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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Carlos Drumond de Andrade Mascaras



O estágio evolutivo em que se encontra a humanidade, o da civilização, mostra que, no processo, o regime da força, dos instintos animalescos, foi substituído pelo da astúcia. Procura-se a vitória utilizando-se máscaras, que escondem a verdadeira personalidade do seu usuário. Assim se porta a maioria da nossa sociedade e o exemplo mais enfático é o da nossa classe política. Com honrosas exceções, o que se esconde por trás da beleza das máscaras com que se apresentam os nossos políticos?

A arte de se mascarar, historicamente marcante no carnaval de Veneza, pode ser tomado como emblema para a astúcia do atual estágio evoluti-vo do homem civilizado. A máscara tem sido a sua principal arma para conquista de seus objetivos, nem sempre confessáveis. Na sociedade tem sido apenas uma arma para esconder fragilidades de personalida-des. A evolução, através da espiritualização, vai nos mostrar por inteiro, como de fato somos.

Admiremos a beleza das mascaras e das vestes dos mascarados de Veneza, uma verdadeira arte, e meditemos sobre o texto do grande Drumond de Andrade, que, no campo romântico, mostra-nos como é difícil deixar de usar a máscara.

Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata!

Fácil é ouvir a música que toca.

Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las. Ter a noção exata de nossas próprias vidas, ao invés
de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber..
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma. Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém. Saber que se é realmente amado.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso é difícil.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é dizer “oi” ou “como vai”?
Difícil é dizer “adeus”. Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas…

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só. Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e se entregar. E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz.

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer. Ou ter coragem pra fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.

TEXTOS: Carlos Drumond de Andrade

Colaboração: Margareth Sia de Fáveri


quarta-feira, 14 de abril de 2010

Suicídio Causas e Conseqüências

Suicídio
Causas e Conseqüências 

Allan Kardec no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” capítulo 5º diz que “a calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio”.
A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as idéias materialistas, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral.
Dr. Jorge Andréa no livro “Enfoques Científicos na Doutrina Espírita” abordando essa mesma temática tece as seguintes considerações.
“O homem moderno materializou-se, exaltando a deusa - máquina e o deus técnica, não percebendo a fragilidade desses totens de barro. O deus em que confiou e acreditou esboroou-se ao menor dos ventos. Não acontecendo o mesmo com aqueles que asseguram os seus alicerces psicológicos - emocionais numa ética valorosa que o espiritualismo pode oferecer; e mais ainda, numa fé lógica, harmoniosa e inteligível por ser raciocinada , aos que se acercam do estofo dinâmico que caracteriza a Doutrina Espírita. O suicídio , como resultado de um imenso desequilíbrio emocional poderá ser um ato voluntário, porquanto existem outros fatores que concorrem para um suicídio lento despercebido e por isso, considerado involuntário, ou seja, suicídio consciente e inconsciente.
As conseqüências são dolorosas. Não morrerão, ninguém se destrói ante a morte.
Há, sem dúvida, agravantes e atenuantes, no exame do suicídio. Eliminam, no mundo espiritual com muito sofrimento o ônus da atitude desequilibrante e quando retornarem à Terra em novas reencarnações terão que passar, por expiações aflitivas.
Joanna de Ângelis no livro “Após a Tempestade” nos fala dessas conseqüências: aqueles que esfacelam o crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada, os que tentaram o enforcamento, reaparecem, com os processos da paraplegia infantil; os afogados com enfisema pulmonar, tiros no coração, cardiopatias congênitas irreversíveis, os que se utilizam de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras gástricas e cânceres. É Joanna ainda que nos diz:
-”Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Se te parecem insuportáveis as dores, lembra-te de Jesus, ora, aguarda e confia”.
Lembremo-nos de Kardec quando coloca no “Evangelho Segundo o Espiritismo” - “Com o Espiritismo a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida”.
Bibliografia
1.Kardec, Allan - Evangelho Segundo o Espiritismo
2.Andréa, Jorge - Enfoques Científicos na Doutrina Espírita
3.Angelis, Joanna de - Após a tempestade - psic. De Divaldo Pereira Franco

Sem desanimar. Mensagem Mediunica ao Jovem Espírita


                    Sem desanimar.
           
Jovem espírita, que te dedicas com fervor à causa do bem, que renuncias às futilidades da vida, que estudas o Espiritismo com louvor e fidelidade, não desanimes.
            É verdade que a existência física enseja inúmeros testemunhos.
            Nem sempre encontras apoio, na seara, para as tuas realizações.
            Os amigos mais caros, muitas vezes, são os que pouco te compreendem.
            É certo que os adversários do bem tentarão desviar todo aquele que se filia às tarefas benemerentes.
            As críticas ferinas buscam sempre os que estão na tarefa.
            Almas atormentadas ferir-te-ão o coração.
            Incompreensões dos mais variados matizes, cobrar-te-ão decisões imediatas.
            Mas, se o desânimo te toma de surpresa, não te entregues.
            Lembra-te de que estás a serviço do Espiritismo e, pela Doutrina, necessitas perseverar.
            É preciso vencer heroicamente todos os obstáculos.
            Na grande maioria, os companheiros desequilibrados, que entravam o progresso, são almas enfermas que carecem da nossa compreensão.
            Então:
            Se alguém apontar-te com escárnio os defeitos que, por ventura, ainda te caracterizam, tem calma e coragem, aproveitando o ensejo para ensinar, na tolerância e na compaixão, como deve agir um discípulo de Jesus.
            Se, na convivência, rusgas e intolerâncias te buscarem, sê paciente e a tudo suporta, para que a obra não pereça e venhas a merecer, dos companheiros mais experientes, confiança e admiração, pela postura eminentemente cristã que carregas.
            Se tuas realizações não oferecem frutos imediatos, lembre-te de que deves estar na conta de semeador, deixando que o futuro fale por ti;
            Se te sentires abandonado no caminho, pelos confrades mais queridos, recorda-te de que Jesus está contigo e renovará tuas companhias, desde que te conserves na palavra dele;
            Permanece trabalhando, vivendo e servindo com nobreza, sem desistir.
            Desertar das tarefas por conta da intolerância e dos espinhos humanos é declarar e atestar incompreensão do próprio Cristianismo.
            Por isso, segue adiante, sem desanimar, nunca.
                                                                                              W.F.M. (Espírito)

Fascinação Allan Kardec disse:


b) Fascinação
*      Allan Kardec disse, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", que a fascinação é o pior tipo de obsessão. Trata-se de uma ilusão provocada por um Espírito hipócrita que domina a mente do paciente, distorcendo seu senso de realidade.
*      O Espírito obsessor planeja muito bem seu intento destrutivo e busca envolver o indivíduo em artimanhas mentais bem preparadas.
As portas de entrada para a fascinação, como sempre, são as falhas morais.
*      É no orgulho de sua vítima que o Espírito hipócrita encontra o alimento para fascinar-lhe a personalidade.
*      Para conseguir seu domínio, a entidade maldosa exalta a vaidade do obsedado, fazendo-o sentir-se infalível e autoconfiante.
*      A ilusão é tamanha que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, o que não lhe permite perceber o ridículo de certas ações que pratica.
*      A pessoa fascinada dificilmente aceita sua condição de enferma, o que dificulta a cura do processo obsessivo.
*      Geralmente se aborrece com as críticas e com as pessoas que não participam de sua admiração e afasta-se de quem quer que possa abrir-lhe os olhos.
*      Do simples e ignorante, ao intelectual e letrado, todos podem ser vítimas da fascinação.

segunda-feira, 5 de abril de 2010



Senhor! Ensina-nos a gratidão pelos bens que recebemos constantemente de tua Infinita Bondade, sem desconsiderar os supostos males com que a tua justiça misericordiosa nos amplia o patrimônio de bens.


Agradecemos a presença dos amigos que nos acrescentam os recursos capazes de nos garantirem o reconforto próprio e agradecemos também o concurso dos irmãos que nos ofertam ensejo de despendê-los, tanto quanto possível, pelos canais do trabalho ou ante a luz da beneficência;


- os que nos amparam a vida e aqueles outros que nos rogam apoio, exercitando-nos na assistência com que fomos chamados a aprender o amor a que nos destinamos;


- os benfeitores que nos administram aulas de educação e os que se nos fazem examinadores do grau de paciência ou de tolerância em que estagiamos presentemente;


- a bênção dos amigos que nos consolam e a escora dos adversários, cujo policiamento nos disciplina;


- os companheiros que nos incentivam a caminhar para a frente e os outros que nos socorrem, através da crítica construtiva.


Agradecemos, Senhor, a luz e a sombra, quando a sombra nos auxilia a buscar mais luz; a harmonia que nos pacifica as estradas do dia-a-dia e a tormenta de incompreensão, quando a incompreensão nos fortalece para descobrir a concórdia em que se reúnam os esforços de todos para a felicidade comum.


Diante da luta, induze-nos a entender que somente na luta encontramos os ingredientes precisos para a vitória em nós mesmos e perante o fracasso, qualquer que seja, faze-nos reconhecer que somente aprendendo e reaprendendo é que conseguiremos fixar a lição.


Senhor, não nos deixes entregues ao suposto bem que se transforma em mal e não nos permitas menosprezar o suposto mal que nos conduz ao bem. E, sejam quais forem as provas a que sejamos chamados, auxilia-nos a saber – mas a saber com certeza indestrutível – que o teu amor reina sobre nós e que acima de todas as tribulações e dificuldades, obstáculos e lágrimas, estamos todos reunidos em teu coração e incessantemente sustentados por teus braços eternos. Assim seja.(Do livro "Irmão", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)


http://www.institutoandreluiz.org/