar o Hipócrita...
Numa grande reunião, entre todos os animais, que fora organizada para eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua apresentação.
Ele se saiu tão bem com suas cambalhotas, pantomimas, caretas e guinchos, que os animais ali presentes não puderam deixar de ficar impressionados com toda aquela encenação e jogo teatral.
E entusiasmados com tamanha performance, daquele dia em diante, resolveram elegê-lo como seu novo Rei.
A Raposa, que não votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais, por terem eleito um líder, a seu ver, tão desqualificado, já que levaram em conta apenas as aparências, o espetáculo, coisas que para ela não tinha valor algum.
Um dia, caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne. Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, que nele não tocara, porque por direito, pertencia a sua majestade, o Macaco.
O ganancioso Macaco, todo vaidoso com sua aparente importância, e de olho na prenda, sem pensar duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão logo viu o pedaço de carne ali agarrado, foi logo estendendo o braço para pegá-lo, e assim acabou também ficando preso. A Raposa, ao seu lado, deu uma gargalhada.
"Você pretende ser um Rei," ela disse, "mas é incapaz de cuidar de si mesmo!"
Logo, passado aquele episódio, uma nova eleição foi realizada entre os animais, para a escolha de um novo governante.
Moral da História:
O verdadeiro líder é aquele capaz de provar para si mesmo suas qualidades.

Para o Injusto, a Justiça só Existe para Si... Aquilo que se consegue pelo mau, pelo mau se perde. Um aparente benefício que se obtem sem crédito, logo se tornará débito.

O Lobo e o Leão
Fabulas Classicas.
Autor: Esopo 
Para o Injusto, a Justiça só Existe para Si...
O Lobo e o Leão
O que se consegue fácil, se perde fácil
Um Lobo, que acabara de roubar uma ovelha, depois de refletir por um instante, chegou à conclusão, que o melhor seria levá-la para longe do curral, para que enfim, fosse capaz de servir-se daquela merecida refeição, sem o indesejado risco de ser interrompido por alguém.
No entanto, contrariando a sua vontade, seus planos bruscamente mudaram de rumo, quando, no caminho, ele cruzou com um poderoso Leão, que sem muita conversa, de um só bote, lhe tomou a ovelha.
O Lobo, contrariado, mas sempre mantendo uma distância segura do seu oponente, disse em tom injuriado, com uma certa dose de ironia: "Você não tem o direito de tomar para si aquilo que por direito me pertence!"
O Leão, sentindo-se um tanto ultrajado pela audácia do seu concorrente, olhou em volta, mas, como o Lobo estava longe demais, e não valia a pena o inconveniente de persegui-lo apenas para lhe dar uma merecida lição, disse com desprezo: "Como pertence a você? Você por acaso a comprou, ou por acaso, terá o pastor lhe dado como presente? Por favor, me diga, como você a conseguiu?"

Moral da História:
Aquilo que se consegue pelo mau, pelo mau se perde.
Moral da História 2:
Um aparente benefício que se obtem sem crédito, logo se tornará débito.

O Cão Raivoso. Quem Busca Notoriedade é Carente de Honra. Engana-se quem pensa que o fato de ser notório o tornará honrado.

O Cão Raivoso
Autor: Esopo
Quem Busca Notoriedade é Carente de Honra
O Cão Raivoso
A honradez começa pela modéstia...
Um cachorro costumava atacar de surpresa, e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente.
Então, seu dono pendurou um sino em seu pescoço, pois assim podia alertar as pessoas de sua presença, onde quer que ele estivesse.
O cachorro cresceu orgulhoso, e vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua, como se aquilo fora um grande trófeu por méritos, que o tornava superior aos demais.
Um velho e experiente cão de caça então lhe disse:
"Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega, acredite, não é nenhum indício de honraria, mas antes disso, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso."

Moral da História:
Engana-se quem pensa que o fato de ser notório o tornará honrado.

Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos atrás da miragem de falsos tesouros.


"O dono de um pequeno comércio, amigo de um grande poeta, abordou-o na rua:

-Senhor poeta, estou precisando vender meu sítio, que o senhor tão bem o conhece. Será que o senhor poderia redigir o anúncio no jornal? O poeta apanhou o papel e escreveu:

“Vende-se encantadora propriedade, onde os pássaros cantam ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas águas de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece a sombra tranqüila das tardes na varanda.”

Meses depois, topa o poeta com o homem e lhe pergunta se havia vendido o sítio.

- Nem penso mais nisso, disse o homem. Quando li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!"

MORAL DA HISTÓRIA: Às vezes, não descobrimos as coisas boas que temos conosco e vamos atrás da miragem de falsos tesouros. Valorize o que você tem, as pessoas que estão perto de você... esse é o seu verdadeiro tesouro.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

É uma das histórias mais lindas do século, mas, infelizmente, desconhecida dos brasileiros. Eu poderia ter morrido naquele dia, porque minha missão, na Terra, havia acabado.



História da célebre Universidade Mackenzie, de São Paulo.

Começou quando uma educadora americana notou, em São Paulo, na rua em que morava,um grupo de crianças vadias. Ela, que preparava muito bem broa de milho, pôs-se a atrair os
meninos que ficavam à porta sentindo o cheiro, e começou a dar-lhes o alimento doce. Depois,
resolveu que somente daria broas às crianças que viessem, no Domingo, pela manhã, para
ouviram-na falar do Evangelho de Jesus.
Depois que vieram vários por causa da broa, ela explicou, que só participaria da reunião, para depois comer a broa, quem viesse tomado banho, de cabelo penteado e pés calçados. Mais
tarde, ela notou que poderia fazer algo mais do que a broa. Teve a idéia de preparar um lanche mais substancial para atrair mais meninos de rua.

Eles aumentaram de tal forma que chegavam à hora em que ela estava na confecção do alimento.
Ocorreu-lhe estabelecer que, a partir da data X , somente teria acesso à aula de Evangelho, para depois comer, quem soubesse ler e escrever. E como eles não o sabiam, ela pôs uma mesa no fundo do quintal e abriu uma escola de iniciação alfabética. Hoje é o Mackenzie, que tem uma bela e longa história, inclusive, foi visitado por D. Pedro II que lhe fez uma expressiva
doação.
Uma americana, Mary Jane Mac Leod Bethune, começou a educar crianças num depósito de lixo. A lei da segregação racial nos Estados Unidos era muito severa contra os negros. Ela era
negra, havia ganho uma bolsa de estudos de uma costureira quaker, e, ao se formar não tinha alunos. Quando foi nomeada não havia escola. Ela então reuniu três caixões vazios de cebola,
colocou-os embaixo de uma árvore, num depósito de lixo, convocou três descendentes de escravos e começou a ensinar-lhes a ler e escrever.
Oportunamente, quando Henry Ford foi a Osmond, uma praia da Califórnia, ela foi visitá-lo. Ao chegar à porta, foi barrada, porque, no hotel, negro não podia entrar, somente na condição de
serviço. Ela subiu a escadaria de incêndio de nove andares, saltou a janela, tocou a campainha da porta, e, quando o mordomo veio abri-la, disse-lhe: Quero falar com Mr.Ford. 
O mordomo, que também era negro, respondeu: Mas ele não recebe negros! E falou-lhe baixinho: Como você se atreve a vir aqui? Ela reagiu bem alto: Eu tenho uma entrevista marcada com Mr. Ford,
que assinalei por telefone. 
Eu sou Mary Jane.
Ouvindo-a, Mr. Ford redargüiu: Entre, senhora.
Quando ela se adentrou, ele, que era humanitário e acreditava na reencarnação, exclamou, surpreso: Mas eu não sabia que a senhora era uma negra!
Ela sorriu, elucidando: Não totalmente. Eu duvido que o senhor conheça dentes mais alvos e um olho mais brando do que o meu.
Ele a adorou, porque uma mulher que era superior a essas mesquinharias humanas merecia respeito. Perguntou-lhe:
O que a senhora deseja de mim? - Desejo que o senhor me ajude a construir a minha escola, a ampliá-la. 
Gostaria de levá-lo ao meu terreno, a fim de que o senhor construa comigo a escola dos meus sonhos. Ele aquiesceu. Desceu com ela pelo elevador por onde não pudera subir.
Quando ela passou pela porta e o atendente a viu, ela ainda, só para surpreender, pegou braço de Mr.Ford, com a maior intimidade. Sentou-se num carro coupé aberto, desfilando pela cidade de Osmond e olhando para todo mundo. Isso há mais ou menos sessenta anos. Era muita coragem!
Levou-o ao seu terreno. Quando chegou ao depósito de lixo, disse-lhe:
É aqui, senhor, que eu quero construir a minha escola.
Ele, surpreso, retrucou:
- Aqui? E onde está sua escola?
Ela apontou:
- Ali.
- Senhora, ali é um depósito de lixo.
Eu sempre me esqueço dos detalhes! Em verdade a minha escola está aqui na cabeça. Eu quero que, com o seu dinheiro, o senhor arranque daqui (apontou a cabeça) e a coloque ali.
Ele deu-lhe, então, vinte mil dólares.
Essa mulher educou, até o ano de 1969, milhões de negros americanos. Tornou-se o símbolo da educadora mundial.
Quando o presidente Franklin Delano Roosevelt cancelou as subvenções por causa da guerra, ela lhe pediu uma entrevista na Casa Branca, e disse-lhe: O senhor não vai cortar as subvenções das minhas escolas.
Ele redargüiu:
A senhora não se esqueça que eu sou o presidente.
E ela repostou:
Nem o senhor esqueça que eu sou eleitora, e eu vou me lembrar.
Ela sentou-se. E a sua foi a única rede de escolas que não teve as subvenções canceladas naquele período.
Certa feita, ela estava numa cidade do Sul, onde a intolerância racial era muito grande e teve uma crise de apendicite. Foi levada de emergência ao hospital e colocada na mesa cirúrgica.
Quando os médicos entraram e a viram, disseram: "Operar uma negra?" E saíram da sala.
Ela pôs a mão no lugar dorido, olhou para a janela e orou: "O Senhor deve estar brincando comigo. Acho que o Senhor só me deu essa apendicite para me desafiar. Porque se o Senhor
me ajuda a sair desta mesa, eu Lhe prometo que, na América, onde o Senhor me pôs na Terra, nunca mais morrerá ninguém de apendicite pelo crime de ser negro, porque eu não deixarei.
Levantou-se e ergueu uma Faculdade de Medicina. É uma das histórias mais lindas do século, mas, infelizmente, desconhecida dos brasileiros.
Quando estourou a guerra da Coréia, ela já era um vulto venerando no mundo. Foi conselheira da UNESCO e da ONU para assuntos raciais.
Outra vez, ela vinha atravessando o corredor para negros, no aeroporto de uma cidade do Sul.
Um rapaz branco saltou a cerca, abraçou-a e chamou-a de mamãe. Então o colega reagiu: É louco? Como pode abraçar esta negra?
Ele explicou: É por causa desta negra que eu vou dar a minha vida na Coréia. Quando eu fui convocado para a guerra, em um país que jamais eu havia ouvido falar o nome, fui ao meu professor de geografia e perguntei: Onde é que fica mesmo essa Coréia? Ele mostrou no mapa uma região miserável, perdida, que eu não sei quem estava lá. E eu vou prá lá, porque me disseram que eu vou salvar a democracia, que eu aprendi com esta negra, que ama a todos os homens, sem perguntar o nome, a cor, a raça ou a crença.

Ela escreveu mais tarde: Eu poderia ter morrido naquele dia, porque minha missão, na Terra, havia acabado.

domingo, 1 de setembro de 2013

À DESCOBERTA DO AMOR . Vive com amor e fá-lo conhecer ao Mundo.


Ensaia um sorriso  e oferece-o a quem não teve nenhum.
Agarra um raio de sol e desprende-o onde houver noite.
Descobre uma nascente e nela limpa quem vive na lama.
Toma uma lágrima e pousa-a em quem nunca chorou.
Ganha coragem e dá-a a quem não sabe lutar.
Inventa a vida e conta-a a quem nada compreende.
Enche-te de esperança e vive á sua luz.
Enriquece-te de bondade e oferece-a a quem não sabe dar.
Vive com amor e fá-lo conhecer ao Mundo.

Mahatma Gandhi