visitantes desde Abril 2011

free counters

domingo, 29 de abril de 2012

codigo Florestal. Em Ecologia, resiliência é a capacidade de um determinado ecossistema de retomar sua forma original após uma perturbação. Pode também ser definida como o limite da resistência do ecossistema a uma mudança para que esta não se converta numa situação irreversível.



 ARI RANGEL
“A Natureza consubstancia o santuário em que a sabedoria de Deus se torna visível”1

Ultimamente, temos visto muitos desastres naturais, catástrofes e para nós, brasileiros, quando chega o verão, estação em que as chuvas são mais abundantes, estes tristes acontecimentos envolvendo a natureza se intensificam. E por que tantas tempestades, tantas inundações, tantas catástrofes? Por que até tornados, furacões, fenômenos que antes não aconteciam em nosso país agora estão acontecendo? O que será que está havendo? O que a Doutrina Espírita nos ensina a respeito? Estes acontecimentos têm alguma relação com a Lei de Destruição, observada pelos espíritos, em O Livro dos Espíritos?... Reflitamos...

Causas...
A terceira parte de O Livro dos Espíritos, que fala das Leis Morais, em seu capítulo VI, ensina-nos sobre a Lei de Destruição, uma lei natural, necessária à própria renovação da natureza e conseqüentemente, da perpetuidade da vida, mas que nada tem a ver com a destruição decorrente das atividades e ações humanas, ou seja, provocada pelo homem e que tem degradado dia-a-dia o planeta Terra como a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo, o gás, o carvão; o desmatamento; a queimada de matas e florestas; a emissão de gases poluentes, também conhecidos como gases de efeito estufa, que aceleram superlativamente o aquecimento global e que têm provocado, em todo o planeta, uma devastação sem precedentes na história, como o derretimento das calotas polares e consequentemente o aumento do nível dos oceanos e a sua acidificação; a desertificação de florestas; a perda gradativa da biodiversidade; os problemas na agricultura; o aumento de refugiados ambientais; as epidemias e, a continuar a elevar-se a temperatura média como prevêem os cientistas, a intensificação dos chamados desastres naturais, os mesmos que estamos assistindo e/ou vivendo, tanto aqui, no Brasil, como nos quatro cantos do planeta, inclusive ceifando muitas vidas humanas, principalmente aquelas mais expostas às regiões onde estes fenômenos são mais intensos. Fácil, compreender, então, que estes tristes acontecimentos são, fundamentalmente, frutos, não de uma lei natural de destruição, mas, consequência de atividades humanas irresponsáveis e inconsequentes, desde a Revolução Industrial, quando a produção e o consumo (exagerados) passaram a alterar o clima do planeta. A esta “resposta” à intervenção desmedida do homem na natureza dá-se o nome de resiliência. Em Ecologia, resiliência é a capacidade de um determinado ecossistema de retomar sua forma original após uma perturbação. Pode também ser definida como o limite da resistência do ecossistema a uma mudança para que esta não se converta numa situação irreversível. Fácil concluir, portanto, que a destruição a que assistimos é de natureza humana, antrópica e não o produto natural da chamada Lei de Destruição. Esta verdadeira hecatombe ecológica que tem grassado muito próximo de nós é mais um sinal desta mudança climática, cujo autor é unicamente o homem.

(Des)construindo um planeta melhor...

Alguns irmãos espíritas, provavelmente, vejam com certa reserva e até com certa incredulidade, a necessidade de adotarmos atitudes ambientalmente responsáveis e sustentáveis para melhorarmos a catastrófica face do planeta, partindo daquela premissa de que a Terra está em transição de um mundo de expiações e provas para um mundo de regeneração, e que, portanto, estas atitudes são um tanto quanto redundantes. Em um excelente livro, Espiritismo e Ecologia, o jornalista e especialista em meio ambiente, espírita, André Trigueiro, nos chama a atenção para uma mensagem de Santo Agostinho, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo III, a despeito desta premissa determinista, de que transitamos para um mundo melhor: “(...) às vicissitudes de que não estão isentos senão os seres completamente desmaterializados; há ainda provas a suportar (...) nesses mundos, o homem ainda é falível, e o Espírito do mal não perdeu, ali, completamente o seu império. Não avançar é recuar, e se não está firme no caminho do bem, pode voltar a cair nos mundos de expiação, onde o esperam novas e terríveis provas“. O autor nos chama muito bem a atenção para que não aguardemos de braços cruzados este salto evolutivo, sem nenhum prejuízo futuro. Precisamos, sim, dar o nosso contributo, vivendo como seres integrais as responsabilidades que nos cabem no uso dos recursos naturais (finitos!) e como co-autores do planeta, responsáveis pela sua sustentabilidade, que presentemente nos acolhe, e, quiçá, amanhã, quando pelas portas da reencarnação retornarmos para novas experiências, possamos (re)encontrar boas reservas de água doce, boa qualidade do ar, amplos espaços verdes preservados, enfim, providências que se não forem adotadas hoje, mudando, aqui e agora, nossa forma predatória de viver, seremos os legítimos e justos herdeiros de nossa própria imprevidência e indiferença...

No centro dos centros...

É óbvio que neste cenário de extrema preocupação, sem nenhuma retórica alarmista ou falaciosa, cabe-nos a todos uma mudança radical de valores frente à devastação planetária; sociedade civil, governos, empresas, igrejas, enfim, todos nós, e, neste particular também às casas espíritas um papel primordial de trazer o debate em seus círculos de palestras e estudos, a fim de que não descuidemos de um tema tão urgente e que muito nos diz respeito, para nos alfabetizarmos ambientalmente e incorporarmos e vivenciarmos, de fato, posturas ecologicamente corretas. Um grande exemplo, neste sentido, deu a Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros, a CNBB, quando por dois anos distintos, em sua campanha anual de fraternidade, levou até seus fíéis os temas: água e Amazônia, com amplas discussões, propostas e diretrizes, discutidos em todo Brasil. Conforme assevera André Trigueiro em seu maravilhoso livro Espiritismo e Ecologia, são ciências afins, sinérgicas. Se o Espiritismo, como já foi dito, é uma revolução, na melhor acepção desta palavra, o movimento espírita não pode e nem deve deixar de lado um tema tão capital quanto a sustentabilidade da vida neste planeta degradado. Que em nossos ideários coloquemos, antes de nossas pretensões azuis celestes, prioritariamente, um planeta necessariamente mais verde esperança, agindo, aqui e agora, como cidadãos espíritas, cônscios da imensa responsabilidade que nos pesa com as informações que já dispomos! Ecologia quer dizer, literalmente, estudo da casa. Portanto, palestras, fóruns, seminários, estudos, Já!!!... Afinal, centro espírita é ou não é uma um espaço amplamente educativo? Saudações ecológicas!

Bibliografia
1 Conduta Espírita (André Luiz/Waldo Vieira), FEB, página 113, 14ª edição
Espiritismo e Ecologia, FEB, André Trigueiro - 1ª edição
Le Monde Diplomatique Brazil, ano 3, número 29
Revista Veja, edição 2143
Revista Isto É, edições 2093 e 2096
Site Mundo Sustentável
Site Akatu
O Livros dos Espíritos, FEB, 1ª edição do Sesquicentenário
O Evangelho Segundo O Espiritismo, Fundação Espírita André Luiz, 1ª edição, 1996





quinta-feira, 26 de abril de 2012

Reflexão: Só para pessoas que sabem refletir!!! Vejamos se entendo: estar no Círculo sempre nos faz infelizes?


Era uma vez um Rei muito triste; que tinha um pajem, que como todo pajem de um Rei triste, era muito feliz... Todas as manhãs, o pajem chegava com o desjejum do seu Amo, sempre rindo e cantarolando alegres canções... O sorriso sempre desenhado em seu rosto, e a atitude para com a vida sempre serena e alegre...


 
Um dia o Rei mandou chamá-lo:

 
- Pajem - disse o Rei - qual é o seu segredo?

 
- Qual segredo, Alteza?

 
- Qual o segredo da tua alegria?

 
- Não existe nenhum segredo, Majestade...

 
- Não minta, pajem... bem sabes que já mandei cortar muitas cabeças por ofensas menores do que a sua mentira!

 
- Mas não estou mentindo! Não guardo nenhum segredo.

 
- E por que estás sempre alegre e feliz?

 
- Majestade, eu não tenho razões para estar triste: muito me honra servir à Vossa Alteza, tenho minha esposa e meus filhos, e vivemos na casa que a Corte nos concedeu; somos vestidos e alimentados, e sempre recebo algumas moedas de prata para satisfazer alguns gostos.... como não estar feliz?


 
- Se você não me disser agora mesmo qual é o seu segredo, mandarei decapitá-lo - disse o Rei - Ninguém pode ser feliz por essas razões que você me deu!

 
- Mas Majestade, não há nenhum segredo... Nada me satisfaria mais do que sanar a vossa curiosidade, mas realmente não há nada que eu esteja escondendo.

 
- Vá embora daqui antes que eu chame os guardas.

 
O pajem sorriu, fez a habitual reverência e deixou o Rei em seus pensamentos.

 
O Rei estava como louco.

 
Não podia entender como o pajem poderia ser feliz vivendo em uma casa que não lhe pertencia, usando roupas de terceira mão e se alimentando dos restos dos cortesãos.

 
Quando se acalmou mandou chamar o mais sábio de seus conselheiros, e lhe contou a conversa que tivera com o pajem pela manhã.

 
Sábio, por que ele é feliz?


 
- Ah, Majestade! O que acontece é que ele está fora do Círculo...

 
- Fora do Círculo?

 
- Sim.

 
- E é isso o que faz dele uma pessoa feliz?

 
- Não, Majestade. Isso é o que não o faz infeliz...

 
- Vejamos se entendo: estar no Círculo sempre nos faz infelizes?

 
- Exato.

 
- E como ele saiu desse tal Círculo?

 
- Ele nunca entrou.

 
- Nunca entrou? Mas que Círculo é esse?

 
- É o Círculo dos 99...

 
- Realmente não entendo nada do que você me diz.

 
- A única maneira para que Vossa Alteza entenda seria mostrando pelos fatos.

 
- Como?

 
- Fazendo com que ele entre no Círculo.

 
Isso! Então o obrigarei a entrar!


 
- Não, Alteza, ninguém pode ser obrigado a entrar...

 
- Então teremos que enganá-lo

 
- Não será necessário... se lhe dermos a oportunidade, ele entrará por si mesmo.

 
- Por si mesmo? Mas ele não notará que isso acarretará sua infelicidade?

 
- Sim, mas mesmo assim entrará... Não poderá evitar!

 
- Me diz que ele saberá que isso será o passo para a infelicidade e que mesmo assim entrará?

 
- Sim. O senhor está disposto a perder um excelente pajem para compreender a estrutura do Círculo?

 
- Sim.*

 
- Então nesta noite passarei a buscar-lhe. Deves ter preparada uma bolsa de couro com 99 moedas de ouro. Mas devem ser exatas 99, nem uma a mais, nem uma a menos.

 
- O que mais? Devo levar escolta para proteger-nos?

 
- Nada mais do que a bolsa de couro, Majestade...

 
- Então vá. Nos vemos à noite

 
Assim foi...


 
Nessa noite o sábio buscou o Rei e juntos foram até os pátios do Palácio.

 
Se esconderam próximo à casa do pajem, e lá aguardaram o primeiro sinal.

 
Quando dentro da casa se acendeu a primeira vela, o sábio pegou a bolsa de couro e junto a ela atou um papel que dizia as seguintes palavras: "Este tesouro é teu. É o prêmio por seres um bom homem. Aproveite e não conte a ninguém como encontrou esta bolsa".

 
Logo deixou a bolsa com o bilhete na porta da pajem. Golpeou uma vez e correu para esconder-se. Quando o pajem abriu a porta, o sábio e o Rei espiavam por entre as árvores para verem o que aconteceria. O pajem viu o embrulho à sua porta, olhou para os lados, leu o papel, agitou a bolsa e, ao escutar o som metálico, estremeceu dos pés à cabeça, apertou a bolsa contra o peito e rapidamente entrou em sua casa.

 
O Rei e o sábio se aproximaram então da janela para presenciar a cena.

 
O pajem havia despejado todo o conteúdo da bolsa sobre a mesa, deixando somente a vela para iluminar. Havia se sentado e seus olhos não podiam crer no que estavam vendo..

 
Era uma montanha de moedas de ouro !


 
Ele, que nunca havia tocado em uma dessas, de repente tinha um monte delas...

 
Ele as tocava e amontoava, acariciava e fazia brilhar à luz da vela.

 
Juntava e esparramava, fazendo pilhas...

 
E assim, brincando, começou a fazer pilhas de 10 moedas. Uma, duas, três, 4, 5.... e enquanto isso somava 10, 20, 30, 40, 50... até que formou a última pilha... 99 moedas?

 
Seu olhar percorreu a mesa primeiro, buscando uma moeda a mais, logo o chão e finalmente a bolsa. "Não pode ser" – pensou.

 
Pôs a última pilha ao lado das outras 9 e notou que realmente esta era mais baixa.

 
- Me roubaram! Me roubaram - gritou

 
Uma vez mais procurou por todos os cantos, mas não encontrou o que achava estar faltando....

 
Sobre a mesa, como que zombando dele, uma montanha resplandecia e lhe fazia lembrar que haviam SOMENTE 99 moedas. "99 moedas... é muito dinheiro"- pensou -


 
"Mas falta uma... Noventa e nove não é um número completo. 100 é, mas 99 não..."

 
O Rei e o sábio espiavam pela janela e viam que a cara do pajem já não era mais a mesma: ele estava com as sobrancelhas franzidas, a testa enrugada, os olhos pequenos e o olhar perdido... sua boca era uma enorme fenda, por onde apareciam os dentes que rangiam..

 
O pajem guardou as moedas na bolsa, jogou o papel na lareira e olhando para todos os lados e constatar que ninguém havia presenciado a cena, escondeu a bolsa por entre a lenha. Pegou papel e pena e sentou-se a calcular. Quanto tempo teria que economizar para poder obter a moeda de número 100?

 
O tempo todo o pajem falava em voz alta, sozinho...Estava disposto a trabalhar duro até conseguir. Depois, quem sabe, não precisaria mais trabalhar... com 100 moedas de ouro ninguém precisa trabalhar.


 
Finalizou os cálculos. Se trabalhasse e economizasse seu salário e mais algum extra que recebesse, em 11 ou 12 anos conseguiria o necessário para comprar a última moeda.

 
" Mas 12 anos é tempo demais... Se eu pedisse à minha esposa que procurasse um emprego no vilarejo, e se eu mesmo trabalhasse à noite, em 7 anos conseguiríamos" - concluiu depois de refazer os cálculos -

 
"Mesmo sendo muito tempo, é isso o que teremos que fazer..."

 
O Rei e o sábio voltaram ao Palácio.

 
Finalmente o pajem havia entrado para o Círculo dos 99!!!

 
Durante os meses seguintes, o pajem seguiu seus planos conforme havia decidido naquela noite.

 
Numa manhã, entrou nos aposentos reais com passos fortes, batendo nas portas, rangendo dentes e bufando com todo o mau humor típico dos ultimos tempos...

 
O que lhe acontece, pajem? - perguntou o Rei de bom grado


 
- Nada, não acontece nada...

 
- Antigamente, não faz muito, você ria e cantava o tempo todo...

 
- Faço ou não o meu trabalho?

 
- O que Vossa Alteza esperava?

 
- Que além de pajem sou obrigado a estar sempre bem por que assim o deseja?

 
Não se passou muito e o Rei despediu o seu pajem, afinal, não era nada agradável para um Rei triste ter um pajem mau humorado o tempo todo...

 

 

 

 

 
Você, Eu e todos ao redor fomos educados nessa psicologia: Sempre falta algo para estarmos completos, e somente completos podemos gozar do que temos...

 
Portanto, nos ensinaram que a Felicidade deve esperar até estar completa com aquilo que falta. E como sempre falta algo, a idéia volta ao início e nunca se pode desfrutar plenamente da vida...Mas, o que aconteceria se a iluminação chegasse às nossas vidas e nos déssemos conta, assim, de repente, que nossas 99 moedas são os nossos 100% ?


 
Que nada nos faz falta?

 
Que ninguém tomou aquilo que é nosso?

 
Que não se é mais feliz por ter 100 e não 99 moedas?

 
Que tudo é uma armadilha posta à nossa frente para que estejamos sempre cansados, mau humorados, desanimados, infelizes?

 
Uma armadilha que nos faz empurrar cada vez mais e ainda assim tudo continue igual... eternamente iguais e insatisfeitos....

 
Quantas coisas mudariam se pudéssemos desfrutar de nosso tesouro tal como é!!!

 
Se este é o seu problema, a solução para sua vida está em saber valorizar o que você tem ao seu redor, e não lamentar-se por aquilo que não tem ou que poderia ter...



terça-feira, 24 de abril de 2012

A Morte na visão Espírita. A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação.

 



Toda religião procura confortar os homens, ante a esfinge da morte. A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação. Toda religião admite a sobrevivência.

A Doutrina Espírita não apenas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuísmo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra. Toda religião afirma que o mal será punido, para lá do sepulcro. A Doutrina Espírita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas também destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação. Toda religião ensina que a alma será expurgada de todo o erro, em regiões inferiores. A Doutrina Espírita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as conseqüências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação. Toda religião fala do céu, como sendo estância de alegria perene. A Doutrina Espírita não apenas mostra que o céu existe, por felicidade suprema no espírito que sublimou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da Humanidade ainda situados na sombra. Toda religião encarece o amparo da Providência Divina às almas necessitadas. A Doutrina Espírita não apenas confirma que o amor infinito de Deus abraça todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras. Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores. Para todos eles, a desencarnação em atendimento às ordenações da Vida Maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer.

Emmanuel

domingo, 22 de abril de 2012

Interpretação dos sonhos e a Doutrina Espírita...os sonhos comuns são “aqueles em que nosso Espírito, desligando-se parcialmente do corpo...

 


Martins Peralva, em seu livro 'Estudando a Mediunidade', no capítulo XVII, descreve três tipos de sonhos: comuns, reflexivos e espíritas. De acordo com Peralva, os sonhos comuns são “aqueles em que nosso Espírito, desligando-se parcialmente do corpo, vê-se envolvido e dominado pela onda de imagens e pensamentos seus e do mundo exterior, uma vez que vivemos num misterioso turbilhão das mais desencontradas ideias”. Neste caso, os sonhos seriam a resultante das atividades cerebrais do indivíduo.

Como sonhos reflexivos, Peralva categoriza aqueles em que “a alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente e plasmadas na organização perispiritual”. Este caso é uma variante do primeiro, com a diferença que os elementos constitutivos da recordação onírica são decorrentes das experiências do Espírito, independente das suas memórias orgânicas. Já nos sonhos espíritas, “a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e afetiva, facultando meios de nos encontrarmos com parentes, amigos, instrutores e, também, com nossos inimigos, desta e de outras vidas”.

Esta classificação está de acordo com as respostas dadas pelos Espíritos Benfeitores à Allan Kardec em 'O Livro dos Espíritos', além das próprias ponderações do Codificador. Logo na questão 401, a Espiritualidade informa que durante o sono, o Espírito “percorre o espaço e entra em relação mais direta com os outros Espíritos”, dando-nos conta da possibilidade dos sonhos espíritas. Esta possibilidade é ampliada na pergunta 402, quando afirmam ter o Espírito a capacidade de “lembrança do passado e às vezes a previsão do futuro”. E Kardec completa: “os sonhos são o produto da emancipação da alma (...) Daí também a lembrança que retraça na memória os acontecimentos verificados na existência presente ou nas existências anteriores” (comentários de Allan Kardec à questão 402).

Kardec trata também dos sonhos denominados "comuns", destacando que nem sempre lembramos daquilo que vimos durante o sono, apontando como causa deste esquecimento o pouco desenvolvimento de nossa alma. Em decorrência disso, com maior frequência temos sonhos desta natureza, resultado principalmente da “perturbação que acompanha a vossa partida e a vossa volta, a que se junta a lembrança do que fizestes ou do que vos preocupa no estado de vigília” (comentário de Kardec à questão 402).

Lembramos que esta classificação não é definitiva e apenas nos possibilita, didaticamente, compreender melhor este fenômeno tão importante. Cumpre ressaltar ainda que as lembranças que temos dos sonhos geralmente são fragmentárias, agregadas por cenas e situações vivenciadas durante a vigília. Mesmo os sonhos espíritas, resultado de nossa vivência no Mundo Espiritual, não são lembranças fiéis, uma vez que, mesmo dormindo, não nos desprendemos completamente de nossas ideias e preocupações.




terça-feira, 17 de abril de 2012

Provas da existencia de Deus.



Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou:


- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?

O crente fiel respondeu:
- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.


- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou-se:
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?
- Pela marca do ourives.
- O empregado sorriu e acrescentou:


- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?
- Pelos rastos - respondeu o chefe, surpreendido.
Então, o velho convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:


- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!
Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.

Mei Mei - Chico Xavier

Provar que Deus existe é muito facil dificil é provar que ele não existe, pois então teriamos que explicar um efeito inteligente ter vindo de uma causa não Inteligente, se Deus não existisse teriamos que inventa-lo para explicar o Universo.

Livro dos espiritos na Questão 4 encontramos a seguinte pergunta de Allan Kardec:

4. Onde se pode encontrar a prova da existência de Deus? ( E a resposta é um primor de acertiva)

“Num axioma que aplicais às vossas ciências. Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem e a vossa razão responderá.”

Para crer-se em Deus, basta se lance o olhar sobre as obras da Criação. O Universo existe, logo tem uma causa. Duvidar da existência de Deus é negar que todo efeito tem uma causa e avançar que o nada pôde fazer alguma coisa.


sábado, 14 de abril de 2012

Posto, logo existo “Tão preocupadas em existir para os outros, as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo, ou seja, namorando, indo à praia, trabalhando, viajando, lendo, estudando”

                                                                                                
                                                                                                        Martha Medeiros.Começam a pipocar alguns debates sobre as consequências de se passar tanto tempo conectado à internet. Já se fala em “saturação social”, inspirado pelo recente depoimento de um jornalista do “The New York Times” que afirmou que sua produtividade no trabalho estava caindo por causa do tempo consumido por Facebook, Twitter e agregados, e que se vê hoje diante da escolha entre cortar seus passeios de bicicleta ou “alguns desses hábitos digitais que estão me comendo vivo”.




Antropofagia virtual. O Brasil, pra variar, está atrasado (aqui, dois terços dos usuários ainda atualizam seus perfis semanalmente), pois no resto do mundo já começa a ser articulado um movimento de desaceleração dessa tara por conexão: hotéis europeus prometem quartos sem wi-fi como garantia de férias tranquilas, empresas americanas desenvolvem programas de softwares que restringem o acesso a web, e na Ásia crescem os centros de recuperação de viciados em internet. Tudo isso por uma simples razão: existir é uma coisa, viver é outra.
Penso, logo existo. Descartes teria que reavaliar esse seu cogito, ergo sum, pois as pessoas trocaram o verbo pensar por postar. Posto, logo existo.
Tão preocupadas em existir para os outros, as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo, ou seja, namorando, indo à praia, trabalhando, viajando, lendo, estudando, cercados não por milhares de seguidores, mas por umas poucas dezenas de amigos. Isso não pode ter se tornado tão obsoleto.
Claro que muitos usam as redes sociais como uma forma de aproximação, de resgate e de compartilhamento — numa boa. Se a pessoa está no controle do seu tempo e não troca o virtual pelo real, está fazendo bom uso da ferramenta. Mas não tem sido a regra. Adolescentes deixam de ir a um parque para ficarem trancafiados em seus quartos, numa solidão disfarçada de socialização. Isso acontece dentro da minha casa também, com minhas filhas, e não adianta me descabelar, elas são frutos da sua época, os amigos se comunicam assim, e nem batendo com um gato morto na cabeça delas para fazê-las entender que a vida está lá fora. Lá fora!! Não me interessa que elas existam pra Tati, pra Rô, pro Cauê. Quero que elas vivam.
O grau de envolvimento delas com a internet ainda é mediano e controlado, mas tem sido agudo entre muitos jovens sem noção, que se deixam fotografar portando armas, fazendo sexo, mostrando o resultado de suas pichações, num exibicionismo triste, pobre, desvirtuado. São garotos e garotas que não se sentem com a existência comprovada, e para isso se valem de bizarrices na esperança de deixarem de ser “ninguém” para se tornarem “alguém”, mesmo que alguém medíocre.
Casos avulsos, extremos, mas estão aí, ao nosso redor. Gente que não percebe a diferença entre existir e viver. Não entendem que é preferível viver, mesmo que discretamente, do que existir de mentirinha para 17.870 que não estão nem aí.

Martha Medeiros.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Você é um profissional sustentável? Para quem pensa no meio ambiente, não basta só ter esse pensamento dentro de casa, a sustentabilidade tem que ser aplicada em todos os lugares, até no trabalho .


Pensar no futuro do planeta não é uma tarefa particular, ela deva ser unânime, mas nem todos têm a mesma consciência. Uma atitude sustentável parte de cada um de nós. No ambiente de trabalho não é diferente, porém, algumas empresas visando o bem do planeta, mantêm atitudes sustentáveis, ou seja, consomem e utilizam produtos de outras empresas ambientalmente responsáveis, mas nada disso funciona se você não estiver fazendo a sua parte!

Quando precisa rapidamente anotar alguma coisa o que você faz? Pega uma folha nova na impressora ou tem separadas aquelas folhas usadas com o verso em branco, sim o famoso rascunho? São pequenas atitudes que geram grandes resultados para o nosso meio ambiente. Já pensou em quantas árvores foram derrubadas para manter essa papelada toda que os escritórios usam?!
E a água e o cafezinho? Onde você costuma tomar? Ao invés de usar um copinho plástico para cada vez que for tomar água, não seria melhor trazer de casa um squeeze ou uma caneca? E aquela brisa natural que vem de fora, às vezes não é bem mais agradável do que o gelo do ar condicionado que consome bastante energia?

Falando em energia, ao sair para o almoço, por exemplo, você desliga o monitor do seu computador? Apesar de o desperdício ser pouco, ao pensar em todos os computadores da empresa multiplicando isso pelos dias do mês, a proporção pode ser bem considerável.
Motive seus colegas e mantenha essas pequenas atitudes como parte da sua rotina, além do que, elas podem te transformar num profissional diferenciado na visão do seu chefe, pois além de consciente você estará colaborando com a redução dos custos.
Quando você menos esperar vai praticar a sustentabilidade em tudo o que fizer. No final das contas seu bolso agradece e o planeta também.

Anencefalia: julgamento de ação é suspenso e retorna nesta quinta.

Dos 11 ministros, seis já votaram, sendo cinco a favor da mulher ter a opção de interromper a gestação nesses casos



O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, suspende o julgamento da ação que pede a descriminalização do aborto no caso de gravidez de feto anencéfalo. A sessão será retomada amanhã (12), às 14 horas.







Dos 11 ministros, seis já votaram, sendo cinco a favor da mulher ter a opção de interromper a gestação nesses casos - Marco Aurélio Mello, Rosa Weber, Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Cármen Lúcia- e somente Ricardo Lewandoski, o único contra e o último a proferir o voto hoje.






Faltam votar os ministros Carlos Ayres Britto, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Cezar Peluso. O ministro Dias Toffoli se declarou impedido de votar no julgamento, pois, quando era advogado-geral da União (AGU), defendeu a interrupção da gestação de fetos com anencefalia.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

O Espírita e a Páscoa


Jesus, quando esteve na terra, trouxe uma m...ensagem totalmente inovadora, baseada no perdão, no amor e na caridade.

Para aquele povo ainda tão materialista e primitivo foi difícil aceitar um novo Messias manso e pacífico, quando esperava um líder guerreiro e libertador da escravidão.
Os governantes da época temeram ser ele um revolucionário que ameaçaria o poder por eles constituído.
Por esses motivos, Jesus foi condenado à morte, crucificado, maneira pela qual os criminosos eram executados. Como um ser de elevada evolução reapareceu em espírito - não em corpo material - aos apóstolos e a várias pessoas.
Assim ele comprovou a existência do espírito, bem como a sobrevivência após a morte física e incentivou a continuidade da divulgação de sua mensagem, missão essa desempenhada pelos apóstolos e seus seguidores.
A ciência já comprovou a impossibilidade da ressurreição, ou seja, voltar a viver no mesmo corpo físico após a morte deste, pois poucos minutos após a morte os danos causados ao cérebro são irreversíveis, já se iniciando o processo de decomposição da matéria.
Jesus, portanto, só se mostrou com o seu corpo perispirítico, o que explica o fato de só ter sido visto pelos que ele quis que o vissem. Se ele ressuscitasse em seu corpo carnal estaria contrariando as leis naturais, criadas por Deus.
Sabemos que para Deus nada é impossível, portanto poderia Ele executar milagres.
Mas iria Ele derrogar as leis que Dele próprio emanaram?


Seria para atestar seus poderes?


O poder de Deus se manifesta de maneira muito mais imponente pelo grandioso conjunto de obras da criação e pela sábia previdência que essa criação revela, desde as partes mais gigantescas às mínimas, como a harmonia das leis que regem o universo.


Através do Espiritismo compreendemos que não existem milagres, nem fatos sobrenaturais.


A Doutrina codificada por Allan Kardec não possui dogmas, rituais, não institui abstinências alimentares, nem possui comemorações vinculadas a datas comerciais e cívicas. Por isso os espíritas não comemoram a morte nem o reaparecimento de Jesus.


O Espiritismo nos ajuda a entender os acontecimentos da passagem de Jesus no plano terra e esclarece que a Páscoa é uma festividade do calendário adotada em nossa sociedade por algumas religiões.


Para os espíritas a Páscoa, como qualquer outro período do ano, deve ser um momento de reflexão, estudos e reafirmação do compromisso com os ensinamentos do mestre, a fim de que cada um realize dentro de si, e no meio em que vive, o reino de paz e amor que ele exemplificou.


O maior milagre que Jesus operou, o que verdadeiramente atesta a sua superioridade, foi a revolução que os seus ensinamentos produziram no mundo, apesar da exigüidade dos seus meios de ação.



Texto Publicado no Boletim informativo do Grupo Espírita Seara do Mestre. Formatação*Carlos Roberto Musica*Luz Sagrada Áurio Corrá