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domingo, 23 de janeiro de 2011

Necessidade da Vivencia no contexto geral "COERÊNCIA"




Jerri Almeida






A coerência pressupõe uma identificação entre o que se pensa e fala em relação ao comportamento prático adotado. A questão pode parecer simples, mas, em verdade, essa simplicidade ganha níveis de complexidade em face da personalidade humana. Ser autêntico e fiel ao que pregamos e ensinamos é o mínimo exigido de qualquer um que se diga espírita. Vejamos: Como, por exemplo, poderia alguém que se diz espírita, ensinar e falar sobre o amor e o respeito e, ao mesmo tempo, ser infiel aos seus compromissos conjugais? Outro exemplo: Alguém que estuda o Espiritismo e se autodenomina “espírita”, mas, não obstante, “morde-se” ao sinal de qualquer contrariedade? Estamos refletindo sobre a coerência entre o dizer e o fazer e, essa reflexão é, para muitos, sempre dolorosa.

Com isso, não estamos querendo dizer que o espírita tenha que ser um “santo” ou coisa parecida, mas que, ao adotar a Doutrina Espírita como sua religião ou filosofia de vida, adote, também, uma postura de coerência, esforçando-se o máximo para que o seu comportamento – não só na Sociedade Espírita – reflita, em todos os sentidos, o valor admirável da mensagem de renovação interior proposta pela veneranda Doutrina Consoladora. O verdadeiro espírita não é, necessariamente, aquele que possui “30 anos de Doutrina”, mas aquele que, muitas vezes, tendo pouco tempo de conhecimento espírita, busca munir-se de esforços perseverantes na exemplificação daquilo que conhece.

Não é possível alguém falar sempre de “perdão” e viver “melindrado” diante de situações interpessoais adversas. Em face dessas questões Allan Kardec referiu-se em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” , Capítulo XVII, sobre o “verdadeiro espírita” ou “os bons espíritas”. Essa questão nos leva a refletir sobre a responsabilidade dos nosso atos perante a sociedade onde vivemos, perante as pessoas que nos conhecem na Sociedade Espírita (pregando o amor e a caridade) de uma forma e, muitas vezes, nos encontram fora da Sociedade expressando comportamentos diversos daqueles que pregamos. Emmanuel costuma lembrar que a melhor divulgação da Doutrina Espírita é através do comportamento – escrito, falado, vivido – dos espíritas.

O mundo não precisa mais de verbos vazios. O mundo necessita de pessoas realmente comprometidas e responsabilizadas com as mudanças ético-morais fomentadoras de uma “nova era”. O espiritismo possui todos os quesitos técnicos para nos instrumentaliza nessa notável tarefa, mas a ação dependerá sempre de nós. Dizer-se “espírita” sem Ter vivo dentro de si a noção dessas responsabilidade é assemelhar-se a um livro de páginas em branco; não tem nada escrito, portanto, não tem valor.

Ser um trabalhador espírita é assumir um sério compromisso perante nossa própria consciência a quem, mais dia, menos dia, haveremos de prestar contas. E no balanço da consciência é importante Ter sempre “saldo positivo”, coso contrário, os débitos ensejarão o ressarcimento inexorável em face da Lei de Ação e Reação. Quem mais conhece, maiores as possibilidades de balizar “o que podemos, mas não devemos realizar” daquilo que “devemos e podemos fazer”. Assim, é “pelas obras que se reconhece o cristão” ou, é pelos seu comportamento do dia-a-dia que se reconhece o verdadeiro espírita.

Urge, portanto, refletirmos sobre a coerência do ser espírita. Aproveitemos para exercitar a grandiosidade dessa proposta nas nossas relações convivenciais – dentro e fora da Instituição espírita – adotando uma postura de repúdio aos melindres e mágoas derivados sempre do orgulho. Assumindo, dessa forma, um comportamento fraterno, não de superfície, mas de profundidade. Somente assim, estaremos todos, realizando esforços ingentes e profícuos na edificação de um mundo mais justo, solidário de fraterno.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Reflexão sobre Sintomas em relação a família.

E a família, como vai?




Você já deve ter ouvido essa pergunta e talvez tenha dado aquela resposta automática:

Tudo bem, sem compromisso com a verdade.

No entanto, gostaríamos que refletisse um pouco antes de responder.
Fazendo uma avaliação superficial é possível ter a impressão de que está tudo bem, pois é mais fácil admitir isso do que constatar o contrário e ter que tomar providências sérias.
Como a base de sustentação do lar é o casal, vamos voltar sobre ele a nossa atenção, por alguns instantes.
A rotina diária muitas vezes nos arrasta tão depressa que nem nos damos conta de que algo não está bem, e vamos deixando para pensar nisso depois.
E o depois nunca chega.
Infelizmente, muitos casais só se dão conta disso quando um dos dois pede o divórcio ou simplesmente abandona a família.
Para aqueles que desejam, sinceramente, levar adiante o bendito compromisso do casamento, há alguns sinais de alarme que podem informar a situação de dificuldade, antes que a união conjugal se desfaça:silêncios injustificáveis quando os esposos estão juntos; tédio inexplicável ante a presença do companheiro ou da companheira; ira disfarçada quando o marido ou a esposa emite uma opinião; saturação dos temas habituais tratados em casa, e fuga para leituras intermináveis de jornais ou inacabáveis novelas de televisão; irritação gratuita sempre que se aproxima do lar; desinteresse pelos problemas do outro; falta de intercâmbio de opiniões, de diálogo constante;atritos repetidos que desencadeiam discussões irritadiças, capazes de provocar agressões desta ou daquela maneira.
Esses e outros tantos sinais de alarme indicam que a relação está enferma e precisa de socorro urgente.
Portanto, antes que as dificuldades abram abismos intransponíveis e os espinhos da incompreensão produzam feridas de difícil cicatrização, é justo assumir atitudes nobres e tomar providências para sanar os males.
Assumir a honestidade, que manda abrir o coração um para o outro e permite corrigir as deficiências e reorganizar o campo da afeição.
É natural que surjam desacertos mas, ao invés da indiferença ou da separação, busquemos o reajustamento.
Não permitir que o cansaço, a acomodação, a apatia acabem destruindo os laços do afeto, necessários à manutenção do lar.
Um pouco de compreensão, tolerância, renúncia e amizade são antídotos eficazes para um matrimônio enfermo.
É importante considerar que a pessoa que escolhemos, para formar conosco um lar, é alguém que precisa da nossa ajuda, do nosso ombro amigo, do nosso mais puro afeto.
É preciso, tantas vezes, deixar o egoísmo de lado, o orgulho, o tolo ciúme, e pensar na felicidade real da família, para que possamos sentir que, de fato, a nossa família vai bem...

* * *
Para que o casamento dê certo não é preciso que o esposo e esposa olhem em demasia um para o outro, a fim de perceber e apontar defeitos e dificuldades.
Mas é necessário que ambos olhem na mesma direção e mantenham acesa a chama do mesmo ideal. O ideal de construir um mundo melhor a partir da própria família.
Redação do Momento Espírita com base no cap. 35 do livro Sol de esperança, por Espíritos diversos, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.


Disponível no CD Momento Espírita v. 6, ed. Fep.

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB






"A Vergonha" - crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o BBB



Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à

nossa modesta inteligência.



Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos

filhos.. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos "heróis" como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.



Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um "zoológico humano divertido". Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.



Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os "animais" do "zoológico": o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a "não sou piranha mas não sou santa", o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).



Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.

Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.



Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo "Heróis" São esses nossos exemplos de heróis?



Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados...



Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.



Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.



Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).



Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede

Globo.



O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o "escolhido" receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!



Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.



Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros?



(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)



Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.



Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.

Cada um tire suas conclusões.

Luiz Fernando Veríssimo

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Habilidades de um bom líder


Sem entrar no mérito se a liderança é uma qualidade nata ou aprendida, heis 10 habilidades (ou comportamentos) chave para um bom líder:
Bom Exemplo

Um bom líder deve arregaçar as mangas e participar, não importa a posição que exerça na organização. Participar significa eventualmente descer as escadas e viver a realidade de seus subordinados, conversar com clientes, suar um pouco onde a empresa verdadeiramente funciona.
Paixão

Um líder sem paixão torna-se um empurrador de tarefas ou, se tiver sorte e for organizado, um burocrata que mantém as coisas nos eixos, mas que não gera novos frutos.
Paixão é essencial, pois boa parte do papel do líder é despertar entusiasmo e motivação em seus subordinados, e ninguém é capaz de irradiar uma luz que não possui.
Isso não quer dizer que você deva se tornar um megafone ambulante, pregando os valores da sua companhia como um fanático em uma escadaria, mas que vai transmitir esses valores diariamente, por palavras e ações.

Organização

Uma secretária bem organizada ajuda, mas não o dispensa de definir sua própria disciplina pessoal. A desorganização pessoal, quando refletida na liderança, traz conseqüências piores que uma mesa bagunçada. Gera ruído na definição de metas, no comportamento e no destino da sua equipe.

Delegação

Liderar também significa atribuir responsabilidades as outras pessoas, criteriosamente, e acompanhar seu trabalho e os resultados. Delegar corretamente inclui um conhecimento profundo sobre o trabalho a ser realizado, bem como a capacitação e os talentos pessoais de cada membro da equipe.

Responsabilidade

Ao assumir um cargo de liderança, você se torna responsável sobre a produtividade de outras pessoas. Por isso, além do conhecimento técnico reconhecido que o levou à promoção, agora deverá entender como cada membro da sua equipe atua (ou cada diretor, se estiver na cadeira principal) e agir de acordo com sua capacidade e grau de autonomia, a fim de colher os lucros (ou os danos) do trabalho conjunto.
Comunicação

Esqueça a retórica, um bom líder comunicador é aquele capaz de expressar a clareza do próprio pensamento, o que inclui saber explicar o que deve ser feito, às vezes como deve ser feito e, principalmente, qual a importância da tarefa, em uma escala de relevância ou prioridades.

Como conseqüência da sua organização pessoal, sua comunicação para com sua equipe deve ser precisa, específica e concisa. Por outro lado, um líder desorganizado tende a comunicar-se da mesma forma, gerando ambigüidade quanto às próprias ordens, e muitas vezes a equipe até compreende o que deve fazer, mas tem que improvisar quando ao como, e não tem a menor idéia do porquê.
Coragem e Honestidade

O papel do líder vai além de distribuir tarefas e fiscalizar a execução. No dia a dia, muitas vezes seu caráter será posto a prova, pois ele se defrontará com situações onde a saída mais fácil definitivamente não é a correta. Seguir o caminho correto, o que às vezes é dolorosamente oneroso, exige coragem.

Além disso, o líder se torna responsável por sua equipe, o que quer dizer que às vezes terá de defendê-la, seja de um cliente grosseiro, seja de decisões arbitrárias ou francamente mal fundamentadas da cúpula (sim, isso acontece).
Saber Ouvir

Boa parte da sua habilidade em seu comunicar bem vem de sua capacidade de ser um bom ouvinte. Manter um projeto organizado e as pessoas empolgadas não resulta de um discurso inflamado, mas do seu poder de ouvir as mais variadas demandas de sua equipe, e gerenciá-las a contento.

Conhecer sua equipe

Os membros de sua equipe não precisam ser seus melhores amigos (provavelmente não serão), mas você irremediavelmente precisa conhecê-los para orquestrar o conjunto. Além de ter ciência da capacitação técnica de cada um, é fundamental conhecer os traços de sua personalidade, como se comunica, o que motiva, e também um pouco de sua história pessoal.
Aprofundar o relacionamento humano é trabalhoso, exige atenção e foco na outra pessoa e, sobretudo, é sua responsabilidade.
Ser também um discípulo

Grandes líderes são também grandes seguidores, seja de outros líderes, seja de grandes idéias. Ser um discípulo injeta no líder aquela parcela fundamental de humildade que o salva de se tornar um arrogante, ou um ditador. Um líder discípulo aprende com mais facilidade das pessoas e das situações ao seu redor, pois se torna capaz de dar um passo além de sua visão e de seu egoísmo.

Neste ponto um chefe se torna um Líder.
Baseado no texto 10 essential business leadership skills do Instigator Blog

A CRISE ÉTICA DO EGOISMO

                                                                       
“Com o egoísmo, os homens estão em luta perpétua; com a caridade, estarão em paz.” – Allan Kardec 2
Inegavelmente experienciamos um tempo, que não é de hoje, em que a nossa sociedade planetária vive uma crise ética, bem demarcada pelo descaso com os valores éticos mais fundamentais, pelo desrespeito à vida em suas diferentes formas de manifestação, tanto quanto, pela felicidade do próximo.
As religiões tradicionais não têm dado conta de espiritualizar profundamente os indivíduos, envolvendo-os com adorações exteriores, aprisionando-os às doutrinas que imprimem a sombra nefasta da culpa, a subserviência intelectual aos dogmas e a dependência aos homens e mulheres que ensinam tais propostas.
Quando as religiões se dissociam da espiritualidade distanciam seus profitentes da mensagem do Reino, aliás, como já fizeram os fariseus ao tempo do Grande Mestre de Nazaré, explorando a ingenuidade popular e nublando a inteligência das pessoas com os seus embolorados princípios.
Embora possamos fazer a ressalva de que existem propostas religiosas sinceras, portadoras do propósito maior de conduzir às criaturas ao bem, fazendo-se, por esse motivo, respeitáveis ao olhar dos Espíritos Superiores 3 , é preciso ter claro que o Espiritismo, por sua vez, tem outra racionalidade para apresentar.
Sendo o Espiritismo concebido pelo mestre Allan kardec como uma “ciência que trata da origem, da natureza dos Espíritos e das suas relações com o mundo corpóreo”4 , ele consiste numa ciência ética que aponta ao ser imortal a necessidade premente de investigação de sua própria natureza moral como sendo o ponto de partida para a transformação interior, tendo em vista atender, conscientemente, ao imperativo da Lei de Progresso e à sua vocação ontológica para a felicidade.
Aliás, essa transformação que nasce no imo do ser é o próprio objeto de uma educação moral devidamente compreendida, cujo propósito consiste em colaborar com o sujeito na formação de novos caracteres morais que o impulsionam no sentido da libertação de suas imperfeições.
Allan Kardec, após estudar as virtudes e os vícios com os Espíritos Superiores, em O Livro dos Espíritos, apresentando-nos como sendo os sinais mais característicos da imperfeição moral o interesse pessoal e o apego aos bens materiais, estabelecendo, ainda, bela investigação sobre o egoísmo como o fundamento principal de todo e qualquer vício.
O egoísmo – esclarecem os Espíritos –, se configura no vício mais radical, ou seja, na imperfeição grave da qual se originam todos os demais vícios. Somente conseguiremos eliminar os nossos vícios, verdadeiros obstáculos à conquista da perfeição moral e da felicidade dela decorrente, quando atacarmos o mal pela raiz, o que significa termos destruído a sua causa: o egoísmo. E insistem os Guias da Humanidade: “Tendam, pois, todos os esforços para esse efeito, porquanto aí é que está a verdadeira chaga da sociedade.” 5
Mas superar o egoísmo não é algo fácil, nada obstante não seja impossível. Tal tarefa exige esforços ingentes porque esse empobrecido sentimento se estriba no interesse pessoal, fazendo-se árduo o ato de extirpá-lo do coração humano.
Consciente de tamanho desafio que se impõe ao gênero humano para a extirpação do egoísmo do âmbito de sua natureza moral, Kardec indaga aos Espíritos se um dia isso seria possível, obtendo o seguinte esclarecimento: “À medida que os homens se instruem acerca das coisas espirituais, menos valor dão às coisas materiais. Depois, necessário é que se reformem as instituições humanas que entretêm e excitam. Isso depende da educação.” 6
Meditemos sobre essa valorosa resposta. Ao que parece, a espiritualização dos indivíduos é construída com a aquisição do conhecimento das coisas espirituais. Esse conhecimento diz respeito aos saberes pertinentes à sua natureza espiritual, à própria imortalidade e evolução, como também, às Leis Morais que regem a vida do Espírito.
A conseqüência moral direta da apropriação desses saberes consiste na valorização exata das coisas materiais. Vejamos bem, o conhecimento a respeito das coisas espirituais conduz-nos a uma postura de menor valorização das coisas materiais, de desapego mesmo, considerando por parâmetro o exagero e o verdadeiro “culto” que a nossa civilização dá em relação à dimensão material da existência.
Não se trata de uma proposta de negação da realidade material, como ensinaram as religiões dogmáticas aos seus profitentes em prol dos interesses mesquinhos daqueles que dominavam, mas somente, o entendimento adequado de que os bens materiais guardam uma relativa importância se consideramos a sua impermanência e que a finalidade de nossa estada temporária na vida terrestre tem por objetivo a aquisição de riquezas imorredouras no campo do intelecto e da moralidade.
Essa justa compreensão da transitoriedade da vida física e do propósito da reencarnação leva ao desapego na lida com as questões materiais. O sujeito desapegado das coisas materiais não as negligencia, simplesmente, não se deixa escravizar pelas mesmas, dando-lhes a devida apreciação sob o prisma da natureza impermanente da matéria.
Entretanto, os Espíritos apontam para Kardec, na questão em análise, de que é preciso reformar as instituições humanas que entretêm e excitam o egoísmo, vindo a depender essa notável realização da educação. Reformar as instituições significa modificar radicalmente toda prática cultural que estimule esse vício calcado na exaltação da personalidade e na exacerbação do interesse individualista.



Lousada Vinícius
Livro: Em Busca da Sabedoria.

Mandarim Cargos e Encargos .Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?

Quanto pesa a responsabilidade de um cargo?


Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros.

Contudo, quando assumem postos de comando se esquecem dos objetivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.

Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China.

Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas. Seria um grande homem, agora. Importante.

Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito.

Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim. A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa.

Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto?

Paciente, o alfaiate explicou: A informação é preciosa. É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada. Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás.

Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência. Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida. Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás.

Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem se falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços. É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa. Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente.

O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.

* * *

Cargos e funções são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela Divindade para nosso progresso. Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros.

Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de Suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo: Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada.

De fato isso veio a acontecer.

Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do Procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade. Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.

* * *

Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real.

A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça.

No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.

Com base em artigo publicado na Revista Brasil Rotário, edição nº 913 – julho/1998 .

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

PROGRAMAÇÃO DE PALESTRAS SEBEM TORRES EM JANEIRO

DIA 08 JANEIRO Celso Albert - (FERGS)


DIA 10 JANEIRO Jerri Almeida – A contrução da felicidade em nossas vidas. (Osorio)

DIA 15 JANEIRO Carmem Patino - ( Argentina)

DIA 17 JANEIRO Helena Bertoldo – O papel do ESDE nas relações humanas. (FERGS)

DIA 22 JANEIRO Nelson Cristalino- Evangelizar adultos e crianças. ( Santo Antonio)

DIA 24 JANEIRO Luiz Alberto Santos - ( Guaiba)

DIA 29 JANEIRO Lea Boss – Presidente SEBM POA e FERGS

DIA 31 JANEIRO Joao Alessandro – Chico Xavier a vida do homem Amor (FERGS)
 

Reflexão: inverno . mensagem Mediunica



Mesmo sendo verão, lá fora a chuva ronda nossos lares, e o frio espreita nossas instituições.




Nos esforcemos pelo calor humano reacendido dentro de nossos corações, reaquecendo-nos a esperança de amizades duradouras, que suplantem o inverno em nossas vidas.


O calor dos sentimentos verdadeiros precisa ofertar aconchego em nossos mundos íntimos.


Sê indulgente com o irmão que chega tiritando, por ter que andar por longos dias em meio das tempestades da vida, envolvido em baixas temperaturas do mundo materialista.


Pois o amor do Criador será no futuro, a lareira que aquece e acalenta nossas almas.


Valoriza o aconchego íntimo, que lhe favorece estar atento ao braseiro de tua alma, o que garante calor a ti e aos teus.


Manter o calor é atitude sabia, pois reacender o fogo é sempre mais trabalhoso.


Espíritos Espíritas, nestes dias frios, espiritualmente falando, necessário se faz o recolhimento íntimo e a disciplina de amealhar substento para os dias difíceis.


Aqueles que se precaverem, no empenho da preparação íntima, sobrepõem a estação com segurança e aprendizado.






                                                                                                     Calorosas Vibrações. Davis  ( Espírito)  (Torres G.T. Janeiro 2011)