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terça-feira, 31 de maio de 2011

A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.


Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista.
A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações.
Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer.
João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém.
Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria.
Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum.
A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual.


Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais.
Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos.
A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular.
Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor.
Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados.
Muitas vezes, estes se convertem em vítimas da inquietação e da insônia.
Suas decisões e ações afetam a vida de incontáveis seres humanos e eles sentem o peso que isso representa.
Frequentemente, têm de gastar as horas destinadas ao descanso e à vida familiar em representações sociais.
De outro lado, há homens que vendem a paz do lar em troca de maiores ganhos.
Abdicam da convivência com os filhos enquanto se entregam a atividades desnecessárias.
Muitas vezes, justificam seu proceder com o propósito de dar conforto à família.
Contudo, olvidam que o afeto e a educação são os tesouros mais preciosos que podem proporcionar aos seus rebentos.
Ao eleger os bens materiais como o objetivo superior da existência, dão exemplos perniciosos.
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice, descontentes com seus salários.
Apresentam-se ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não entenderem as circunstâncias do caminho humano, no que tange ao dinheiro.
Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros Divinos.
Segundo a sabedoria popular, para a grande nau surgirá a grande tormenta.
Valorizar cada servidor o seu próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo Poderoso.
Para alcançar a paz, o relevante é estar muito atento aos próprios deveres.
Trabalhar com honestidade e desenvolver o próprio potencial.
Buscar melhoria, progresso e bem-estar, mas sem a angústia da ganância material e sem cobiçar o que é do próximo.
Antes de analisar o pagamento da Terra, é preciso se habituar a valorizar as concessões do Céu.
Pense nisso.







M. Espirita

Ética Mediúnica


Na lida com os desencarnados, o médium necessita saber que está lidando com espíritos fora do corpo, homens sem o seu veículo físico de manifestação a quem a morte não santificou e nem alterou, de imediato, a natureza de seus pensamentos. Entre encarnados e desencarnados deve se estabelecer uma parceria consciente com objetivos que transcendem todo e qualquer interesse material.

Os Espíritos, habitando as dimensões do Invisível, continuam interessados no progresso do planeta – não se trata apenas do propósito de cooperar com Jesus na evolução da Humanidade; trata-se igualmente de melhorar a psicosfera do orbe terrestre e as condições de vida nele existentes, posto que, com raras exceções, todos haverão de tomar o caminho da reencarnação. Os médiuns afeitos ao serviço do Bem, estão trabalhando sobre a Terra para continuarem trabalhando no Mundo Espiritual, porquanto a vida de Além-Túmulo, para todos os homens, é a seqüência natural do que estejam fazendo.


Médiuns apenas com a aparência de devotamento, movidos por interesses estritamente pessoais, haverão de se decepcionar profundamente, quando a liberação do corpo de carne os colocar em confronto com a própria consciência.
Ser médium não é uma condição especial para a criatura encarnada, no entanto pode tornar-se pelo modo com que encare a tarefa que está sendo chamada a desempenhar – sem dúvida, trata-se para o homem de uma das melhores oportunidades de crescimento espiritual que a Lei está lhe conferindo, ao longo de suas múltiplas experiências reencarnatórias.
O médium, portanto, deveria encarar com maior responsabilidade o compromisso, lutando por um melhor aproveitamento do tempo. Condição mediúnica desprezada assemelha-se ao talento enterrado da parábola de Jesus…
Os que se revela indiferentes diante de seus dons medianímicos, sejam eles expressivos ou não, anularão em si mesmos excelente oportunidade de trabalho; quem faz questão de cultivar-se mediunicamente, estabelece importantes vínculos mentais dom a Espiritualidade, e a idéia de sua própria sobrevivência constantemente o influência em suas decisões.


Em ser médium, o médium só tem a lucrar, desde, é claro, que mão utilize as suas faculdades espirituais para a sua satisfação material – sim, porquanto existem medianeiros que subordinam os interesses da mediunidade que são eternos, aos de natureza temporária.
Companheiros que, por desconhecerem a ética que impera na mediunidade, permitam uma companhia espiritual saudável por espíritos interesseiros e levianos.
A mediunidade, por assim dizer, é um terreno que será ocupado – no espaço psíquico do medianeiro – por espíritos que lhe reclamarão a posse para o Bem ou para o Mal.
A proteção espiritual destinada aos médiuns, na supervisão de suas atividades, atua com base na sinceridade dos seus propósitos; medianeiros que atraiam a influência dos espíritos ignorantes, não oferecerão sintonia aos que, por seu intermédio, desejam desenvolver um trabalho sério e de conseqüências benéficas para a Humanidade.
Sem o que chamaríamos de moral mediúnica, a mediunidade jamais será exercida de modo responsável.



 Ronaldo Pereira Carmo

domingo, 29 de maio de 2011

Reflexão: O CENTÉSIMO MACACO


O macaco japonês Macaca Fuscata vinha sendo observado há mais de trinta anos em estado natural. Em 1952, os cientistas jogaram batatas-doces cruas nas praias da ilha de Kochima para os macacos. Eles apreciaram o sabor das batatas-doces, mas acharam desagradável o da areia.
Uma fêmea de um ano e meio, chamada Imo, descobriu que lavar as batatas num rio próximo resolvia o problema. E ensinou o truque à sua mãe. Seus companheiros também aprenderam a novidade e a ensinaram às respectivas mães.
Aos olhos dos cientistas, essa inovação cultural foi gradualmente assimilada por vários macacos.


Entre 1952 e 1958 todos os macacos jovens aprenderam a lavar a areia das batatas-doces para torná-las mais gostosas. Só os adultos que imitaram os filhos aprenderam este avanço social. Outros adultos continuaram comendo batata-doce com areia. Foi então que aconteceu uma coisa surpreendente.


No outono de 1958, na ilha de Kochima, alguns macacos – não se sabe ao certo quantos – lavavam suas batatas-doces.
Vamos supor que, um dia, ao nascer do sol, noventa e nove macacos da ilha de Kochima já tivessem aprendido a lavar as batatas-doces. Vamos continuar supondo que, ainda nessa manhã, um centésimo macaco tivesse feito uso dessa prática.
Então aconteceu! Nessa tarde, quase todo o bando já lavava as batatas-doces antes de comer.
O acréscimo de energia desse centésimo macaco rompeu, de alguma forma, uma barreira ideológica!
Os cientistas observaram uma coisa deveras surpreendente: o hábito de lavar as batatas-doces havia atravessado o mar. Bandos de macacos de outras ilhas, além dos grupos do continente, em Takasakiyama, também começaram a lavar suas batatas-doces.
Assim, quando um certo número crítico atinge a consciência, essa nova consciência pode ser comunicada de uma mente a outra.
O número exato pode variar, mas o Fenômeno do Centésimo Macaco significa que, quando só um número limitado de pessoas conhece um caminho novo, ele permanece como patrimônio da consciência dessas pessoas.
Mas há um ponto em que, se mais uma pessoa se sintoniza com a nova percepção, o campo se alarga de modo que essa percepção é captada por quase todos!


Essa experiência nos proporciona uma reflexão sobre a direção de nossos pensamentos.


De certo modo, já sabemos que para onde vai o nosso pensamento segue a nossa energia.
Grupos pensando e agindo numa mesma freqüência em várias partes do Planeta têm as mesmas sensações e acabam fazendo as mesmas coisas sem nunca terem se comunicado. Isso vale tanto para aqueles que praticam o bem como para aqueles que usam de suas faculdades para o mal.
O acréscimo de energia, neste caso, pode ser aquela que você está enviando com o seu pensamento sintonizado na freqüência do crime noticiado que gera comoção geral. Parece coincidência, mas sempre que um crime choca e comove multidões, de imediato outros fatos semelhantes pipocam em diversos lugares.
Será isso o efeito do centésimo macaco às avessas?
Ao invés de indignar-se diante do crime noticiado, direcionando inconscientemente seu pensamento e sua energia para essas pessoas ou grupos que se aproveitam dessa energia toda para materializar mais crimes, neutralize com pensamentos conscientes de amor e perdão.
Mude de canal na TV, vire a página do jornal, saia da freqüência e não alimente ainda mais a insanidade daqueles que tendem para o crime, e, também, daqueles que lucram com as desgraças alheias.
São todos igualmente insanos, tanto aquele que pratica o crime quanto aquele esbraveja palavrões de indignação por horas diante das câmeras, criando comoção e levantando a energia que se materializará nas mãos daquele que está com a arma já engatilhada.
Gerar material para construir um mundo melhor não requer tanto de grandes ações, quanto essencialmente grandes blocos de consciência. É preciso que mais gente se sintonize na freqüência e coloque aquele acréscimo de energia que pode gerar uma nova consciência em outros grupos, em outras partes do Planeta.
Se cada um de nós dedicar alguns minutos todos os dias para meditar, entrando em sintonia com a frequência do amor, basta para mudar muitas coisas desagradáveis acontecendo em nosso Planeta e criar uma nova consciência.
Seja você também um “centésimo macaco” – para o bem!


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." (Fernando Pessoa)


"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... somos seres espirituais passando por uma experiência humana." (Theilar Chardin)

sexta-feira, 27 de maio de 2011

DEUS NÃO SE DISCUTE, SE AMA .


Parece mentira, mas foi verdade. No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos atual campeão paulista de futebol foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.

Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.
Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a) todos ídolos super-aguardados.
O motivo teria sido religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP, cujo lema é Assistência à Paralisia Cerebral
Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram.
Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.
Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com P maiúsculo) ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto No Brasil, futebol é religião, que abaixo tenho o prazer de compartilhar.


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No Brasil, futebol é religião por Ed Rene Kivitz
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa.
Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.
A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé.
A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.
Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.
O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai.
E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.
Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se dêem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.
Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.

Ed René Kivitz, cristão, pastor evangélico, e santista desde pequenininho.

Texto nos enviado por: Carmem Souza.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Depressão. Quais as causas? como sair? como superar?



É preciso saber lidar com nossas emoções; não devemos nos censurar por senti-las, mas sim julgar a decisão do que faremos com elas.
Reparação é o ato de compensar ou ressarcir prejuízos que causamos, não apenas aos outros mas também a nós mesmos, através de posturas inadequadas e injustas.
Necessitamos reparar as atitudes desonestas que tivemos com nós mesmos, ressarcir-nos dos abalos que promovemos contra nossas próprias convicções, compensar-nos da deslealdade com nosso modo de ser e com nossos valores íntimos.
Devemo-nos conscientizar do quanto estivemos abrindo mão de nossos sentimentos, pensamentos, emoções e necessidades em favor de alguém, somente para receber aprovação e consideração.
Quantas vezes asfixiamos e negamos nossas emoções diante de acontecimentos que nos machucaram profundamente. Relegar essa parte de nós e ignorá-la pode se tornar um tanto desagradável e destrutivo em nossas vidas.
Viver o direito de sentirmos nossas emoções equivale a ser honestos com nós mesmos. Elas nos ajudam no processo de autodescobrimento e estão vinculadas a estruturas importantes de nossa vida mental, como os pensamentos cognitivos e as nossas intuições.
O hábito de rejeitarmos, freqüentemente, as energias emocionais fará com que percamos a capacidade de sentir correntamente; e, sem a interpretação dos sentimentos, não podemos promover a reparação de nossas faltas.
Para repará-las, é preciso estarmos predispostos a dizer o que pensamos e a escolher com independência.
Para repará-las, é necessário termos a liberdade de sentir o que sentimos e de viver segundo nossas próprias emoções.
Para resgatar nossas faltas conosco e com os outros, é imperioso, antes de tudo, desbloquear nossa consciência para que possamos ter um real entendimento do que e como estamos fazendo as coisas em nossa vida.
Há em nós um mecanismo psicológico regulado pelo nosso grau evolutivo, que assimila os fatos ou os ensinamentos de acordo com nossas conquistas nas áreas da percepção e do entendimento. Nossa incapacidade para absorver certos aspectos da vida deve-se a causas situadas nas profundezas da nossa consciência, que está em constante aprendizado e ascensão espiritual. Portanto, não devemos nos culpar por fatos negativos do passado, pois tudo o que fizemos estava ao nível de nossa compreensão à época em que eles ocorreram.
"(...) poderemos ir resgatando as nossas faltas (...) reparando-as. Mas, não creiais que as resgateis mediante algumas privações pueris, ou distribuindo em esmolas o que possuirdes (...) Deus não dá valor a um arrependimento estéril sempre fácil e que apenas custa o esforço de bater no peito" (1) , mas sim reavaliando antigas emoções e resgatando sentimentos passados, a fim de transformá-los para melhor. Desse modo, reconquistamos a perdida postura interior de "vida própria" e promovemos a modificação de nossas atitudes equivocadas perante as pessoas.
Emoções não são erradas ou pecaminosas, elas não são os atos em si, pois sentir raiva é muito diferente de cometer uma brutalidade.
Para repararmos, é preciso saber lidar com nossas emoções: não devemos nos censurar por senti-las, mas sim julgar a decisão do que faremos com elas. Advertimos, porém, que não estamos sugerindo que as emoções devam controlar nossos comportamentos. Ao contrário, acreditamos que, se não permitirmos senti-las, não saberemos como tê-las sob nosso controle.
Admitindo-as e submetendo-as ao nosso código de valores éticos, ao nosso intelecto e à razão, saberemos comandá-las convenientemente, pois o resultado da repressão de nossas reações emocionais será uma progressiva tendência a estados depressivos.
Eis como funciona a trajetória da depressão: diante de um sentimento de dor, fatalmente experimentamos emoções, ou seja, reações energéticas provenientes dos instintos naturais. São denominadas "emoções básicas", conhecidas comumente como medo e raiva. Essas reações energéticas nascem como impulso de defesa para nos proteger da ameaça de dor que uma agressão pode nos causar. Se a emoção for de raiva, o organismo enfrenta a fonte da dor; quando é de medo, contorna e foge do perigo. Ambas aceleram o sistema nervoso simpático e, consequêntemente, a glândula supra-renal para que produza energia suficiente para a luta ou para fuga. Se essas emoções ( raiva ou medo ) forem julgadas moralmente como negativas, elas poderão ser transformadas em sentimento de culpa, levando-nos a uma autocondenação. Quando reprimidas, quer dizer, quando não expressadas convenientemente nem aceitas, nós as negamos distorcendo os fatos, para não tomarmos consciência. Tanto a repressão sistemática quanto os compulsivos julgamentos negativos dessas emoções naturais geram a depressão.
Não são simplesmente as "privações pueris", as "distribuições de esmolas" e o ato de "bater no peito" que transformarão o íntimo de nossas almas. Para verdadeiramente repararmos nossas faltas, é preciso, acima de tudo, que façamos uma viagem interior, mediante uma "crescente consciência", para identificar e associar os atos e acontecimentos incorretos que praticamos / vivenciamos, com os sentimentos e as emoções que os influenciaram. A partir daí, equilibrá-los.
Reparar nossas faltas com nós mesmos e com outros é a fórmula feliz de evitar o sofrimento.
( 1 ) Questão 1000.
Já desde esta vida poderemos ir resgatando as nossas faltas?
“Sim, reparando-as. Mas, não creiais que as resgateis mediante algumas privações pueris, ou distribuindo em esmolas o que possuirdes, depois que morrerdes, quando de nada mais precisais. Deus não dá valor a um arrependimento estéril, sempre fácil e que apenas custa o esforço de bater no peito. A perda de um dedo mínimo, quando se esteja prestando um serviço, apaga mais faltas do que o suplício da carne suportado durante anos, com objetivo exclusivamente pessoal."


“Só por meio do bem se repara o mal e a reparação nenhum mérito apresenta, se não atinge o homem nem no seu orgulho, nem no seus interesses materiais.


“De que serve, para sua justificação, que restitua, depois de morrer, os bens mal adquiridos, quando se lhe tornaram inúteis e deles tirou todo o proveito?


“De que lhe serve privar-se de alguns gozos fúteis, de algumas superfluidades, se permanece integral o dano que causou a outrem?


“De que lhe serve, finalmente, humilhar-se diante de Deus, se, perante os homens, conserva o seu orgulho?”


(Texto extraído da obra " As Dores da Alma" , psicografado pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto, da autoria espiritual de Hammed)



DEPRESSÃO



Somos também natureza; possuímos as estações da alegria, do entusiasmo, da moderação e do desânimo, assim como as da primavera, do verão, do outono e do inverno.






Em muitas circunstâncias, podemos considerar a depressão como natural período de transição. São tempos de mudanças e crescimento, épocas de tristeza que antecedem novos horizontes de amadurecimento do ser em constante processo de evolução.






Os fenômenos naturais da vida sucedem, organizados, em ciclos determinados. Os períodos de troca dos antigos conceitos por outros tantos mais novos e melhores para o nosso momento atual fazem parte desse ciclo natural da consciência humana. Porque entusiasmo, da moderação e do desânimo, assim como as da primavera, do verão, do outono e do inverno.






Aprendendo com a natureza entre as observações das leis que regem os ecossistemas, é que deixaremos as atmosferas cinzentas da depressão passar para fixarmo-nos nos dias de sol e de alegria, que voltarão a brilhar.






Os elementos da natureza não existem separados uns dos outros, mas tendem a se combinar em sistemas mais complexos, estabelecidos a partir de uma série de associações físicas e biológicas. Através das relações de permutas constantes, eles adquirem uma espécie de "vida coletiva", o que lhes dá uma habilidade par se auto-organizarem e auto-reproduzirem ao longo do tempo. A esse fenômeno a Ecologia denomina "ecossistema". O pensamento ecológico procura investigar algumas das leis que regulam e formam os mecanismos ecossistêmicos. Vamos descrever as que consideramos mais importantes para as nossas reflexões neste estudo:






1) A "diversidade" - Quanto maior a multiplicidade de elementos existentes no ecossistema, maior sua capacidade de se auto-regular, pois maiores serão as propriedades com que ele contará para reorganizar os elementos num novo equilíbrio.






2) A "interdependência" - Na unidade funcional do ecossitema tudo está conectado com tudo, de tal modo que não poderemos tocar num elemento isolado sem atingirmos o conjunto. Assim também ocorre com o corpo humano, já que não se pode abalar um órgão sem envolver todo o organismo.






3) A "reciclagem"- Todo elemento natural liberado no ambiente é reintroduzido de alguma forma pelo ecossistema. Através desses reaproveitamentos é que os resíduos biológicos permanecem circulando e sendo reproduzidos numa espécie de ciclo fechado. É isso que permite a sobrevivência desse imenso complexo ecológico.






"...O homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extramaterias e o conhecimento de Deus." ( 1 )






Por sermos parte deste grandioso espetáculo da natureza e possuirmos a capacidade de entendê-lo racionalmente, é que deveríamos ser os primeiros a considerar a sagrada naturalidade que há em nós, bem como a perceber, conscientemente, seu processo atuando em nossa intimidade.






Eis algumas conexões entre as leis ou regras de funcionamento dos ecossistemas, que nos ensinarão a regular nosso ritmo de vida para não voltarmos aos velhos padrões de pensamentos depressivos:


1) Na "diversidade" de novos conhecimentos filosóficos, religiosos ou científicos e na análise de diversos modos de definir a realidade das coisas é que aumentaremos a capacidade de auto-regular-nos emocionalmente para restabelecermos um novo equilíbrio existencial.


2) Na "interdependência" da vida social, mas nunca no isolamento, é que extrairemos as experiências de que necessitamos para sair do marasmo, pois é nas relações de permuta constante na vida coletiva que aprenderemos que tudo está relacionado com tudo. Devemos descobrir nossas similaridades com toda a obra da Criação. Ninguém será feliz sozinho, pois o homem é apenas uma parcela dessas grande sinfonia da evolução da vida na Terra.


3) Na "reciclagem" de todos os elementos que as experiências da vida nos oferecem, o reaproveitamento deverá ser feito indistintamente, tanto para os que chamamos bons quanto para os que consideramos maus. Alegria e tristeza são nossos companheiros de viagem, estão sempre nos ensinando algo na caminhada evolucional. Tudo tem seu próprio valor e lugar na existência; por isso, não devemos tentar afastar de forma irrefletida as nuvens negras que impedem, momentaneamente, que a luz nos alcance. A vida na Terra ainda é um jogo de luzes e sombras. Tudo na vida tem um fim utilitário para crescermos integralmente.






A reflexão atenta a esses apontamentos permite-nos entender melhor nossos ciclos depressivos, recolhendo assim as abençoadas sementes da "arte de viver".







(Texto extraído da obra " As Dores da Alma" , psicografado pelo médium Francisco do Espírito Santo Neto, da autoria espiritual de Hammed)

A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico. Visão Espirita




As síndromes de infelicidade cultivada tornam-se estados patológicos mais profundos de nostalgia, que induzem à depressão.
O ser humano tem necessidade de auto-expressão, e isso somente é possível quando se sente livre.
Vitimado pela insegurança e pelo arrependimento, torna-se joguete da nostalgia e da depressão, perdendo a liberdade de movimentos, de ação e de aspiração, face ao estado sombrio em que se homizia.
A nostalgia reflete evocações inconscientes, que parecem haver sido ricas de momentos felizes, que não mais se experimentam. Pode proceder de existências transatas do Espírito, que ora as recapitula nos recônditos profundos do ser. lamentando, sem dar-se conta, não mais as fruir; ou de ocorrências da atual.


Toda perda de bens e de dádivas de prazer, de júbilos, que já não retornam, produzem estados nostálgicos. Não obstante, essa apresentação inicial é saudável, porque expressa equilíbrio, oscilar das emoções dentro de parâmetros perfeitamente naturais. Quando porém, se incorpora ao dia-a-dia, gerando tristeza e pessimismo, torna-se distúrbio que se agrava na razão direta em que reincide no comportamento emocional.


A depressão é sempre uma forma patológica do estado nostálgico.


Esse deperecimento emocional, fez-se também corporal, já que se entrelaçam os fenômenos físicos e psicológicos.


A depressão é acompanhada, quase sempre, da perda da fé em si mesmo, nas demais pessoas e em Deus... Os postulados religiosos não conseguem permanecer gerando equilíbrio, porque se esfacelam ante as reações aflitivas do organismo físico. Não se acreditar capaz de reagir ao estado crepuscular, caracteriza a gravidade do transtorno emocional.
Tenha-se em mente um instrumento qualquer. Quando harmonizado, com as peças ajustadas, produz, sendo utilizado com precisão na função que lhe diz respeito. Quando apresenta qualquer irregularidade mecânica, perde a qualidade operacional. Se a deficiência é grave, apresentando-se em alguma peça relevante, para nada mais serve.
Do mesmo modo, a depressão tem a sua repercussão orgânica ou vice-versa. Um equipamento desorganizado não pode produzir como seria de desejar. Assim, o corpo em desajuste leva a estados emocionais irregulares, tanto quanto esses produzem sensações e enarmonias perturbadoras na conduta psicológica.
No seu início, a depressão se apresenta como desinteresse pelas coisas e pessoas que antes tinham sentido existencial, atividades que estimulavam à luta, realizações que eram motivadoras para o sentido da vida.


À medida que se agrava, a alienação faz que o paciente se encontre em um lugar onde não está a sua realidade. Poderá deter-se em qualquer situação sem que participe da ocorrência, olhar distante e a mente sem ação, fixada na própria compaixão, na descrença da recuperação da saúde. Normalmente, porém, a grande maioria de depressivos pode conservar a rotina da vida, embora sob expressivo esforço, acreditando-se incapaz de resistir à situação vexatória, desagradável, por muito tempo.


Num estado saudável, o indivíduo sente-se bem, experimentando também dor, tristeza, nostalgia, ansiedade, já que esse oscilar da normalidade é característica dela mesma. Todavia, quando tais ocorrências produzem infelicidade, apresentando-se como verdadeiras desgraças, eis que a depressão se está fixando, tomando corpo lentamente, em forma de reação ao mundo e a todos os seus elementos.
A doença emocional, desse modo, apresenta-se em ambos os níveis da personalidade humana: corpo e mente.
O som provém do instrumento. O que ao segundo afeta, reflete-se no primeiro, na sua qualidade de exteriorização.
Idéias demoradamente recalcadas, que se negam a externar-se - tristezas, incertezas, medos, ciúmes, ansiedades - contribuem para estados nostálgicos e depressões, que somente podem ser resolvidos, à medida que sejam liberados, deixando a área psicológica em que se refugiam e libertando-a da carga emocional perturbadora.
Toda castração, toda repressão produz efeitos devastadores no comportamento emocional, dando campo à instalação de desordens da personalidade, dentre as quais se destaca a depressão.
É imprescindível, portanto, que o paciente entre em contato com o seu conflito, que o libere, desse modo superando o estado depressivo.
Noutras vezes, a perda dos sentimentos, a fuga para uma aparência indiferente diante das desgraças próprias ou alheias, um falso estoicismo contribuem para que o fechar-se em si mesmo, se transforme em um permanente estado de depressão, por negar-se a amar, embora reclamando da falta de amor dos outros.


Diante de alguém que realmente se interesse pelo seu problema, o paciente pode experimentar uma explosão de lágrimas, todavia, se não estiver interessado profundamente em desembaraçar-se da couraça retentiva, fechando-se outra vez para prosseguir na atitude estóica em que se apraz, negando o mundo e as ocorrências desagradáveis, permanecerá ilhado no transtorno depressivo.
Nem sempre a depressão se expressará de forma autodestrutiva, mas com estado de coração pesado ou preso, disfarçando o esforço que se faz para a rotina cotidiana, ante as correntes que prostram no leito e ali retêm.


Para que se logre prosseguir, é comum ao paciente a adoção de uma atitude de rigidez, de determinação e desinteresse pela sua vida interna, afivelando uma máscara ao rosto, que se apresenta patibular, e podem ser percebidas no corpo essas decisões em forma de rigidez, falta de movimentos harmônicos...


Ainda podemos relacionar como psicogênese de alguns estados depressivos com impulsos suicidas, a conclusão a que o indivíduo chega, considerando-se um fracasso na sua condição, masculina ou feminina, determinando-se por não continuar a existência. A situação se torna mais grave, quando se acerca de uma idade especial, 35 ou 40 anos, um pouco mais, um pouco menos, e lhe parece que não conseguiu o que anelava, não se havendo realizado em tal ou qual área, embora noutras se encontre muito bem. Essa reflexão autopunitiva dá gênese a estado depressivo com indução ao suicídio.
Esse sentimento de fracasso, de impossibilidade de êxito pode, também, originar-se em alguma agressão ou rejeição na infância, por parte do pai ou da mãe, criando uma negação pelo corpo ou por si mesmo, e, quando de causa sexual, perturbando completamente o amadurecimento e a expressão da libido.


Nesse capítulo, anotamos a forte incidência de fenômenos obsessivos, que podem desencadear o processo depressivo, abrindo espaço para o suicídio, ou se fixando, a partir do transtorno psicótico, direcionando o paciente para a etapa trágica da autodestruição.


Seja, porém, qual for a gênese desses distúrbios, é de relevante importância para o enfermo considerar que não é doente, mas que se encontra em fase de doença, trabalhando-se sem autocomiseração, nem autopunição para reencontrar os objetivos da existência. Sem o esforço pessoal, mui dificilmente será encontrada uma fórmula ideal para o reequilíbrio, mesmo que sob a terapia de neurolépticos.
O encontro com a consciência, através de avaliação das possibilidades que se desenham para o ser, no seu processo evolutivo, tem valor primacial, porque liberta-o da fixação da idéia depressiva, da autocompaixão, facultando campo para a renovação mental e a ação construtora.
Sem dúvida, uma bem orientada disciplina de movimentos corporais, revitalizando os anéis e proporcionando estímulos físicos, contribui de forma valiosa para a libertação dos miasmas que intoxicam os centros de força.
Naturalmente, quando o processo se instala - nostalgia que conduz à depressão - a terapia bioenergética (Reich, como também a espírita), a logoterapia (Viktor Frankl), ou conforme se apresentem as síndromes, o concurso do psicoterapeuta especializado, bem como de um grupo de ajuda, se fazem indispensáveis.
A eleição do recurso terapêutico deve ser feita pelo paciente, se dispuser da necessária lucidez para tanto, ou a dos familiares, com melhor juízo, a fim de evitar danos compreensíveis, os quais, ocorrendo, geram mais complexidades e dificuldades de recuperação.
Seja, no entanto, qual for a problemática nessa área, a criação de uma psicosfera saudável em torno do paciente, a mudança de fatores psicossociais no lar e mesmo no ambiente de trabalho constituem valiosos recursos para a reconquista da saúde mental e emocional.


O homem é a medida dos seus esforços e lutas interiores para o autocrescimento, para a aquisição das paisagens emocionais.




( trecho extraído do livro " AMOR IMBATÍVEL AMOR") Joanna de Angelis Por Divaldo Pereira Franco

Reencarnação de Joanna de Angelis por volta de 2015 e de Emmanuel em 2000

Nesta entrevista Divaldo Pereira Franco não somente confirma a reencarnação de Emmanuel no Brasil no interior de São Paulo no ano de 2000, como tambem anuncia a reencarnação de Joanna de Angelis para por volta do ano de 2015. Entre outros assuntos como transição Planetaria/ animais no plano espiritual/ Sexualidade. Vale a pena conferir o video.

http://www.youtube.com/watch?v=OVbstbRFs9M

MEDICINA ESPÍRITA




A Medicina Espírita é um processo em desenvolvimento. Começou com Kardec e o Dr. Demeure, em Paris, na segunda metade do século passado. As experiências e observações realizadas com médiuns terapeutas na Clínica do Dr. Demeure figuram, em parte, na Revista Espírita, coleção de doze volumes dos doze anos em que Kardec dirigiu e redigiu, praticamente sozinho, os fascículos mensais da publicação por ele fundada. A Medicina Espírita é uma decorrência natural da natureza e das finalidades do Espiritismo. Tanto no campo científico, quanto no filosófico e religioso, a Doutrina Espírita se revelou como uma forma de Humanismo Ativo, destinado não apenas à estabelecer princípios humanistas, mas também a agir no homem pelo homem, decifrando-lhe os mistérios do corpo e do espírito e proporcionando-lhe os recursos culturais para a humanização do mundo.


Os problemas da saúde humana não podiam escapar do seu enfoque universal. Nesse plano, como em todos os demais, Kardec agiu com prudência e sabedoria, pesquisando, observando, estudando e por fim orientando. O materialismo dominante nas Ciências e na Medicina repeliu a Medicina Espírita. Kardec, por sua vez, sobrecarregado com os múltiplos encargos doutrinários, não teve tempo para cuidar especificamente desse problema e da Pedagogia, dois campos em que militou com sucesso, tendo suas obras adotadas pela Universidade da França. Não deixou o tratado de medicina Espírita e o de Educação e Pedagogia Espírita que desejava elaborar. Completada a obra da Codificação do Espiritismo, lançou-se ao campo das aplicações doutrinárias, segundo suas próprias palavras, com a elaboração do livro A Gênese, de importância fundamental nos três campos fundamentais do Espiritismo. Mas deixou, com A Gênese, um modelo do que ele chamou aplicação dos princípios e dos dados do Espiritismo às diversas áreas da cultura.


Como médico, pouco sabemos de suas atividades, a não ser o que informa Henri Sausse, seu contemporâneo e amigo, e posteriormente as pesquisas e a esquematização notável da vida do codificador no livro Vida e Obra de Allan Kardec. Seu interesse pelo Espiritismo o afastou de todas as demais atividades, como do cargo de diretor de estudos da Universidade da França. Cabia-lhe iniciar no mundo as pesquisas científicas dos fenômenos mediúnicos, o que fez com critério invulgar e plena abnegação. Charles Richet, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade da França, Prêmio Nobel de Fisiologia, prestaria mais tarde sua homenagem a Kardec, reconhecendo, no limado de Metapsíquica, o critério científico de Kardec, que jamais expusera questões ou elaborara princípios que não se baseassem em rigorosas pesquisas.


Apesar desse inicio promissor, a Medicina Espírita não conseguiu avançar como devia, em virtude das barreiras que contra ela levantaram todas as forças dominantes na época: científicas, filosóficas e religiosas, num verdadeiro conluio em que se destacaram os elementos clericais e os médicos com suas sociedades profissionais e científicas. Não obstante, o sucesso das pesquisas científicas de Richet, Crookes, Notzing, Zollner, e tantos outros, no campo dos fenômenos mediúnicos, e recentemente a comprovação da realidade fenômenica pela Parapsicologia, deram novo alento às possibilidades da Medicina Espírita. Hoje há várias associações de Medicina e Espiritismo de médicos espíritas no Brasil e no mundo, grandes redes hospitalares espíritas e notáveis trabalhos publicados por cientistas e médicos espíritas, particularmente nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Itália, na Alemanha e na Suíça.


O interesse das ciências soviéticas também se manifestou, apesar das objeções ideológicas, e o Dr. Wladimir Raikov, da Universidade de Moscou, projetou-se mundialmente como investigador dos fenômenos mediúnicos através da Parapsicologia, interessando-se especialmente pelo problema de reencarnação, sob a hábil designação de reencarnações sugestivas, como ocorrências do tipo psiquiátrico que precisam ser esclarecidas. Nos países de órbita soviética o interesse cresceu de maneira surpreendente. Na Romênia chegou-se a criar uma nova corrente científica, designada como Psicotrônica, mas que na verdade não passa de Parapsicologia disfarçada para escapar aos preconceitos materialistas já levantados contra a ciência de Rhine e McDougal.


A maior conquista dos soviéticos nesse campo foi a descoberta científica e tecnológica, na famosa Universidade de Kirov, no Afeganistão, da existência do corpo bioplásmico das plantas, dos animais e do homem. Esse corpo, que corresponde em estrutura e funções, plenamente, ao perispírito ou corpo espiritual do Espiritismo, que representa urna revolução copérnica na Biologia e na Medicina. Infelizmente o estado interferiu na questão e as pesquisas foram suspensas por questão de segurança ideológica do Estado Soviético. Apesar disso, o livro de Sheila Ostrander e Lynn Schroeder, da Universidaade de Prentice Hall (EUA), lançado por essa Universidade, posteriormente pela Editora Bentam Books, de Nova York, contendo entrevistas comprobatórias dos cientistas responsáveis, continua a circular no Ocidente. Os cientistas revelaram a sua convicção de que essa descoberta abre novas perspectivas para as ciências e particularmente para a Medicina, pelo que foram punidos.


O capítulo da Medicina Espírita nas ciências soviéticas, apesar de oficialmente condenado, abre imensas perspectivas no campo científico mundial. Chegou-se a noticiar a realização, em Moscou, de um simpósio científico sobre as obras de Allan Kardec, mencionado como um racionalista do século passado, na França, que já havia se referido ao corpo-bioplásmico.


A Medicina Espírita, portanto, é uma realidade inegável na atualidade científica do mundo, e sua biografia apresenta-se dramática, implicando até mesmo problemas internacionais. Essa realidade se enriqueceu com o episódio brasileiro do chamado caso Arigó, do famoso médium curador de Congonhas do Campo, Minas Gerais, pesquisado por uma equipe de cientistas e médicos de várias Universidades norte-americanas. As pesquisas provaram a existência real de diagnósticos, curas de doenças incuráveis, como casos de câncer desenganados e intervenções cirúrgicas, sem assepsia nem anestesia de qualquer espécie. Arigó foi caluniado, após sua morte acidental, por autoridades eclesiásticas, como charlatão, mas consagrado pelos cientistas como um dos maiores casos de mediunidade curadora do mundo. Morreu num desastre de automóvel, precisamente quando esperava a visita de uma equipe de cientistas suíços e outra de cientistas japoneses, interessado; em pesquisá-lo. Tivemos em mãos os pedidos de licença dessa equipes, tendo Arigó nos convidado para ajudá-la na recepção dos pesquisadores, que deviam permanecer várias semanas em Congonhas do Campo.


A Medicina Espírita não é uma aplicação pura e simples da mediunidade curadora a casos de doenças incuráveis, nem uma forma de curandeirismo. É o que Kardec chamava uma aplicação dos princípios espíritas no plano cultural. No caso, aplicação específica à Medicina, o que só pode ser feito por médicos. O Espiritismo contribui com a mediunidade e a Medicina com o saber e a experiência dos médicos. Há casos dessa dupla contribuição conjugarem numa só pessoa: o caso dos médicos espíritas que também médiuns. Por isso, as sociedades de médicos espíritas são importantes, pois podem liderar movimentos de arregimentação de elementos dos dois campos e encetar trabalhos de estruturação científica da Medicina Espírita.


Os médiuns representam os médicos espirituais, que através deles dão a contribuição das observações do outro lado da vida. Os médicos representam a Medicina da atualidade e procuram estabelecer as ligações necessárias para um esforço comum em benefício da Humanidade. Temos assim um aspecto importante do ideal espírita de Kardec: a conjugação do mundo espiritual com o mundo material no trabalho comum de elevação da Terra. Temos ainda a confirmação da tese de Léon Denis, segundo a qual o Espiritismo realiza uma síntese do espiritual e do material no mundo. E também a previsão de Sir Oliver Lodge, grande cientista inglês, de que no Espiritismo, através do túnel da mediunidade, os espíritos e os homens se encontram para tentar no conjunto a solução dos problemas humanos. O que ontem parecia utopia, hoje se mostra como realidade.


A Medicina Espírita implica, portanto, o problema da mediunidade curadora em toda a sua globalidade de manifestações. Havendo sinceridade nessa conjugação, estaremos em face de um dos momentos mais significativos da evolução humana na Terra. Os benefícios que dela podem resultar para o bem da humana são simplesmente incalculáveis. Caberia a Sociedade de Médicos Espíritas de São Paulo encabeçar essa iniciativa cada vez mais necessária.


Entre todas as formas de manifestações mediúnicas, a mais perigosa para os médiuns é a curadora. Não porque os exponha a riscos de saúde, que praticamente não existem numa mediunidade controlada, mas porque os expõe a fascinação das vantagens materiais. Todo médium curador é inevitavelmente assediado por pessoas que querem agradá-lo, que o elogiam, dizem-se seus amigos, dão-lhe presentes e assim por diante. Pouco a pouco o médium se deixa envolver, convence-se da sua importância, torna-se vaidoso e ambicioso.


Com isso desliga-se dos amigos e companheiros desinteressados para cair nas malhas dos interesseiros e tornar-se, por sua vez, um deles. Os laboratórios lhe oferecem comissões no receituário dos seus produtos. Todas as facilidades vão se abrindo para ele e, se não tiver em conta os princípios da moral mediúnica, em breve se transformará num explorador do próximo a que deve auuxiliar com desinteresse. O meio espírita conhece muitos desses casos dolorosos, em que excelentes e humildes médiuns curadores acabaram traindo-se a si mesmos.


São variados os tipos de mediunidade curadora, desde o simples passista e o receitista, o vidente diagnosticador, até o operador, o médium-cirurgião, que tanto pode agir com instrumentos ou apenas com a imposição das mãos, ou ainda os que praticam a cirurgia-simpatética, um dos fenômenos mais estranhos e complexos de todo o fenomenismo paranormal. O desenvolvimento desse tipo de mediunidade processa-se de maneira discreta, geralmente disfarçado na produção de efeitos físicos, de vidência, de doenças súbitas e sem motivo aparente que o atacam e de repente desaparecem. Tem-se a impressão, não raro, de caso de obsessão. Na verdade, o médium está sendo submetido a uma espécie de experimentação de suas possibilidades psicofísicas e de preparação para as suas futuras atividades. Anésio Siqueira, famoso na década de 30, sofreu grave enfermidade que o levou a proximidade da morte.


Os médicos o desenganaram, de repente recuperou-se e começou a fazer curas. Não conhecia Espiritismo e nunca o aprendeu, dava passes fumando cigarro entre os dedos e realizou curas espantosas, tanto espirituais (desobsessão) quanto materiais. José Arigó, roceiro, já na infância via e ouvia espíritos; na adolescência começou a sentir terrores noturnos, foi perseguido por visões assustadoras. Na juventude (era católico) empolgou-se pelo ideal da pureza e santidade e ouvia vozes que lhe aconselhavam a castidade. Ao entrar na maturidade, casou-se e passou por uma fase de equilíbrio em que se mostrava despreocupado, alegre e brincalhão.


Um dia teve de socorrer um amigo que se havia engasgado. Começou ai a sua espantosa mediunidade-cirúrgica. E, com ela, todos os problemas de um homem que era procurado por doentes das mais diversas moléstias e a todos queria atender. Guiado por um espírito autoritário mais generoso, que se dizia o médico alemão Dr. Fritz, morto na primeira guerra mundial, tornou-se ríspido, exigente, de uma franqueza rude, dando a idéia de um novo João Batista que surgia na cidadezinha arcaica e carismática de Congonhas do Campo. Seus modos rústicos pareciam uma couraça destinada a afastar todas as tentações de sua perigosa mediunidade. Foi um dos médiuns mais autênticos e de mediunidade mais produtiva que já passou entre nós. Mas acabou nas ciladas dos interesseiros e morreu tragicamente, ainda moço e vigoroso.


A cirurgia simpatética ou simpática é assim chamada por sua semelhança com a magia-simpática. Arigó a produzia, mas somente em casos especiais. No geral, agia de maneira violenta, com faca ou canivete, cortando o doente de maneira brusca, sem anestesia nem assepsia e comandando com segurança espantosa o fluxo de sangue. Trabalhava as claras, no meio do povo e na presença de médicos conhecidos ou não, e muitas vezes chamava os médicos para assistirem de perto o que ele fazia. O Dr. Sérgio Valle, cirurgião ocular e especialista em hipnose clínica, residente em São Paulo, presenciou de perto várias de suas operações e declarou: "Arigó aplica uma supercirurgia que não conhecemos e não usa a hipnose e nem conhece técnicas hipnóticas." Na prática da cirurgia simpatética Arigó agia sem tocar no doente.


Procedia como a médium Bernarda Torrúbio, mulher do campo, esposa de José Torrúbio, sitiante de Garça, na Alta Paulista. Fazia uma prece pedindo assistência aos espíritos. Estendia as mão sobre o doente sem tocá-lo. Este sentia que mexiam por dentro em seus órgãos doentes, ocorriam-lhe ânsias de vômito, mas quem vomitava era a médium. Vômito geralmente espesso, com grande quantidade de pus e sangue e pedaços de matérias orgânicas. O doente se sentia fraco, abatido como se tivesse passado por uma intervenção cirúrgica. As dores internas confirmavam essa impressão. Durante uns poucos dias as dores continuavam, mas logo começavam a diminuir e desapareciam. A recuperação era rápida e total.


A mediunidade-cirúrgica é muitas vezes acompanhada de fenômenos ocasionais de efeitos físicos. Isso é natural, pois a própria cura e as operações pertencem a essa classificação mediúnica. Bernarda Torrúbio manifestava estranhos fenômenos de transporte de objetos à distância e aparentemente através de portas e janelas fechadas. Em reuniões com Urbano de Assis Xavier, em Marilia, houve notáveis ocorrências dessa natureza, inteiramente inesperadas. Nas pesquisas parapsicológicas esses fenômenos se confirmaram. O Prof. Rhine fez decisivas experiências com animais, para evitar o problema da sugestão, e conseguiu êxitos comprobatórios, dentro de todas as exigências de metodologia científica. As pesquisas de Geley e Osty, na França, mostraram que em todas essas ocorrências existe a emanação de ectoplasma.


Geley chamou de controladores os espíritos que agem nessas ocasiões, provendo e regulando a saída de ectoplasma do organismo mediúnico. Nas experiências soviéticas os cientistas consideraram o ectoplasma como energia radiante emitida pelo perispírito ou corpo espiritual do médium. Crookes chamou-o de força psíquica Notzing colheu porções de ectoplasma e submeteu-os a análise de laboratório, provando que a porção morta desse elemento dissociada do médium, compunha-se de células e outros materiais orgânicos. Não há, pois, milagre, no sentido místico da palavra nessas ocorrências. Há leis naturais que pouco a pouco vão sendo esclarecidas pelas pesquisas científicas.


Os médiuns dotados dessas faculdades precisam ser instruídos doutrinariamente, para saberem como se portar na vida comum e para terem consciência de que os fenômenos não são produzidos por eles, mas por ação dos espíritos. Com isso se livrarão da vaidade tola que os leva a crer em seus poderes pessoais, julgando-se donos deles e capazes de controlá-los por si mesmos. Essa idéia de posse individual os leva também a cair mais facilmente nas ciladas dos aproveitadores. Essa mediunidade exige constante vigilância do médium no tocante aos seus deveres morais e espirituais e a mais plena consciência de suas responsabilidades doutrinárias.

J.Herculano Pires
Do Livro: Mediunidade
Conceituação da Mediunidade e Análise geral dos seus problemas atuais.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Física Quântica em Busca da Partícula Divina/ A Teoria das Supercordas e a Dimensão Psi



"Confesso que, após cuidadosa e atenta leitura deste trabalho, conclui que foi um dos melhores artigos que já tive o prazer de ler.
Ele se me afigura o mais erudito e informativo trabalho acerca da relação entre a Física e o Espiritismo, até agora escrito em idioma português.
Se traduzido para o inglês será, sem dúvida, apreciadíssimo, inclusive pelos físicos mais modernos que, atualmente, divulgam obras acerca do relacionamento entre a Consciência e o Universo, vislumbrado sob a óptica das Físicas Quântica e Relativística.
Menciono, como exemplos, os livros de Michio Kaku (Hiperespaço, ed. Rocco, Rio de Janeiro, RJ) e de Amit Goswami (O Universo Autoconsciente, edit. Rosa dos Tempos, Rio de Janeiro)."
Dr. Hernani Guimarães Andrade






A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma nós, os espíritas, poderemos subestimar.
Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna.
Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.
A Física Moderna leva-nos ao encontro do Espírito e de Deus
A física quântica pode constituir uma ponte entre a ciência e o mundo espiritual, pois segundo ela, pode-se "reduzir" a matéria, de forma subjetiva e no domínio do abstrato, até à consciência - causa da "intelectualidade" da matéria.


A consciência transforma as possibilidades da matéria em realidade, transformando as possibilidades quânticas em fatos reais.


Essa consciência deve apresentar uma unidade e transcender o tempo, espaço e matéria.


Não é algo material, na realidade, é à base de todos os seres.


Recordemos o professor de Lyon In O Livro dos Espíritos (9):


23. Que é o Espírito?
- "O princípio inteligente do Universo".
a) - Qual a natureza íntima do Espírito?
- "Não é fácil analisar o Espírito com a vossa linguagem. Para vós, ele nada é por não ser palpável. Para nós, entretanto, é alguma coisa."
Tanto é assim, que os físicos teóricos postulam a existência de uma "partícula", que seria a partícula "fundamental", que ainda não foi encontrada, mas a qual o Prêmio Nobel da física, Leon Lederman, denomina a "partícula divina".
Partícula essa decisiva pois é ela que determina a massa das restantes, bem como a coesão dada pela gravidade dos 90% do universo ainda desconhecido.

Leiamos Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
25. O Espírito independe da matéria, ou é apenas uma propriedade desta, como as cores o são da luz e o som o é do ar?


- "São distintos uma do outro; mas, a união do Espírito e da matéria é necessária para intelectualizar a matéria."


26. Poder-se-á conceber o Espírito sem a matéria e a matéria sem o Espírito?
- "Pode-se, é fora de dúvida, pelo pensamento."
Cabe lembrar que os físicos, a partir das pesquisas do norte-americano Murray Gel Mann nos aceleradores de partícula, já admitem a existência de um domínio externo ao mundo cósmico dito material onde provavelmente existam agentes ativos também chamados frameworkers, capazes de atuar sobre a energia do Universo, modulando-a e dando-lhe formas de partícula atômica, ou seja por outras palavras - o espírito, chamado também "Agente Estruturador"por vários físicos teóricos.


Retomemos novamente o mestre lionês In O Livro dos Espíritos (9):
76. Que definição se pode dar dos Espíritos?
- "Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação.


“Povoam o Universo, fora do mundo material.”
536. São devidos a causas fortuitas, ou, ao contrário, têm todos um fim providencial, os grandes fenômenos da Natureza, os que se consideram como perturbação dos elementos?
- '"Tudo tem uma razão de ser e nada acontece sem a permissão de Deus."


b) - Concebemos perfeitamente que a vontade de Deus seja a causa primária, nisto como em tudo; porém, sabendo que os Espíritos exercem ação sobre a matéria e que são os agentes da vontade de Deus, perguntamos se alguns dentre eles não exercerão certa influência sobre os elementos para os agitar, acalmar ou dirigir?


- "Mas evidentemente. Nem poderia ser de outro modo. Deus não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos."


A Teoria das Supercordas e a Dimensão Psi
Outra teoria quântica, que vem de encontro à existência de uma "partícula divina consciêncial" no final da escala das partículas subatômicas, é a teoria das Supercordas.
Essa teoria foi melhorada e é defendida por um dos físicos teóricos mais respeitados da atualidade Edward Witten, professor do Institute for Advanced Study em Princeton, EUA.
De maneira bastante simples e resumida, a teoria das Supercordas postula que os quarks, mais ínfima partícula subatômica conhecida até o momento, estariam ligados entre si por "Supercordas" que, de acordo com sua vibração, dariam a "tonalidade" específica ao núcleo atômico a que pertencem, dando assim as qualidades físico-químicas da partícula em questão.
Querer imaginá-las é como tentar conceber um ponto matemático: é impossível, por enquanto.
Além disso, são inimaginavelmente pequenas. Para termos uma idéia: o planeta Terra é dez a vinte ordens grandeza menor do que o universo, e o núcleo atômico é dez a vinte ordens de grandeza menor do que a Terra.
Pois bem, uma Supercordas é dez a vinte ordens menor do que o núcleo atômico.
O professor Rivail, esclarece In O Livro dos Espíritos (9):
30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?
- "De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva."


Ou seja, é a vibração dessas infinitesimais "cordinhas" que seria responsável pelas características do átomo a que pertencem.
Conforme vibrem essas "cordinhas" dariam origem a um átomo de hidrogênio, hélio e assim por diante, que por sua vez, agregados em moléculas, dão origem a compostos específicos e cada vez mais complexos, levando-nos a pelo menos 11 dimensões.


Corrobora Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?
- "Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material."
64. Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo.
O princípio vital será um terceiro?
- "É, sem dúvida, um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigénio e o hidrogénio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio.”
Essa teoria traz a ilação de que tal tonalidade vibratória fundamenta é dada por algo ou alguém, de onde abstraímos a?Consciência? Como fator propulsor dessas cordas quânticas.
Assim sendo, isso ainda mais nos faz pensar numa unidade consciencial vibrando a partir de cada objeto, de cada ser.
Complementa Kardec In O Livro dos Espíritos (9):
615. É eterna a lei de Deus?
- "Eterna e imutável como o próprio Deus."
621. Onde está escrita a lei de Deus?
- "Na consciência."
Seguindo esta teoria e embarcando na idéia lançada por André Luiz In Evolução em Dois Mundos (11), onde somos co-criadores dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis por gerir o estado vibracional das nossas próprias "cordinhas" - a chamada dimensão Psi por vários investigadores espíritas -, à medida que delas nos conscientizemos, chegaremos a harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência geradora que está em nós, e também no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos teóricos sustentam "O Supremo Agente Estruturador".
Leiamos o Codificador In O Livro dos Espíritos (9):
5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus?
- "A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base?
“É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa.”


7. Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas?
- "Mas, então, qual seria a causa dessas propriedades? É indispensável sempre uma causa primária."
Interpretemos Allan Kardec In A Gênese (10) Cap. II - A Providência:
20. - A providência é a solicitude de Deus para com as suas criaturas.
Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas.
É nisto que consiste a ação providencial.
«Como pode Deus, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo?»
Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas atividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.
Esta consciência única do raciocínio quântico, transforma-se em dois elementos: um objetivo e outro subjetivo.
O subjetivo chamamos de ser quântico, universal, indivisível.
A individualização desse ser é conseqüência de um condicionamento.
Esse ser quântico é a maneira como pensamos em Deus, que é o ser criador dentro de nós.


Voltemos ao gênio de Lyon In A Gênese (10) Cap. II - A Providência:
34. - Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o pode perceber.
Pelo fato de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz.
Geralmente, nós interpretamos Deus como algo unicamente externo.
Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso é a causa dos conflitos.
Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade.
Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus.
Temos de reconhecer o deus que há em nós, como afirmou o Doce Amigo há 2000 anos.


Então seremos livres.
Allan Kardec atesta In A Gênese (10) Cap. II - A Providência:
24. - (...) Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contacto ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa Deus lançar o olhar do Alto da imensidade.
As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.


O Livro dos Espíritos: uma obra atual e de referência.
A Física continua a dar ao Espiritismo, ainda que os físicos de tal não se apercebam, ou melhor, não queiram por enquanto se aperceber, uma contribuição gigantesca na confirmação dos postulados espíritas, que de maneira nenhuma nós, os espíritas, poderemos subestimar.
Existe uma ciência espírita, com uma metodologia de ciência, assentada nas questões espirituais, mais do que possamos imaginar, e a prova disso é O Livro dos Espíritos (9) - uma obra atual - um manancial para a Física Moderna.
Trazendo-nos um novo conceito básico sobre a visão macro e microcósmica de Deus (ao defini-Lo como "a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas") do Espírito e da Matéria propriamente dita.


Concluímos com Allan Kardec In O Livro dos Espíritos (9) resumindo toda esta teoria da Física Moderna de forma magistral, simplesmente espantoso, acreditem...:
27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?
- "Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas.
Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal.
Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseiras para que o Espírito possa exercer ação sobre ela.
Embora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais.
Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse.
Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e susceptível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima.
“Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”

(Este artigo de Luís de Almeida foi originalmente publicado na Revista Internacional de Espiritismo de Janeiro de 2002)



Luís de Almeida é Dirigente do Centro Espírita Caridade por Amor, da cidade do Porto.
Bibliografia:
(1) Dyson, Freeman em INFINITO EM TODAS AS DIRECÇÕES - Edições Gradiva - 1990 - Portugal.
(2) Greene, Brian em O UNIVERSO ELEGANTE - Edições Gradiva - 2000 - Portugal.
(3) Hawking, Stephen em BREVE HISTÓRIA DO TEMPO (Edição actualizada e aumentada, comemorativa do 1º Aniversário) - Edições Gradiva - 2000 - Portugal.
(4) Hawking, Stephen em O FIM DA FÍSICA - Edições Gradiva - 1994 - Portugal.
(5) Homepage, CERN - ORGANISATION EUROPEENNE POUR LA RECHERCHE NUCLEAIRE-http://www.cern.ch/
(6) Homepage, ESA - EUROPEAN SPACE AGENCY - http://www.esa.int/
(7) Homepage, FERMILAB - FERMI NATIONAL ACCELERATOR LABORATORY - http://www.fnal.gov/
(8) Homepage, NASA - NATIONAL AERONAUTICS & SPACE ADMINISTRATION -http://www.nasa.gov/
(9) Kardec, Allan em O LIVRO DOS ESPÍRITOS - Edições FEB 76ª edição
(10) Kardec, Allan em A GÉNESE - Edições FEB 36ª edição.
(11) Luiz, André em EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - Edições FEB 12ª edição
(12) Reeves, Hubert em O PRIMEIRO SEGUNDO - Edições Gradiva - 1996 -Portugal.
(13) Sagan, Carl em UM MUNDO INFESTADO DE DEMÓNIOS - Edições Gradiva -1997 - Portugal.
(Publicado no (Boletim GEAE Número 430 de 19 de fevereiro de 2002)

domingo, 22 de maio de 2011

ROGATIVA DE ESPERANÇA


No momento grave que todos vivemos, renteando com a dor e ante o deslumbramento das Ciências avançadas, voltamos para o Teu Evangelho de vida eterna, buscando as soluções.

Desafiando as inteligências, os problemas intrincados do comportamento surgem ameaçadores, parecendo levar de roldão a cultura, a ética e a civilização.
Não obstante, confiados na Tua promessa de que ficarias conosco até o fim, permanecemos na inteireza do ideal espírita, trabalhando, otimistas, por um mundo melhor.
Enfrentando as complexidades da hora de transição do planeta, abrimo-nos ao amor iluminado pelo conhecimento espírita, na certeza de que este amor é depositário dos recursos que solucionarão todas as dificuldades.
Utiliza-te de nossa fragilidade, que é tudo de quanto dispomos para oferecer-Te, trabalhada, entretanto, com o material da fé racional e do sentimento esclarecido com que edificaremos o mundo melhor de amanhã.
Viajores fracassados que somos desde os séculos passados, reunimos, na atualidade, os frutos amargos da sementeira ancestral, numa colheita de aflição e de provas.
Todavia, encontramos, também, as estrelas luminosas que fulguram nesta noite, apontando-nos o rumo, que são os Teus mensageiros, ora corporificadas nas artes, na ciência, na filosofia, na abnegação e na fé, para servirem de pilotis sobre os quais será erguido o templo da fraternidade universal.
Jesus, porque não desdenhaste a cruz, embora vivesses no sólido dos astros, ensina-nos mansidão e candura, no madeiro das nossas próprias faltas, antecipando a madrugada libertadora da nossa ascensão com as asas da sabedoria e do conhecimento na direção do Teu amor.
Abençoa, não somente os equivocados, mas também os que comprometem as consciências e destroem as esperanças.


Apieda-Te dos caídos, todavia compadece-Te, igualmente, dos que derrubam os outros e passam, aparentemente, incólumes.


Socorre os infelizes, sem embargo distende a Tua misericórdia sobre os infelicitadores, porque todos eles, os que corrompem e infelicitam hoje, não fugirão da consciência ultrajada, retornando ao carreiro das aflições purificadoras...


Por fim, faze de nós exemplos da Tua mensagem, nesta obra de fé espírita, nesta antemanhã de uma humanidade mais feliz, para que despertemos além das sombras, sem dor e sem amarguras...





Bezerra de Menezes (espírito), psicofonia de Divaldo Franco transcrita e publicada no livro Compromissos Iluminativos.



O BEM É INCANSÁVEL


“E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” – Paulo. (II Tessalonicenses, 3:13).

É muito comum encontrarmos pessoas que se declaram cansadas de praticar o bem.
Estejamos, contudo, convictos de que semelhantes alegações não procedem de fonte pura.
Somente aqueles que visam determinadas vantagens aos interesses particularistas, na zona do imediatismo, adquirem o tédio vizinho da desesperação, quando não podem atender a propósitos egoísticos.
É indispensável muita prudência quando essa ou aquela circunstância nos induz a refletir nos males que nos assaltam, depois do bem que julgamos haver semeado ou nutrido.
O aprendiz sincero não ignora que Jesus exerce o seu ministério de amor sem exaurir-se, desde o princípio da organização planetária.
Relativamente aos nossos casos pessoais, muita vez terá o Mestre sentido o espinho de nossa ingratidão, identificando-nos o recuo aos trabalhos de nossa própria iluminação; todavia, nem mesmo verificando-nos os desvios voluntários e criminosos, jamais se esgotou a paciência do Cristo que nos corrige, amando, e tolera, edificando, abrindo-nos misericordiosos braços para a atividade renovadora.
Se Ele nos tem suportado e esperado através de tantos séculos, porque não poderemos experimentar de ânimo firme algumas pequenas decepções durante alguns dias?
A observação de Paulo aos tessalonicenses, portanto, é justa.

Se nos entediarmos na prática do bem, semelhante desastre expressará em verdade que ainda nos não foi possível a emersão do mal de nós mesmos.



EMMANUEL - ESPÍRITO
PSICOGRAFIA DE FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER.
LIVRO: PÃO NOSSO

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Preparando os colaboradores para lidar com gente. Qualificação Pessoal.



"...por que gado a gente laça,tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente. "Geraldo Vandré


Uma afirmação do consultor Jefferson Lopes da Rocha : "... cada empresa deve empenhar-se em preparar seus colaboradores para lidar com gente, e não apenas lidar com clientes.
Existe uma diferença fundamental entre esses dois tipos de relacionamento: . para lidar com cliente, a pessoa usa de comportamentos artificiais; ela trata bem o cliente para garantir o seu salário, o seu emprego, a satisfação do proprietário e, conseqüentemente, os lucros da empresa; . enquanto que, para lidar com gente, a pessoa deve estar pronta, amadurecida e evoluída o suficiente para saber lidar com vários tipos de pessoas e extrair o máximo de aprendizado de cada relacionamento.






Aprendendo a lidar com clientes as pessoas desenvolvem uma "falta de naturalidade no tratamento", por sentirem-se obrigadas a tratá-los "adequadamente" e a seguir regras e padrões da empresa. Em vários casos, essas pessoas discordam de muitas regras e atividades que devem realizar, sentindo-se pouco a vontade para discordar das mesmas e construir regras mais "vivas" e mais eficazes, o que gera vivência de sentimentos de insatisfação e descontentamento. Segundo o consultor citado "o vendedor que atinge maturidade em lidar com gente trata super bem o cliente, valoriza-o, contorna situações indesejáveis com diplomacia, encanta-o, por ter, naturalmente, essas atitudes na maioria dos seus relacionamentos".
O conteúdo desta frase é excelente para aprendermos atitudes desejáveis a ser desenvolvidas num vendedor, embora discordemos da expressão "naturalmente". Na verdade, a maturidade nas relações não é nada natural. É um processo aprendido com esforço pelas pessoas que desejam viver melhor.


Viver é relacionar. Estamos quase todo o tempo relacionando, seja profissionalmente, seja pessoal ou intimamente. A maioria das pessoas aprende a relacionar de forma desconfiada, 'com um pé atrás', como se o outro fosse um inimigo que ela tivesse que combater. Este é um traço da nossa cultura, individualista e competitiva.


Por outro lado. algumas pessoas, especiais, aprendem (ou reaprendem) uma maneira nova - produtiva e prazerosa - de conceber a si mesmas e os seres humanos, e conseguem agir conforme essa concepção nas diversas relações, inclusive nas profissionais - com 'chefes', colegas e clientes.


Lidar com gente significa, portanto, desenvolvermos a atitude constante de "extrair o máximo aprendizado de cada relacionamento". Significa incorporar a concepção de que o fato de sermos seres relacionais implica em crescer como ser humano através do outro e permitir que o outro cresça através de mim. Esta postura na vida requer a atitude de nos despir dos nossos preconceitos, do medo, e nos abrir para o outro, para as trocas que geram prazer e crescimento.


E exige, principalmente, o desenvolvimento da virtude da humildade para aprender continuamente. Esta é uma virtude dos grandes profissionais, principalmente quando a proposta é desenvolver-se para lidar com gente, através de métodos, técnicas e recursos modernos e apropriados.



Santuza Fernandes Rodrigues é psicóloga com especialização em clínica, educacional e organizacional pela PUC-MG, Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior, Ex-Professora Universitária (UNA, Ciências Médicas, FUMEC), Palestrante, Consultora Organizacional de RH, Instrutora de Treinamento de Relações Humanas e Marketing (Telemar, Cemig, Credireal, Sebrae, Fundacentro, Unimed) psicoterapeuta de adolescentes, adultos, casais e famílias