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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Lágrimas de Realengo


Choram as mães. Choram os pais. Chora o mundo. As crianças que não puderam continuar na carne e as que ficaram traumatizadas, possivelmente, para o resto dessa existência ( e de outras).


Chorei, sim, pelo desespero daqueles meninos alvejados pela inferioridade do nosso planeta.


Um poeta da nossa música já escreveu: ninguém aguenta mais o desamor. Pobre mundo que aprende dolorosamente lições imprescindíveis para a felicidade.
Oremos pelos familiares que sofrem a morte de suas crianças e também pelo instrumento infeliz da tragédia.


Como espírita, sei o quanto de sangue e lágrimas semeou no próprio caminho. Atormentado, em surto psicótico, plantou amargos espinhos que pisará em sua redenção ao longo dos séculos.


Ele tambem teve pais, embora adotivos. Sem dúvida, devem chorar por ele em qualquer lugar em que se encontrem.

Quanto aos que ficaram, necessitam de muita vibração de amor a fim de que suportem a força da lembrança, escutando os estampidos e assistindo seus colegas agonizarem.

Por mais difícil que seja, é hora de buscar a serenidade. São tempos inquietantes estes que atravessamos, no entanto, a Lei trabalha para que a felicidade seja alcançada por todos.


Sabemos que há um passado por trás de cada criaura envolvida no drama que assustou e indignou o país.


Chorei, comovido. Sou pai. E me coloquei em lugar dos aflitos pais que vivem o indescristível terror.


Sejam sustentados pelos seus guias espirituais. Apesar de tudo, mantenhamos a divina esperança.


Vai amanhecer.


Oremos por todos.







Frederico Menezes

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