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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Psicologia positiva


A psicologia positiva é um movimento recente dentro da ciência psicológica que visa fazer com que os psicólogos contemporâneos adotem "uma visão mais aberta e apreciativa dos potenciais, das motivações e das capacidades humanas".[1]
Embora as pessoas venham discutindo a questão da felicidade humana pelo menos desde a Grécia Antiga,[2] a psicologia tem sido criticada por seu direcionamento preponderantemente voltado às questões de doença mental, em vez da "sanidade" mental. Vários psicólogos humanistas tais como Abraham Maslow, Carl Rogers e Erich Fromm, Carl Jung, desenvolveram teorias e práticas bem-sucedidas que envolvem a felicidade humana, a despeito da falta de evidência empírica sólida ao tempo em que desenvolveram seus trabalhos. Seus sucessores não deram seqüência à obra, enfatizando a fenomenologia e histórias de casos individuais.[3]
Recentemente, as teorias de desenvolvimento humano desenvolvidas pelos psicólogos humanistas encontraram suporte empírico em estudos feitos por psicólogos positivos e humanistas, especialmente na área da teoria auto-determinante.[4]
Pesquisadores empíricos neste campo de estudo incluem Donald Clifton, Albert Bandura, Martin Seligman, Armindo Freitas-Magalhães, Ed Diener, Mihaly Csikszentmihalyi, C. R. Snyder, Christopher Peterson, Shelley Taylor, Barbara Fredrickson, Charles S. Carver, Michael F. Scheier e Jonathan Haidt.
Peterson e Seligman (2004) desenvolveram um sistema de classificação para os aspectos positivos, enfatizando as forças e o caráter denominado Values in Action (VIA) – Classification of Strengths and Virtues Manual (Tradução livre: Valores em ação - Manual de classificação de forças e virtudes). Nesse manual as forças foram dividas em características emocionais, cognitivas, relacionais e cívicas e em seis grupos de virtudes: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperamento e transcendência. [5]
Alguns dos principais fatores correlacionados com felicidade estudados foram [6]:
  • Amigos íntimos e presentes (Myers 2000)
  • Fazer atividades voluntárias para desenvolvimento de si e de outros (Larson 2000)
  • Estabelecer uma relação familiar de apoio e estímulo ao desenvolvimento de habilidades (Winner 2000)
  • Relações saudáveis no ambiente de trabalho (Turner, Barling & Zacharatos, 2002)
A psicologia da saúde e outras ciências da saúde também tem demostrado já a algumas décadas o interesse de mudar o foco do processo saúde-doença para o bem estar e medidas preventivas ao invés de se focar na doença quando ela já está presente e remediar como a medicina tradicional.

Referências

  1. Sheldon, K. M. e King, L. (2001). Why positive psychology is necessary. "American Psychologist", 56(3), 216-217.
  2. Positive Psychology Center - FAQ, Universidade de Pensilvânia.
  3. Seligman, Martin E.P. (2002). Authentic Happiness: Using the New Positive Psychology to Realize Your Potential for Lasting Fulfillment. Nova York: Free Press. p. 275. ISBN 0-7432-2297-0.
  4. Patterson, T.G., e Joseph, S. (2007). Person-centered personality theory: Support from self-determination theory and positive psychology. "Journal of Humanistic Psychology", 47(1), 117-139.
  5. Peterson, C., & Seligman, M. (2004). Character strengths and virtues: A classification and handbook. Washington, DC: American Psychological Association.
  6. Psicologia Positiva: uma nova abordagem para antigas questões. Simone dos Santos Paludo e Sílvia Helena Koller. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Disponível em www.scielo.br/paideia

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