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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Como liderar com as ideias de Maquiavel. Muitas pessoas quando assumem papéis de liderança transformam-se em seres frios e calculistas e esquecem dos degraus que subiram até liderar uma equipe. A visão maquiavélica, vista por muitos pejorativamente, vai muito além da frase famosa que muitos reproduzem sem saber o porquê. Autor: Samara Teixeira

Como liderar com as ideias de Maquiavel

Autor: Samara Teixeira

Muitas pessoas quando assumem papéis de liderança transformam-se em seres frios e calculistas e esquecem dos degraus que subiram até liderar uma equipe. A visão maquiavélica, vista por muitos pejorativamente, vai muito além da frase famosa que muitos reproduzem sem saber o porquê.

Para muita gente Nicolau Maquiavel talvez não passasse de um burocrata a serviço de governantes interesseiros e dominadores, como por exemplo, Cesar Borgia, explicar melhor quem é, onde viveu etc. Mas, se analisarmos a fundo sua história, seu trabalho e seu legado, encontraremos um observador atento e aguçado das habilidades humanas para conquistar, manter e também perder influência e poder.
“Como diplomata, poeta e também músico, tornou-se um hábil negociador na esfera política, e suas andanças se traduziam em relatos descritivos de fatos que interpunham objetivos conflitantes no jogo político de sua época, em um cenário  onde não importavam os meios para se atingir determinados fins. Daí a fama de Maquiavel em ser considerado um articulador estratégico que desconsidera a ética em se tratando de política”, explica Maristela Guimarães André, Instituto KVT.
O fato é que o que encontramos em seus escritos não é a célebre frase “os fins justificam os meios”, mas um novo padrão de base empírica sobre os fatos sociais. Por isso Maquiavel é considerado o pai da moderna teoria política, nos revelando um princípio básico do comportamento humano, ou seja, o de que tendemos a agir e reagir da mesma maneira perante problemas similares, por exemplo, vencer desafios ou atingir metas que dependem do relacionamento com outras pessoas.
De acordo com Maristela, Maquiavel aponta para a importância de se desenvolver a habilidade de se autoconduzir ou autoliderar para sabermos escolher entre alternativas possíveis, daí nasce o pensamento estratégico, e, nesse sentido, saber escolher entre o que pode trazer bons resultados e o que pode acarretar consequências não desejadas. “Maquiavel ampliou nossa visão sobre a maneira como podemos agir perante situações conflitantes em relação a outras pessoas, ou mesmo nossos objetivos”, enfatiza a especialista.
Alcançar o sucesso a qualquer preço pode significar perdas significativas em termos de imagem, credibilidade, confiabilidade, e reconhecimento público. Assim, principalmente quem é líder ou busca alcançar a liderança precisa desenvolver a sabedoria de conhecer suas necessidades, condições e recursos, para vencer seus desafios, sem abrir mão de valores essenciais na convivência coletiva, como cooperação, solidariedade, companheirismo e lealdade.
Maquiavel foi criativo e inovador quando descreveu como a ação humana cria fatos sociais construtivos e destrutivos, pois embora “ser maquiavélico” tenha uma conotação negativa, nos alerta para a necessidade de observarmos nossos princípios de moral e consciência, uma vez que se “os fins justificam os meios”. Isto significa  que o que fazemos é em sintonia com aquilo que sentimos, pensamos e queremos.
Com isso, Maquiavel nos ensinou que:
  • Ser competitivo exige clareza de princípios e sólidos valores;
  • Tudo aquilo que fazemos tem consequências diretas e indiretas no ambiente e nos relacionamentos que construímos;
  • Cabe a nós escolhermos entre consequências negativas ou positivas;


Fonte: Como liderar com as ideias de Maquiavel | Portal Carreira & Sucesso 

FÁBULA: A HISTÓRIA DE UM SOLDADO



Esta história é sobre um soldado que finalmente estava voltando para casa depois de ter lutado no Vietnã. Ele ligou para seus pais em São Francisco e disse: Mãe, pai, eu estou voltando para casa, mas eu tenho um favor a pedir: gostaria de levar um amigo comigo.

- Claro! Nós adoraremos conhecê-lo!!!

- Há algo que vocês precisam saber. Ele foi terrivelmente ferido na luta, pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. Ele não tem nenhum lugar para ir, eu quero que ele vá morar conosco.

- Eu sinto muito em ouvir isso filho, nós talvez possamos ajudá-lo a encontrar um lugar para ele morar.

- Não, mamãe e papai, eu quero que ele more conosco.

- Filho, você não sabe o que está pedindo! Alguém com tanta dificuldade não seria bom para nós. Nós temos nossas próprias vidas e não podemos deixar que uma coisa assim interfira em nosso modo de viver. Acho que você deveria voltar para casa e esquecer este rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo.

Neste momento o filho desligou o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Alguns dias depois, no entanto, eles receberam um telefonema da polícia. O filho deles havia morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia acreditava em suicídio. Os pais, angustiados, voaram para o local e foram levados para o necrotério a fim de identificar o corpo do filho. Eles o reconheceram, mas para o horror deles, descobriram que o filho tinha apenas um braço e uma perna.

Os pais, nesta história, são como muitos de nós. Achamos fácil amar aqueles que são bonitos ou divertidos. Mas, não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis. Ficamos longe destas pessoas e de outras que não são saudáveis, bonitas ou espertas. Precisamos aceitar as pessoas como elas são e ajudar a todos a compreender aquelas que são diferentes de nós.

Há um milagre chamado AMIZADE, que mora em nosso coração. Você não sabe como ele acontece ou quando surge. Mas, você sabe que este sentimento especial aflora e percebe que a AMIZADE é um dos presentes mais preciosos de Deus.

Amigos são como jóias raras. Eles nos fazem sorrir e nos encorajam para o sucesso. Eles nos emprestam um ouvido, compartilham uma palavra de incentivo e estão sempre com o coração aberto.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Alguns manifestantes – a minoria – cometeram atos de violência e depredação. Nesta segunda-feira, 17 de junho, multidões há muito tempo ausentes das ruas voltaram à ativa. Ativo. Não mais passivo. Não nesta segunda-feira. Um dia em que, provavelmente (poucos) políticos experimentaram um estado de graça. Em que (muitos) políticos ficaram sem graça. Em que todos os políticos aprenderam uma lição, de graça.


O imponderável, novamente, dita os rumos da História. Ninguém previu. Ninguém sabe o que será. Mas há um movimento em curso. Isso é História.

O que leva uma tsunami de gente para as ruas desse jeito?
A pauta de reivindicações é difusa. Começou com a elevação da tarifa dos ônibus, alcançou o elevado custo assumido pelo país para sediar a Copa – e o superfaturamento de boa parte dos novos estádios – e se espraiou pelas múltiplas agendas (todas urgentes e oportunas) em favor da qualidade da saúde e da educação, do combate à corrupção etc.
As lideranças são pouco conhecidas, e não se pode atribuir a elas tamanho poder de arregimentar tanta gente.

Por que então tantos resolveram protestar agora?
O emprego da força máxima contra os manifestantes ajudou a fermentar a massa.
Balas de borracha disparadas a esmo, pimenta em forma de gás e bombas lacrimogêneas que perturbam os sentidos por longos minutos revelaram o despreparo de certos policiais para lidar com situações do gênero.
Mas a verdadeira arma não letal foram os celulares que fotografam, filmam e disparam mensagens nas redes sociais.
Flagrantes de ataques gratuitos contra manifestantes se transformaram rapidamente em novos virais.
E o Batalhão de Choque entrou em curto. Em algumas cidades, saiu de cena.

Alguns manifestantes – a minoria – cometeram atos de violência e depredação.
É gente que não entendeu ainda como as manifestações pacíficas são arrebatadoras.

Nesta segunda-feira, 17 de junho, multidões há muito tempo ausentes das ruas voltaram à ativa.

Ativo. Não mais passivo. Não nesta segunda-feira.
Um dia em que, provavelmente (poucos) políticos experimentaram um estado de graça. Em que (muitos) políticos ficaram sem graça. Em que todos os políticos aprenderam uma lição, de graça.

ter, 18/06/13
por andre trigueiro

Sim, reduziremos as tarifas. E não apenas dos ônibus. É o suficiente para dispersar as multidões? Quem saberá? Por hora, vale reconhecer que a distância entre as ruas e os gabinetes diminuiu.



Que diferença faz o que disseram dias atrás os prefeitos de São Paulo e do Rio (e os alcaides de outras cidades brasileiras) quando defenderam a manutenção dos preços das passagens de ônibus?
De que valem neste momento os contratos de reajuste, as planilhas de custo, os índices que medem a inflação?
Tudo isso ruiu diante da constrangedora, realidade revelada nas manifestações de rua dos últimos dias. Não importa quantos na multidão são usuários de ônibus.
Não importa que esta seja apenas uma das pautas do movimento que virou notícia no mundo inteiro.
Não faz diferença se o Palácio do Planalto entrou no circuito (junto com alguns governadores) para alinhar as medidas de contenção numa tentativa de esfriar os ânimos dos manifestantes.
O que merece atenção agora é que eles ouviram.
Aqueles que mandam, ouviram.
E a democracia brasileira abre espaço para algo diferente, certamente inédito nestas proporções.
Da rua veio o recado. Dos gabinetes veio a resposta, ainda que tardia.

Sim, reduziremos as tarifas. E não apenas dos ônibus.
É o suficiente para dispersar as multidões?
Quem saberá? Por hora, vale reconhecer que a distância entre as ruas e os gabinetes diminuiu.

E isso não é pouca coisa.
 
qua, 19/06/13
por andre trigueiro


sábado, 15 de junho de 2013

Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas…


Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… 

Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia….”

Friedrich Nietzsche

Auto-ilusão é o processo pelo qual enganamos a nós mesmos, passando a aceitar como verdadeiro ou válido o que é falso ou inválido; é não ver as coisas tais como são. Ela tem como raiz os preconceitos, desejos, insegurança, cobiça, exclusivismo e outros tantos fatores psicológicos que, inconscientemente, afetam o jeito de perceber a realidade. Hammed.O CACHORRO QUE TROCOU SUA PRESA PELO REFLEXO..Ambição, quietude íntima, ilusão, materialismo


O CACHORRO QUE TROCOU SUA PRESA PELO REFLEXO

"VER AS COISAS TAIS COMO SÃO".

Auto-ilusão é o processo pelo qual enganamos a nós mesmos, passando a aceitar como verdadeiro ou válido o que é falso ou inválido; é não ver as coisas tais como são. Ela tem como raiz os preconceitos, desejos, insegurança, cobiça, exclusivismo e outros tantos fatores psicológicos que, inconscientemente, afetam o jeito de perceber a realidade. Hammed

O CACHORRO QUE TROCOU SUA PRESA PELO REFLEXO:

Se os que buscam ilusões forem chamados de loucos, os dementes então são milhões, e os sensatos, muito poucos.

Esopo exemplifica essa falta de nexo com a fábula do cão que trazia nos dentes uma presa, um bom bocado de carne. Debruçando-se sobre um barranco, ele viu, refletida na água, a imagem da própria presa, que ele acreditou ser outra ainda maior do que aquela que ele levava.

Iludido pela imagem, larga a presa e atira-se nas águas correntes em busca da "outra". Como o rio estava muito agitado, ele quase se afoga e, só com muito esforço e sofrimento, alcança a margem. Obviamente, sem a presa e sem o reflexo dela.

Quantos, como o cachorro, arriscam-se por uma ilusão!

VER AS COISAS TAIS COMO SÃO:

A paz e a lucidez começam no Íntimo. Já que vivemos num mundo conflituoso e agitado, devemos dedicar algum tempo para orar ou meditar, pois apenas assim encontraremos mais conciliação, concórdia e harmonia em nossa intimidade. Entregarmo-nos a longas e profundas reflexões é essencial para a nossa sanidade mental.

Quando estamos inquietos, desordenados e sem clareza interna, projetamos a agitação que sentimos para o mundo ao nosso derredor. Quando estamos serenos, podemos ver com mais lucidez e agir com capacidade e segurança, atingindo bons resultados nas decisões vivenciais.

A afobação diária não nos permite entrar em contato ativo com nosso "espaço sapiencial"; por isso, em nós não se estabelece ordem e muito menos lucidez na intimidade, onde, aliás, Jesus afirmou estar o "reino dos céus".

A quietude Íntima faz com que alcancemos o equilíbrio perfeito para mantermos adequadas relações com as pessoas que encontramos, ou para agirmos convenientemente diante das situações que se sucedem em nosso dia-a-dia. Sem a permanente deterioração causada por ilusões ou desajustes emocionais, teremos mais tempo para diferenciar os fatos das ocorrências ilusórias. Compensados, auto-responsáveis e serenos em nós mesmos, irradiaremos paz para todos aqueles que encontrarmos.

Conta uma antiga história persa que, em certa ocasião, um afortunado negociante buscou seu conselheiro espiritual. Sentia-se deprimido, atribulado, cheio de amargura, pois acreditava estar lucrando pouco com seu comércio.

"- Não sei o que está acontecendo comigo. Tenho tudo o que sempre quis, mas ainda quero mais e mais. Por isso me sinto infeliz.

O conselheiro, que era um homem sábio, olhou-o demoradamente, mas nada lhe disse. Tomou-o pelo braço e pediu que olhasse através dos vidros da janela e descrevesse o que via lá fora.

- Vejo árvores, casas, jardins, fontes, pessoas, crianças distraindo-se com brincadeiras.

O conselheiro então colocou o negociante diante de um espelho. - E agora o que você vê? - perguntou-lhe.

- Eu vejo a mim mesmo - respondeu ele.

E o sábio retrucou:

- Na verdade, o que agora você vê é seu reflexo no espelho. O vidro espelhado o impede de vislumbrar a realidade, que existe além da sua imagem. A ilusão assemelha-se a um espelho onde vemos unicamente a nós próprios. Em muitas circunstâncias, não enxergamos os fatos como eles são, mas, sim, como aparentam ser. Há muitas coisas que não nos deixam ver a realidade nem o que realmente somos: a ganância, o preconceito, o poder, as homenagens, a preocupação de ganharmos destaque, de nos considerarmos melhores do que os outros ... Será que seus negócios e sua desmedida ambição não lhe permitem ver a beleza da vida tal como ela é, com as criações e as criaturas de Deus, pois você apenas tem olhos para si mesmo?"

Assim termina o diálogo entre os dois homens.

Realmente, o espelho possui uma excelente relação de semelhança para conceituarmos a ilusão. A palavra "miragem" vem da palavra francesa "mirage", que significa "ser refletido". É um efeito óptico que ocorre em dias muito quentes, principalmente nos desertos, produzido pela reflexão da luz solar, que cria imagens semelhantes a lagos límpidos, onde por vezes se refletem árvores, plantas ou cidades longínquas.

Metaforicamente, podemos dizer que "miragem" é tudo aquilo que se apresenta como um fato ou evento verdadeiro, mas que, em verdade, é uma irrealidade, ilusão, alucinação, devaneio.

Na vida social, por ambição, "Quantos, como o cachorro, arriscam-se por uma ilusão!" E "Se os que buscam ilusões forem chamados de loucos, os dementes então são milhões, e os sensatos, muito poucos".

Auto-ilusão é o processo pelo qual enganamos a nós mesmos, passando a aceitar como verdadeiro ou válido o que é falso ou inválido; é não ver as coisas tais como são. Ela tem como raiz os preconceitos, desejos, insegurança, cobiça, exclusivismo e outros tantos fatores psicológicos que, inconscientemente, afetam o jeito de perceber a realidade.

Um exemplo clássico disso é quando pais e/ou cônjuges acreditam que o filho e/ou parceiro afetivo estão falando a verdade, mesmo quando as evidências provam claramente o contrário. Os indivíduos se auto-iludem porque querem sempre acreditar nos entes amados e desejam ansiosamente que estejam dizendo a verdade.

Paulo de Tarso escreveu aos Coríntios: " ... para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade". A Vida Providencial nos restabelece a saúde do corpo e da alma por meio do "espinho da desilusão" (II Coríntios, 12:7). Na verdade, a desilusão, em muitas ocasiões, é o recusro utilizado pela misericórdia Divina para nos afastar de pessoas e situações, a fim de que não nos afundemos ainda mais no poço do desequilíbrio.

Enquanto houver ilusão, há possibilidade de distorção da direção almejada ou desencaminhamento da jornada escolhida. Somente quando grande parte da ilusão já tenha cedido à verdade é que poderá haver estabilidade e segurança no caminho a ser percorrido.

Quando o Mestre disse a seus discípulos que deveriam colocar a luz no candelabro ("Traz-se porventura a candeia para ser colocada debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser posta no candeeiro?") (Marcos, 4:21), propunha a todos o serviço da superação do binômio ilusão-desilusão, a fim de que pudessem adquirir uma visão clara e profunda das numerosas relações de dependência entre a vida dentro e fora de nós mesmos.

Ir além dessa ilusão multimilenar que domina os homens é a prioridade da filosofia cristã. Se não atendermos a essa solicitação do Cristo, dificultaremos a marcha, convertendo a própria alma em cidadela de desenganos; seduzidos pelo leito da ilusão, viveremos períodos de confusão ou insânia mental.

Nesse círculo perverso, vive o indivíduo, de forma geral, sob o domínio do pseudo-afago da ignorância, enganando-se na vida terrena, para desenganar-se depois no além-túmulo; gastando várias encarnações, iniciando e reiniciando a meta que lhe cabe transpor, recusando a metafísica, isto é, tudo aquilo que transcende a natureza física das coisas.

O ato de saber quando agir e não-agir, aliado à prática da oração e/ou da meditação, não só oferece harmonia interior e vitalidade, como igualmente nos proporciona, com o correr do tempo, uma ampliação da própria consciência. Leva-nos à prática da verdadeira experiência pela paz e com a paz que tanto buscamos.

Não-agir é seguir a correnteza, em vez de ir contra ela. É uma excelente idéia: um indivíduo nada e chega à margem de um rio muito mais rápido quando, não resistindo ao fluxo da água, permanece tranqüilo e deixa-se conduzir pelas "mãos da natureza. Em outras palavras: confiando na Vida Providencial e moderando nossa pretensão de resolver todos os conflitos e dificuldades de forma puramente racional, poderemos encontrar equilíbrio e alegria sem uma vida desgastante de contínua luta contra forças reais ou ilusórias.

O culto à nossa intimidade deve ser praticado na sucessão de nossos dias como um potencial a ser desenvolvido para promover a clareza de idéias e de expressão, a percepção dos sentimentos e as emoções. Ela está aqui, em nós. Se quisermos, ela pode ser tão familiar quanto é familiar o sono, a respiração, os pensamentos mais estreitos.

CONCEITOS-CHAVE

A - AMBIÇÃO

Abrir a alma à ambição é fechá-la à serenidade, porquanto a ambição que se alimenta é peso inútil ao coração. Cultivá-la é o mesmo que guardar espinhos na própria intimidade. Diz o ditado popular: "Tudo falta a quem tudo quer". Em razão disso, o ganancioso não possui bens, mas é dominado por eles. A ambição produz mais insatisfeitos por não conquistarem as coisas, do que saciados com o que possuem. A cobiça não ouve a razão nem o bom senso; nela, o desejo ardente sempre reaparece quando já deveria ter acabado.

B - QUIETUDE ÍNTIMA

A reflexão e a prece proporcionam uma energia sutil em nossas experiências cotidianas. Nesse "estado interior", onde reina a tranqüilidade, o ser tem um encontro consigo mesmo, com sua mais pura essência - a alma. Criaturas distraídas entre os episódios do passado e os do presente turvam sua visão, julgando apressadamente as decisões alheias apenas por divergirem das suas. Como discernir tudo o que nos acontece sem usar o próprio sentido consciencial? É possível avaliar ou ponderar as coisas, utilizando a consciência alheia? É possível perceber a realidade, usando um coração que não nos pertence? Existem fatos emaranhados nos quais a quietude Íntima é o único remédio eficaz, porque cada um de nós encontra resposta de acordo com o silêncio que cultivou dentro de si mesmo.

C - NÃO-AGIR

Não significa prostração, ócio, morosidade, indolência, nem viver numa atmosfera do "esperar sentado ou mostrar uma disposição mínima para o trabalho". Essa filosofia de vida descreve uma prática de realizar ou buscar as coisas suavemente, obedecendo ao movimento contínuo de algo que segue um curso natural, sem utilizar ações bruscas e intrusivas. Por exemplo: se observamos a naturalidade e espontaneidade da vida, podemos tomar decisões utilizando a sutileza, em vez da força.

MORAL DA HISTÓRIA

Saber iludir-se bem é uma das muitas lições que recebemos na vida familiar. A título de exemplo, citamos os pais que sempre acreditam nos filhos, mesmo percebendo que suas afirmações são contraditórias ou vazias de verdade. Os pais iludem-se porque são afetados por desejos inconscientes de terem filhos fiéis e perfeitos. Adultos assim são incapazes de auscultar o próprio coração e utilizar a percepção e o discernimento. Em razão disso, familiares apontam defeitos de educação nos filhos alheios, mas demonstram ignorar os defeitos dos próprios filhos. Não obstante, é bom lembrar que a auto-ilusão pode não ser simplesmente uma espécie de desonestidade ou fraqueza moral. Muitas vezes, trata-se de uma questão de "cegueira cognitiva", processo mental de percepção, memória, juízo e/ou raciocínio; ou mesmo de incompetência. Os que buscam ilusões acabam tendo muito sofrimento, pois, quando se deparam com a realidade, censuram-se e incriminam-se, às vezes por anos a fio.

REFLEXÕES SOBRE ESTA FÁBULA E O EVANGELHO:

"Os homens correm atrás dos bens terrestres como se os devessem guardar para sempre; mas aqui não há mais ilusão; eles se apercebem logo de que não agarraram senão uma sombra, e negligenciaram os únicos bens sólidos e duráveis, os únicos que lhes são de proveito na morada celeste, os únicos que podem a ela lhes dar acesso." (ESE, cap. II, item 8, Boa Nova Editora)

" ... Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele ... " (I Timóteo, 6:7.)

"NOSSAS AÇÕES SÃO COMO OS MOTES (PROVÉRBIOS): CADA UM ENTENDE COMO QUER." - LA ROCHEFOUCAULD


HAMMED

Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola.


Ser um empreendedor é executar os sonhos, mesmo que haja riscos. É enfrentar os problemas, mesmo não tendo forças. É caminhar por lugares desconhecidos, mesmo sem bússola. É tomar atitudes que ninguém tomou. É ter consciência de que quem vence sem obstáculos triunfa sem glória. É não esperar uma herança, mas construir uma história...
Quantos projetos você deixou para trás?
Quantas vezes seus temores bloquearam seus sonhos?
Ser um empreendedor não é esperar a felicidade acontecer, mas conquistá-la.


Augusto Cury

Sua vida pode ser uma comédia, uma aventura ou uma história de superação, sucesso e amor. Mas pode ser também um drama, uma trajédia ou a monotonia da não-mudança.


Sua vida pode ser uma comédia, uma aventura ou uma história de superação, sucesso e amor. Mas pode ser também um drama, uma tragédia ou a monotonia da não-mudança. 

Porque todos nós temos tudo isso em nossas vidas. O que muda é como editamos, em quais experiências mantemos o foco e sobre o que falamos. 

Fale do drama, e sua vida será um drama. Fale da aventura e a mesma vida será deliciosa.


                                                                                        Aldo Novak

Superação. Podemos assistir a injustiça bater à nossa porta e perceber, infelizmente, que em algumas ocasiões não há absolutamente nada a fazer. Podemos chorar com o coração partido a perda da pessoa amada ou de um ente querido.



Podemos passar inúmeras dificuldades, e ter de batalhar muito para alcançar certos objetivos e, ainda assim, morrermos na praia.
Podemos deixarmo-nos consumir pelo trabalho, e perder noites de sono ou deixar de passar finais de semana com a família apenas por que temos extrema necessidade de conseguir recursos para mantermos uma vida digna, ou amargarmos um período obscuro de desemprego.
Podemos assistir a injustiça bater à nossa porta e perceber, infelizmente, que em algumas ocasiões não há absolutamente nada a fazer.
Podemos chorar com o coração partido a perda da pessoa amada ou de um ente querido.
Podemos, por tanta coisa negativa que aconteça, julgarmos que tudo sempre dar errado conosco e maldizermos nossa sorte.
Depois de tudo isto até podemos deixar passar pela cabeça a estúpida idéia de fazer uma grande besteira consigo mesmo, desde que seja exatamente assim:que tal idéia passe – e nunca mais volte, por que a Vida é Superação!
Nós não nascemos andando, não nascemos falando, nem pensando tanta bobagem - e o que não podemos em hipótese alguma é perdermos o ânimo, o espírito, e nossa capacidade de amar, de se superar e de viver!


Augusto Branco

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Grandes homens são os que fazem a diferença na vida de alguém. São os que sabem semear o jardim das afeições com as delicadas flores da atenção e da presença, nos momentos mais marcantes ou decisivos das suas existências.


O que é que determina a grandeza de um homem? Pode-se dizer que grandes homens são aqueles que realizam grandes feitos.

Façanhas como a de Charles Lindenberg, que atravessou o atlântico em seu pequeno avião, num vôo solitário.

Grandes homens são os que oferecem ao mundo extraordinárias descobertas nos campos da ciência e da tecnologia. Ou os que se lançam ao espaço, arriscando a própria vida, a bordo de ônibus espaciais.

Grandes homens são os que interferem na política mundial, a bem dos povos, deixando gravados os seus nomes na memória da humanidade.

Grandes homens são os têm seus nomes retratados nos jornais, na televisão por atos de coragem ou de abnegação que tenham realizado.

Grandes homens são também os que lutam todos os dias para sustentar com dignidade a família.

São os que saem de casa antes do alvorecer para o trabalho e retornam ao cair da noite, extremamente cansados, sabendo que garantiram, com seu esforço, o pão, o agasalho, o teto à família numerosa.

São os que, após a jornada exaustiva, ainda têm tempo para se interessar pela lição escolar do filho, a aula de dança da menina e a dor de cabeça da esposa.

Grandes homens são todos os pais anônimos, diligentes e dedicados. Pais que merecem ouvir o que um garoto de quinze anos escreveu ao seu próprio pai:

Um grande homem morreu hoje. Ele não era um líder mundial, nem um médico famoso, nem um herói ou um ídolo do esporte.

Não era um magnata dos negócios e vocês nunca viram o nome dele no jornal. Mas ele foi um dos melhores homens que já conheci. Esse homem era o meu pai.

Ele nunca esteve interessado em receber créditos ou honrarias. Fazia coisas banais, como pagar as contas em dia e ser diretor da associação de pais e professores.

Ajudava os filhos com o dever de casa e levava a mulher para fazer compras nas noites de quinta-feira. Achava o máximo levar seus filhos adolescentes e os amigos deles aos jogos de futebol.

Esta é a minha primeira noite sem meu pai. Não sei o que fazer. Hoje me arrependo pelas vezes em que fui impaciente com ele, dei respostas malcriadas, ou não tomei conhecimento do que ele dizia. Mas estou agradecido por muitas outras coisas.

Estou agradecido por Deus ter me deixado ficar com meu pai por quinze anos. E fico feliz por ter podido dizer a ele o quanto o amava.

Esse homem maravilhoso morreu com um sorriso no rosto e com o coração realizado.

Ele sabia que era um grande sucesso como marido, como pai, como irmão, filho e amigo.

***

Grandes homens são todos os que conseguem fazer o mundo um pouco melhor graças à sua existência.

Educando uma criança ou colaborando pela sua ida à escola.

Dedicando algumas das suas horas mais preciosas aos seus amores.

Grandes homens são os que fazem a diferença na vida de alguém. São os que sabem semear o jardim das afeições com as delicadas flores da atenção e da presença, nos momentos mais marcantes ou decisivos das suas existências.
 Um pai famoso, de autor desconhecido, do livro Histórias para aquecer o coração dos adolescentes de Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Kimberly Kirberger, ed. Sextante.

Razão e sensibilidade "entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma briga, se eu insistisse mais teríamos estragado a noite".


Oito da noite numa avenida movimentada.

O casal já está atrasado para jantar na casa de alguns amigos.

O endereço é novo, assim como o caminho, que ela conferiu no mapa antes de sair.

Ele dirige o carro. Ela o orienta e pede para que vire na próxima rua à esquerda.

Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.

Percebendo que, além de atrasados, poderão ficar mal humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe que estava errado.

Ainda com dificuldade, ele admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há problema algum em chegar alguns minutos mais tarde.

Mas ele ainda quer saber: "se você tinha tanta certeza de que eu estava tomando o caminho errado, deveria insistir um pouco mais".

E ela diz: "entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma briga, se eu insistisse mais teríamos estragado a noite".

Certamente uma sábia decisão.

Muitas vezes nós perdemos oportunidades de viver momentos felizes só porque queremos provar que estamos com a razão. Ou, pelo menos, pensamos que estamos.

De maneira alguma defendemos a omissão ou o não uso da razão, mas tão somente o uso da razão com sensibilidade.

Quantas amizades já destruímos por causa de uma obstinação em defender um ponto de vista?

Quanta energia já gastamos na defesa de uma idéia, desejando que os outros a aceitem a qualquer custo?

Quanto tempo perdido na elaboração de argumentos para convencer alguém de que temos razão em algum ponto?

Será que vale a pena essa maneira de ser?

Será que vale a pena perder a paz na tentativa de provar que estamos certos?

Não seria mais sábio de nossa parte optar pela harmonia, em vez de brigar por causa de pequenas questões irrelevantes?

É evidente que há momentos em que devemos defender nossa posição, e seria bom que o fizéssemos sem nos perturbar, sem perder o juízo.

Mas o que geralmente acontece é que levamos as discussões, que deveriam ficar no campo das idéias, para o campo pessoal. E nos irritamos.

É importante considerar que para divergir não precisa dissentir.

Podemos discordar de alguém e ainda assim preservar a amizade e o respeito por esse alguém.

Pense nisso quando se apresentar uma situação em que você tenha que fazer essa opção e se questione, antes de agir:

"Será que vale a pena perder a calma para defender esse ponto de vista?"

"Será que o momento certo para expor minha opinião é agora?"

"Será este o momento de impor minhas razões?"

Talvez se prestássemos mais atenção em nossas palavras e nos porquês de nossas discussões freqüentes, perceberíamos que na maioria das vezes poderíamos optar por ser feliz e ter paz, em vez de ter razão.

Considere que as energias gastas em discussões infrutíferas podem lhe fazer falta na manutenção da saúde física e mental, e busque usá-las de maneira útil e inteligente.

Afinal, todos os seus esforços devem ser usados em prol da harmonia comum, para que haja paz ao seu redor.

Pense nisso!

E lembre-se, sempre, antes de qualquer desgaste, de questionar: "quero ter razão, ou ser feliz"?

Pense nisso!

A sua paz íntima é um patrimônio que ninguém pode lhe roubar, a menos que você permita.

Jesus, o Mestre por excelência, tinha razão sempre, mas jamais tentou impô-a a quem quer que seja.

Em Sa forma de viver, deixou exemplos nobres.

Tantas vezes se calou diante de situações e pessoas, por notar que seria inútil qualquer palavra.

Pense nisso!

artigo de Caco de Paula, publicado na revista "Vida Simples", da Editora Abril, 

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Reflexão do dia. Os animais (Humanos) estavam preocupados pois chegara na floresta um tigre (Dificuldades e crises).


Reflexão do dia.
Os animais (Humanos) estavam preocupados pois chegara na floresta um tigre (Dificuldades e crises).

Então fizeram seus apontamentos para se protegerem:
O macaco dizia - bem eu sei pular, vou pular e ficar em cima das arvores, assim estarei a salvo.
A águia - eu voo bem, voarei alto e irei para as montanhas e estarei a salva.
O jacaré - eu nado bem, vou ir a água e estarei a salvo.
O suricate - corro bem, já vou correr e me proteger.
O pato - bem eu não tenho medo! Pois, corro, nado,voo e pulo.
O tigre mal chegou e comeu o Pato, dizendo assim - foi fácil pois o pato não corre bem, não nada bem, não pula bem e não voa bem.

Moral:
Quem faz de tudo um pouco não faz nada completo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

PESQUISA MOSTRA QUE INVESTIMENTO EM EDUCAÇÃO REDUZ CRIMINALIDADE. A cada investimento de 1% na Educação, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido, aponta análise.











Uma pesquisa de doutorado feita na USP (Universidade de São Paulo) mostra que a cada investimento de 1% na educação, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido. O estudo que comprova a potencialidade da escola como um fator para influenciar o comportamento dos alunos e reduzir a violência foi feito pela economista Kalinca Léia Becker em sua tese de doutorado no departamento da economia da Esalq (Escola Superior de Agricultutra Luiz de Queiroz), em Piracicaba.

"O objetivo geral do trabalho foi analisar a relação entre a educação e a violência, observando se a educação e a escola podem contribuir para reduzir a violência e o crime", comenta a pesquisadora, orientada pela professora Ana Lúcia Kassouf.

A análise foi realizada por meio da construção de dois ensaios. No primeiro, foram coletadas evidências de que a atuação pública na área da educação poderia contribuir para reduzir o crime no médio e longo prazo. Nesta etapa, foi mensurado o impacto do gasto público em educação na redução da taxa de homicídios, utilizando dados dos Estados brasileiros, entre os anos de 2001 e 2009.

No segundo ensaio, que foi financiado pelo programa "Observatório da Educação", fruto da junção entre o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), foram analisados alguns fatores do ambiente escolar e do seu entorno que poderiam contribuir para a manifestação do comportamento violento dos alunos, a partir de dados disponibilizados nas Provas Brasil de 2007 e 2009.

"O primeiro ensaio fornece uma análise ampla e agregada do impacto dos gastos com a educação na redução da taxa de homicídios, enquanto o segundo volta-se para dentro da escola, analisando como os vários fatores do ambiente escolar podem prevenir a manifestação do comportamento violento", conta. As análises constatam que a escola e a educação são fundamentais para a redução da criminalidade.

Desenvolver conhecimento
A pesquisa comprovou a influência da educação no comportamento dos alunos. Constatou-se no primeiro ensaio que quando ocorre o investimento de 1% na educação, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido.

Porém, para isso, é necessário que a escola funcione como um espaço para desenvolver conhecimento, pois, no segundo ensaio, foi observado que escolas com traços da violência, como depredação do patrimônio, tráfico de drogas, atuação de gangues, entre outros, podem influenciar a manifestação do comportamento agressivo nos alunos.

"A possibilidade de algum aluno manifestar comportamento violento em escolas onde foram registrados crimes contra o patrimônio e contra a pessoa é, respectivamente, 1,46 e 1,22 vezes maior em comparação às escolas que não registraram estes crimes", conclui Kalinca.

De acordo com os resultados obtidos, o contato com um meio onde prevalecem ações violentas influencia diretamente o comportamento do aluno dentro da escola. Sendo assim, as políticas públicas para reduzir o crime na vizinhança da escola podem contribuir significativamente para reduzir a agressividade dos alunos. "A escola pode, ainda, adotar medidas de segurança para proteger os alunos nas suas imediações", reforça.

Uma das soluções sugeridas pela pesquisa é que, quando a instituição promove atividades extracurriculares, ocorre a redução em 0,96 % da possibilidade de algum aluno cometer um ato agressivo. "Este é um resultado interessante, pois muitos programas de redução da violência nas escolas incluem atividades de esporte, cultura e lazer como forma de socializar a convivência e, assim, reduzir a violência", complementa.

Também foram observadas evidências de que o ambiente familiar e a participação dos pais nas reuniões da escola podem influenciar o comportamento do aluno.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Educação problematizadora x educação bancária. Nesse sentido, as ideias freireanas servem como orientação para o processo de formação docente no que se refere à reflexão crítica da prática pedagógica que implica em saber dialogar e escutar, que supõe o respeito pelo saber do educando e reconhece a identidade cultural do outro.Paulo Freire e a reinvenção do ato educativo



Hoje, mais do que em outras épocas, se exige do educador uma postura alicerçada num processo permanente de reflexão que leve a resultados inovadores no trato da educação. Sem dúvida, as contribuições de Paulo Freire levam o educador à consciência de si enquanto ser histórico que continuamente se educa num movimento dialético no mundo que o cerca. Não é, pois, por acaso que as ideias freireanas se articulam com os interesses na formação do educador, pois não se perde de vista o caráter histórico do homem associado sempre à prática social.

Paulo Freire, Pernambuco, nascido em 1921, no Recife, contribuiu como poucos na reflexão do homem e seu compromisso com a sociedade. Este movimento de ser homem é pensado no seu percurso reflexivo que permite ser objetivado na medida em que é passível chegar aos espaços de formação de educadores, quer na formação inicial, quer na formação em serviço, a fim de torná-los capazes de transformações necessárias às práticas educativas e pedagógicas.

Nesse sentido, as ideias freireanas servem como orientação para o processo de formação docente no que se refere à reflexão crítica da prática pedagógica que implica em saber dialogar e escutar, que supõe o respeito pelo saber do educando e reconhece a identidade cultural do outro.

Educação problematizadora x educação bancária

Freire não se limitou a analisar como são a educação e a pedagogia, mas mostra uma teoria de como elas devem ser compreendidas teoricamente e como se deve agir através de uma educação denominada libertadora. Para ele, educação é um encontro entre interlocutores, que procuram no ato de conhecer a significação da realidade e na práxis o poder da transformação.

Entende-se por pedagogia em Freire a ação que pode e deve ser muito mais que um processo de treinamento ou domesticação; um processo que nasce da observação e da reflexão e culmina na ação transformadora.

Paulo Freire desnuda a concepção bancária de educação. É uma crítica à educação que existe no sistema capitalista, alicerçada nos princípios de dominação, de domesticação e alienação, transferidas do educador para o aluno através do conhecimento dado, imposto, alienado.

Em uma das suas principais obras, Pedagogia do Oprimido (1983), Paulo Freire discute essa concepção: em que o educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina; os educandos, os disciplinados; o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os educandos, meros objetos.

Este desnudamento serve de premissa para visualizar o poder do educador sobre o educando e como consequência à possibilidade de formar sujeitos ativos, críticos e não domesticados. Como se vê, a opressão é o cerne da concepção bancária. Para analisar esta concepção que se fundamenta no antidiálogo, Freire (1983) apresenta características que servem à opressão. São elas: a conquista, a divisão, a manipulação e a invasão cultural.

O “método Paulo Freire”

Apesar da insistência com que se fala, às vezes, nessa história do chamadométodo Paulo Freire, eu tenho a impressão, talvez um pouco imodéstia agora, que se trata muito mais do que de uma certa compreensão geral da educação, de uma maneira de praticar educação do que de um método. A questão vai além do método (Freire, 1979). Paulo Freire era um pensador, bem além de seu tempo e como tal não se limitava a métodos. Para ele a educação estava além dos métodos e antes e acima de tudo era um ato político. Para ele o dado fundamental de todas as coisas do mundo é o diálogo. O método é secundário. O diálogo para ele é o sentimento do amor tornado ação.

O que Freire propõe é uma compreensão geral acerca da educação, da maneira de se praticar a educação. Esta compreensão, é claro, tem a ver com prática e esta prática tem a ver com um método. O método está contido nesta compreensão geral acerca da educação. Mas o que Freire nos propõe está muito além do método, está nos questionamentos acerca da própria educação, que para ele está na e fora da escola, da forma que hoje esta se coloca para os educandos onde quer que estes estejam. Por se referenciar também na fenomenologia, Freire está sempre em busca do conhecer, do mergulho empático na cotidianeidade do educando como fator essencial na construção do currículo.

A pedagogia do diálogo e o ato de liberdade

Paulo Freire sempre esteve à frente de seu tempo e, apesar de se referenciar no marxismo e na fenomenologia existencial, ele não se limita essas concepções, elas não funcionam como uma camisa de força para este educador visionário. Criando um pensamento pedagógico único e totalmente original, suas ideias se espalharam pelo mundo através de seus escritos. Ele não separava a educação e a política. Para ele a educação é um ato político: “a leitura da palavra deve ser inserida na compreensão da transformação do mundo” (Freire, 1989), ou seja, ao se viabilizar a leitura da palavra, o educador estaria ao mesmo tempo levando o educando a ler o mundo. E isto para ele é um ato político, pois está ligado a mudanças políticas e sociais.

Paulo Freire acredita que o dado fundamental das relações de todas as coisas no mundo é o diálogo. O diálogo é o sentimento de amor tornado ação, o diálogo amoroso, que é o encontro dos homens que se amam e que desejam transformar o mundo.

Segundo Freire, o diálogo não é só uma qualidade do modo humano de existir e agir. O diálogo é a condição desse modo, é o que torna humano o homem. O relacionamento professor-aluno precisa estar pautado no diálogo, ambos se considerando sujeitos no ato do conhecimento, numa relação horizontal. O autoritarismo tradicional que permeava a relação da educação tradicional precisa ser banido para dar lugar à pedagogia do diálogo. Contudo esta relação horizontal não acontece de forma imposta. Ela ocorre naturalmente quando educando e educador conseguem se colocar na posição do outro, tendo a consciência de que, ao mesmo tempo, são educandos e educadores.

Na pedagogia do diálogo insere-se também o conceito de educação para Freire, onde ninguém sabe tudo e ninguém é inteiramente ignorante. A educação não pode ser diminuidora da pessoa humana. Ela precisa levar à redenção. Por isso uma educação que reprime não é a que redime. Para Freire nós nos educamos em comunidade. Sua busca era por uma educação comprometida com os problemas da comunidade, o local onde se efetiva a “vida do povo”. A comunidade para ele é o ponto de partida e de chegada.

Portanto a Educação é um processo permanente. Ela não se esgota nos minutos de cada aula, não se prende aos muros escolares, exatamente porque não acontece exclusivamente na escola. Segundo Freire, nos educamos a vida inteira. Até o momento da morte para ele se constitui num ato educativo.
Márcio Balbino Cavalcanteprofessor, geógrafo e mestrando em Geografia.

Bibliografia:
·    FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 17.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
____________. Pedagogia do Oprimido. 13.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
Fonte: http://www.mundojovem.com.br/artigos/paulo-freire-e-a-reinvencao-do-ato-educativo

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Dizer o que precisa ser dito, no momento certo, para a pessoa certa e da maneira certa é o que denomina-se coragem gerencial. Você tem a coragem gerencial necessária para lidar com o que não está certo na sua empresa? Num Conflito Entre Estratégia e Cultura, a Cultura Ganha no Final. Sempre.


Dizer o que precisa ser dito, no momento certo, para a pessoa certa e da maneira certa é o que denomina-se coragem gerencial. Veja, numa organização todos veem, todos observam, todos ficam sabendo, todos ouvem coisas que, no final das contas, um outro alguém deveria escutar. Pois é, e na maioria das vezes não é algo positivo. Algo deu errado. Algo está sendo encoberto ou escondido. Algo não está sendo feito corretamente. Alguém não está tendo um bom desempenho. Alguém está no caminho errado… e por aí vai. E nesse contexto, algumas pessoas se manifestam e, como todos nós sabemos, talvez acabem sofrendo pressão. Mas uma coisa é inegável: elas tem coragem gerencial. Outras pessoas ficam caladas. Estas não tem essa coragem.

Levando este cenário comum em consideração, gostaria de compartilhar 10 dicas que podem não só ajudá-lo a refletir no assunto, mas também a fortalecer essa competência que, quando ausente, compromete o futuro das organizações. Veja a seguir:
Vá além dos rumores. É melhor estar certo ao apresentar dados negativos, seja sobre uma outra pessoa ou seja sobre uma unidade, processo ou erro de uma outra pessoa. Cuidado com os boatos e as fofocas. É melhor ter contato direto com os envolvidos e, se possível, verifique a questão com outras fontes (desde que isso não as prejudique). Pense em todas as outras alternativas factíveis, além da sua interpretação inicial. Verifique essas possibilidades. Trabalhe na sua mensagem, via um questionamento interno lógico, até poder declarer, em poucas frases e claramente, qual é a sua posição e porque você se decidiu por ela. Quando você se sentir confiante ou, melhor ainda, souber que está certo, siga em frente.
Envolva as pessoas certas. A regra básica é passar os dados sobre a situação para quem pode fazer o melhor uso dela. Limite o seu encaminhamento para uma única pessoa ou para o menor número possível de indivíduos. Considere a possibilidade de falar com a pessoa efetivamente envolvida e dê a ela a oportunidade de corrigir a questão (desde que não haja exposição a maiores riscos). Se isso não for possível, procure o próximo acima na hierarquia. Mas uma coisa é certa: não mande indiretas por meio de terceiros. Isso não é coragem gerencial.
Faça com que você seja claramente entendido. Seja sucinto. Sua capacidade de concentração fica ligeiramente limitada quando o feedback a ser dado é díficil. Portanto, não desperdice tempo com prêambulos, principalmente se o caso for de feedback negativo. Veja, se esse é o cenário e o interlocutor possivelmente está a par, então siga em frente e seja direto. Afinal, ele não vai mesmo esperar nada de positivo daquilo que você tem a dizer. Não sobrecarregue a pessoa ou o grupo emocionalmente, mesmo se tiver muito a dizer. Vá dos pontos específicos para os gerais. Limite-se aos fatos. Não doure a pílula. Não utilize uma linguagem excessivamente sentimental ou provocadora. Não siga em frente para prejudicar ou com o intuito de se vingar. Também não siga em frente se estiver num estado de ira ou fúria. Se existem sentimentos dominando-o, não exponha os mesmos, espere até poder melhor compreendê-los. A coragem gerencial surge na busca pelo melhor resultado, e não em prol da destruição dos demais. Fique calmo. Fique frio. Se os outros perderem a compostura, não responda. Apenas insista na sua verdade.
Traga soluções à tona sempre que possível. Ninguém gosta de críticos. Todos gostam daqueles que resolvem problemas. Ofereça às pessoas uma maneira de melhorar, não largue apenas os problemas em cima delas e vá embora. Diga aos demais o que você acha que seria melhor – enfatize diferentes possibilidades. Ajude os demais a ver as consequências – você pode perguntar o que eles acham e dizer quais são os efeitos sobre você, caso esteja envolvido pessoalmente (“eu pensaria duas vezes antes de trabalhar com você em X outra vez”).
Preocupe-se com os demais, mas sem perder firmeza. Não se esqueça da necessária compaixão em qualquer que seja a situação – mesmo que você tenha toda a razão, as emoções podem se desenrolar com intensidade. Mesmo que precise ser crítico, ainda assim pode estabelecer empatia com os demais ou ajudar mais tarde no encorajamento, quando a discussão ficar mais amena. Pratique mentalmente o que de pior pode acontecer. Antecipe o que a pessoa pode dizer e tenha respostas prontas para não ser pego de surpresa.
Não improvise, escolha o local e a hora mais apropriados. As organizações são um complexo labirinto, cheio de “distritos eleitorais”, disputas e rivalidades, envolvendo fortes egos, personalidades sensíveis e os famosos protetores de “impérios”. Para piorar, são compostas por PESSOAS, o que as torna ainda mais complicadas. Aqui, habilidade política significa saber passar pelo labirinto mensagens negativas, fazendo o menor ruído possível e com a maior eficácia possível. É necessário ser corajoso e cuidadoso ao mesmo tempo. Entregue as mensagens sempre em particular. Avise a pessoa sobre o que você quer conversar: “Estou preocupado como a maneira como X está sendo tratado e queria conversar com você à respeito”. Avalie as considerações políticas, mas não fique preso a elas. Escolha o momento certo. Um ambiente relaxado. Com tempo suficiente. Não tente resumir a conversa num elevador e, se for possível, deixe a pessoa escolher o horário e o local.
Entre no palco e fique sob os holofotes. Não é da sua conta? Sai pela tangente para evitar situações que demandam coragem gerencial? Por que? O que o está incomodando? Você está propenso a desistir diante de situações difíceis? Fica com medo de se expor? Não gosta de confitos? Ou o quê? Pergunte a si mesmo: qual é o lado de negativo de dar uma mensagem que você acha que é certa, e que eventualmente ajudará a organização, mas que poderá no curto prazo causar dor a alguém? Reflita sobre a sua resposta e lide com os seus medos: E se acabar se verificando que você estava errado? Considere qualquer mal entendido como uma oportunidade para aprender. E se a pessoa ou o grupo almejado fosse você? Mesmo que doesse, não seria bom que alguem chamasse a sua atenção a tempo de corrigir um problema, evitando assim danos significativos? O que você pensaria, se descobrisse mais tarde, que uma pessoa sabia o que estava acontecendo e não lhe disse nada, e você teve que gastar muito tempo e usar muita política para consertar o problema? Siga suas convicções. Siga os devidos processos. Mostre que está à altura dos desafios e assuma responsabilidades, independentemente do fato de ganhar ou perder. As pessoas construirão uma imagem cada vez melhor ao seu respeito com o passar do tempo. E isso não tem preço.
Foque o comportamento, não o indivíduo. Se você está envolvido pessoalmente e precisa passar uma clara mensagem a alguém que não atendeu suas expectativas, limite-se aos fatos e às consequências para você. Separe o evento da pessoa. Não há problema algum em ficar chateado com o comportamento e nem tanto com a pessoa, a menos que a transgressão seja repetitiva. Afinal, na maioria das vezes, ela não aceitará a mensagem de primeira. “Não estou contente com a maneira como apresentou minha posição durante a reunião”. Muitas pessoas ficam na defensiva. Não tente dar uma solução para o problema em todas as possíveis situações. Basta insistir na mensagem o suficiente até ter certeza que ela a compreendeu. Dê um tempo para a pessoa digeri-la. Seja realista e não espere aceitação instantânea. Não espere que a pessoa lhe agradeça. Apenas passe a mensagem de forma clara e firme, sem ameaçar.
Se necessário, escale a hierarquia. As vezes a seriedade da situação exige uma ação mais drástica. Lembre-se de que está fazendo isso pelo bem coletivo da organização e que não está em jogo tirar vantagens pessoais ou buscar vingança. Prepare-se para ir até o fim, mesmo que isso o coloque contra um colega ou mesmo um superior. Se sua mensagem inicial foi rejeitada, acobertada, negada, escondida ou camuflada e você ainda estiver convencido da sua exatidão, procure a próxima pessoa na hierarquia até o assunto ser resolvido (ou até alguém, com autoridade dois níveis ou mais acima da ocorrência ou da pessoa, pedir para parar). Se tiver um mentor, peça para ele aconselhá-lo durante todo o processo. Aviso: em um estudo sobre delatores, 100% das pessoas que fracassaram falaram de maneira muito genérica, associando a mensagem a valores de grande porte, como integridade. Todos os casos de sucesso lidaram com uma questão específica: o problema e suas consequências. Eles não generalizaram absolutamente nada.
Seja equilibrado e evite a reputação de pessimista. Não ganhe a reputação de carrasco ou crítico de plantão da organização. Tente com o passar do tempo dar informações tanto positivas como negativas. Monitore aqueles que perderam as batalhas –se tiver que trabalhar novamente com estas pessoas, faça algo mais tarde que demonstre boa vontade. Elogie o êxito deles, compartilhe alguma coisa, ajude-os a concretizar algo. Você precisa equilibrar a balança. Escolha as lutas nas quais quer se envolver. Veja, se acabar com a reputação de uma Cassandra ou de um Dom Quixote, tudo o que você dizer terá um desconto e encontrará oposição, mesmo quando estiver claramente correto.

Espero que estas dicas o ajudem a refletir com profundidade. Como disse o escritor Mark Twain, “Coragem é a resistência ao medo, é o dominio dele, não a sua ausência”.







Pablo

domingo, 2 de junho de 2013

Capacidade…sem vontade? De fato a escassez de mão de obra qualificada tem sido tema comum para inúmeros estudiosos, gestores de RH, educadores, executivos. Segundo o Jornal da Tarde o Brasil está na 3ª colocação no ranking dos países que mais têm dificuldade em encontrar profissionais qualificados. O índice de empresários brasileiros que dizem não achar no mercado pessoas adequadas ao trabalho é de 57%.



Um dos assuntos que muito me chama a atenção ultimamente é sobre o tema da escassez da mão de obra qualificada. Irei abordar um problema atual, por outro prisma.

De fato a escassez de mão de obra qualificada tem sido tema comum para inúmeros estudiosos, gestores de RH, educadores, executivos.

Segundo o Jornal da Tarde o Brasil está na 3ª colocação no ranking dos países que mais têm dificuldade em encontrar profissionais qualificados. O índice de empresários brasileiros que dizem não achar no mercado pessoas adequadas ao trabalho é de 57%.

Este problema está ligado principalmente a nosso sistema educacional: o baixo investimento na educação técnica, a má qualidade do ensino superior, os baixos salários dos professores. É um problema que não se resolverá rapidamente, é necessária uma mudança imediata de postura do poder público, para reverter o quadro da educação Brasileira, bem como a inserção de iniciativas privadas, como a abertura de universidades corporativas (ação já adotada por algumas empresas, e que será tema de um artigo daqui algumas semanas).

Agora eu lhe pergunto: na sua Cia, você tem dificuldade de encontrar mão de obra qualificada?

Olhando para o segmento do mercado de Televendas e Cobrança e mais especificamente de Call Center um dos fatores considerados como diferenciais dentro deste momento de escassez de mão de obra qualificada, é a capacidade de desenvolver talentos e formar pessoas para o mercado de trabalho. Muitos iniciam sem formação, alguns em seu primeiro emprego, aprendem como trabalhar, desenvolvem seus talentos, buscam uma formação, e crescem na Cia. É verdadeiramente uma oportunidade para aqueles que realmente desejam e querem crescer profissionalmente e também como pessoa.

É exatamente neste ponto que quero chamar a atenção, pois é um ponto de contradição: Se este mercado dá muitas oportunidades, até mesmo para aqueles que ainda não possuem uma formação, por que temos encontrado dificuldade em desenvolver novos talentos, ou fazer com que talentos desenvolvidos rendam o esperado dentro de nosso mercado?

Sem querer ser simplista, mas a questão esta ligada ao desejo e a vontade da pessoa em desempenhar uma função ou uma atividade.

Até mesmo pessoas com boa formação, com uma boa experiência, podem aparentemente não demonstrar vontade de crescimento, ou desejo de realização.

Ao delegar uma atividade, se você percebe que a pessoa tem capacidade de fazer, mas não quer realizar, e por este motivo realiza mal, entrega sem qualidade, gera retrabalho, e afeta assim a produtividade da equipe ou Cia.

Logicamente, existe um ponto comportamental a ser ponderado, pois a geração atual tem menor compromisso com o trabalho e as empresas que a geração anterior, o que explica um pouco o momento que estamos passando.

Mas a capacidade sem vontade é improdutiva. Precisamos reavaliar alguns pontos inicialmente para identificar por que temos pessoas capacitadas, mas que não tem vontade ou desejo de realização na Cia.

Para responder estas perguntas e contrapor estas afirmações, devemos cumprir algumas etapas: avaliando nosso ambiente/clima, avaliar o colaborador, realizar um feedback e um plano de desenvolvimento.

Primeiro olhe o clima organizacional ou da sua equipe. Realize algumas perguntas básicas.
Os colaboradores da minha equipe se identificam com a missão e os valores da Cia?
Eles conhecem a história da Cia e para que ela existe? Quais produtos ou serviços ela vende?
Eles estão alinhados com o plano estratégico da Cia?
A infraestrutura de trabalho é adequada a atividade que eles realizam?
O Ambiente da Cia ou equipe é considerado bom pelos integrantes da equipe?
As atividades são demandadas de maneira clara e objetiva?
A distribuição de atividades é realizada de maneira justa e adequada para cada membro da equipe?
As metas são claras e desafiantes? Elas são atingíveis?
Eles sabem o que precisam entregar e/ou melhorar para futuro crescimento?

Estas são algumas perguntas que podem ser realizadas, para avaliar o que está impactando o colaborador e sua motivação e porque está respondendo de forma inadequada as demandas que lhe são direcionadas.

As empresas devem buscar oferecer o melhor ambiente e infra possíveis para que o colaborador produza mais. Porém além das respostas (positivas ou negativas) as questões acima, sua abordagem também passa a ser individual. Sua avaliação tem que ser sobre o colaborador em questão. Investigue o momento que ele está vivendo, e o que pode estar afetando a sua produtividade e entrega. Dê-lhe um feedback claro e objetivo com os pontos a melhorar e também o escute, para saber a sua opinião sobre o trabalho, seus gestores e a Cia em si. Corrija o percurso e indique o caminho que ele precisa percorrer para garantir a entrega que a empresa espera. Realize em conjunto com ele um plano de desenvolvimento com etapas e datas bem definidas.

Lembre-se que diante do cenário atual é importante você não tomar uma decisão precipitada, mas sim garantir o desenvolvimento e motivação dos colaboradores. Nem sempre isto é fácil, mas lembre-se que você deve aliar capacidade e vontade para que sua equipe entregue resultados satisfatórios.

Desejo efetivamente que você tenha sucesso em sua gestão.


…Blog Televendas & Cobrança

Em 2040, 57% da força de trabalho será composta por profissionais com mais de 45 anos. Envelhecimento da população gera novos desafios para o RH.



Em 2040, 57% da força de trabalho será composta por profissionais com mais de 45 anos

A população brasileira – e consequentemente a forca de trabalho – está cada vez mais velha. Esse fator, somado ao problema da escassez de profissionais qualificados, vai fazer muito profissional de RH redefinir o conceito de talento em sua empresa e rever as políticas e práticas de gestão. Mas nem todas as companhias estão atentas a essa realidade.

Um estudo realizado pela consultoria PwC e pela Fundação Getúlio Vargas apontou alguns dos principais desafios para a área de gestão de pessoas neste cenário. A pesquisa ressalta que a retenção dos profissionais mais experientes no mercado será necessária não apenas por questões relacionadas ao equilíbrio das contas da Previdência Social, mas como alternativa para a escassez de mão de obra especializada e sustentação do crescimento econômico.

O problema é que 63% das companhias sondadas nessa pesquisa não enxergam a força de trabalho mais velha como uma alternativa para a escassez de talentos. Essa visão, segundo o estudo, se reflete na ausência de práticas para atrair e reter profissionais mais experientes nas equipes, já que 56% das companhias não possuem campanhas específicas para contratação de trabalhadores nesta faixa de idade, e em 58% das firmas a idade ainda é um fator relevante para definição dos candidatos.

“No Brasil, se fala muito em Geração Y, mas não sobre o envelhecimento dessa geração”, diz Maria José Tonelli, uma das coordenadoras da pesquisa.

Para 94% das empresas, o lado mais positivo da contratação de tais profissionais é a transmissão de experiência e conhecimentos úteis para os mais jovens, mas para que isso se concretize no dia-a-dia corporativo, algumas práticas devem ser adotadas pelas equipes. Exemplos de tais medidas seriam atividades de treinamento e desenvolvimento envolvendo diferentes faixas etárias (inexistentes em 45% das empresas) e programas de mentoring (não adotados em 50% das organizações).

As pessoas com mais de 60 anos são reconhecidas como mais equilibradas emocionalmente por 96% dos líderes sondados, além de serem considerados os melhores em solucionar problemas por 86%.

Por outro lado, grande parte das empresas (63%) entende que os profissionais mais velhos já estão acomodados em decorrência da proximidade da aposentadoria. Essa visão pode estar equivocada, já que o estudo da PwC e da FGV cita uma pesquisa feita pela Assoiação Americana das Pessoas Aposentadas com o seguinte dado: 80% dos profissionais da geração Baby Boomer esperam e desejam se manter ativos na carreira durante a aposentadoria. Junto com a experiência e lealdade, esperam trabalhar em condições que lhes permita ter autonomia e flexibilidade, com jornadas de trabalho reduzidas e com a opção de home office.

Recomendações

Para as empresas que desejam revisar suas práticas de gestão para acompanhar essas mudanças, o estudo numera alguns pontos a serem observados. Um deles trata a integração dos profissionais mais velhos à força de trabalho. Para isso, é preciso trabalhar a cultura da companhia.

“Gerentes e empregados precisam ser educados sobre esses profissionais a fim de não alimentar estereótipos e preconceitos nocivos. Percepções inapropriadas – como a de que os mais velhos são menos produtivos, inflexíveis e inábeis para aprender novas tecnologias – têm tradicionalmente criado barreiras para a inclusão desses profissionais no mercado”, diz o estudo.

Televendas & Cobrança.